segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


 Isso é que é reforma ortográfica!
O resto é fichinha!
É pra achar um acerto. Erro não vale.
Reflexinhos & reflexões
● Tem lojas de sucesso pondo caixinha de coleta natalina em vez de sortear cesta natalina aos clientes. Eu teria vergonha. Fica escancarando a avareza dos donos.
● Quando se quer redigir de forma muito erudita (literatura-ouropel) se escreve bobagem como O Amazonas fica a norte do Brasil. Quando na verdade fica no norte. A Venezuela, sim, fica a norte do Brasil.


Em A descoberta da sombra (La scoperta dell'ombra), de Roberto Casati, um livro interessantíssimo sobre a tremenda importância da sombra na ciência e na arte, uma interessante observação sobre a diferença entre na sombra e à sombra:
● Erro de tempo verbal:
Por isso, na penumbra, não consegue distinguir bem o objeto, apesar de o ter diante dos olhos. É inesperado.
Esse tempo verbal se usa em narrativa genérica, descrevendo um evento comum, não específico. É como dizer galinha cacareja, gato mia, andorinha voa, água molha, fogo queima, criança chora. Quando se diz a andorinha voou se está descrevendo um evento específico, se referindo a determinada andorinha.
Quando o evento está acontecendo, não é passado:
Por isso, na penumbra, não conseguindo distinguir bem o objeto, apesar de o ter diante dos olhos. Sendo inesperado.
Quando se descreve um evento específico, que já aconteceu:
Por isso, na penumbra, não conseguiu distinguir bem o objeto, apesar de o ter diante dos olhos. Era inesperado.
Um vício de linguagem recorrente é pôr de forma viciosa o verbo poder:
Estudou para poder ser médico
Estudou para ser médico
Se o sujeito estudou pra poder ser médico não quer dizer que estudou pra ser. As duas frases têm sentidos diferentes. Então a intenção era poder ser, pra se tornar médico caso houvesse necessidade.
Do alto das árvores podiam ver os que passavam
A frase disse que era possível ver os que passavam. Não afirmou que viram. Portanto a frase não tem o mesmo sentido de Do alto das árvores viam os que passavam
Então Aguirre escreveu sua famosa carta a Felipe II, desafiando seu poder, o coroando de injúria.
Se refere a Aguirre, que enviou uma famosa carta ao rei Felipe II, desafiando o poder de Felipe II. Mas vede a confusão de pronome na redação acima. Sua famosa carta e seu poder na mesma oração. A primeira pessoa é o redator, a segunda é o leitor, a terceira é Aguirre, a quarta é Felipe II. Seu, sua só pode se referir à terceira pessoa, portanto a famosa carta é de Aguirre e o poder desafiado também. Mas não é. O poder que foi desafiado é de Felipe II, portanto há erro pronominal na redação. Corrigindo:
Então Aguirre escreveu sua famosa carta a Felipe II, desafiando o poder dele, o coroando de injúria.
Dele se refere à quarta pessoa, Felipe II.
Outro exemplo de linguagem-ouropel, falar difícil pra parecer chique, é a forma desarmoniosa e incongruente de tratar as fases do dia.
Então saiu pela manhã, voltou de tarde e abriu a janela à noite
Na frase acima três formas esdrúxulas de tratar as fases do dia. Coisas de mesma natureza devem ter o mesmo tratamento. Por quê não pela manhã, pela tarde e pela noite? Ou de manhã, de tarde e de noite? Ou à manhã, à tarde e à noite? Formas esdrúxulas mas ao menos coerentes, em vez da forma correta, em sua beleza na simplicidade:
Então saiu na manhã, voltou na tarde e abriu a janela na noite
A mania de falar difícil grassa em frases do tipo:
E foi em busca do ouro
Então a coisa se complica, aparecendo o indigesto:
E foi em busca pelo ouro
Em vez do correto E foi em busca ao ouro
Mas pra quê escolher a forma mais difícil, se é muito mais certeiro usar o gerúndio?:
E foi buscando ouro
E por falar em gerúndio, analisemos a forma lusitana popular, errando por não usar o gerúndio:
Estou a conferir um lote que chegou hoje
em vez de
Estou conferindo um lote que chegou hoje
A conferir não é sinônimo de conferindo. A conferir significa que o lote está na expectativa, aguardando ser conferido.
● Quando Emiliana entrou no carro, Ramão disse:
— Como está o tempo hoje?
E olhou a baixo, teclando o celular, uatissapo ou sei-lá como-diabo se chama isso, pra consultar a meteorologia.
— Mas, Ramão. Pra ver como está o tempo não seria melhor olhar o céu?


● Os convivas de Ramão avisam que o descanso-de-panela está virado. Mas o anfitrião logo explicou que assim a panela fica firme, enquanto no jeito certo fica escorregando.

 Os livros ensacados em embalagem de arroz são dos muitos que após muitas vezes restaurados com adesivo tiveram de ter o saco plástico trocado por outro mais grosso, por causa das artes das meninas


● A ração da gata Christie, gata Borralheira e Marisa gata mansa (mais certo as duas últimas serem Xaropinho e Chupim, hehehe) é comprada no Mercadão, da mista, que elas comem bem. Só pra variar o cardápio comprei um pacote bem bonito, no Comper. Esse comem só fica de enfeite no cocho.
● No carro tem o pisca-alerta pra caso de emergência. Mas é só pra caso de emergência! Não é pra folgado estacionar em fila-dupla ou na esquina, pra carro-som de propaganda volante desfilar nem pra cortejo de enterro forçar passagem.
É óbvio que esses monstroristas, que não acendem luz ou meia-luz em dia nublado ou chuvoso, que correm em pista molhada como se estivesse no seco, que acham um saco ter de ligar a seta do carro ao mudar de faixa, dobrar esquina ou escolher opção em rotatória são casos de imaturidade, gente ainda em estágio psíquico inferior, animalesco, de egoísmo e egotismo exacerbados, de comportamento predominantemente instintivo, realidade conflitante com seu estado de animal racional supostamente superior.
Falando português claro: Malucos.
Gente que ainda acha que esperteza compensa, que acham que os que cumprem as regras são trouxas, certinhos. É graças a essa mentalidade que o Brasil virou o reino de Pedro Malasartes (aportuguesamento do castelhano Pedro Malasartes (Más-artes) ou Pedro Urdemales, de urdir malefício), dos espertalhões, lei-de-gérson, toma-lá-dá-cá (é dando que se recebe), jeitinho, sabes-com-quem-estás-falando?, quem-não-chora-não-mama (tanto é que é até refrão de marchinha carnavalesca), molha-mão, dá-cá-o-meu…
O mesmo tipo de psiquismo inferior como quando era novidade a proibição de fumar. No avião o sujeito tinha um piti quando a aeromoça pedia pra apagar cigarro.
Quase um mês antes do Natal já enfrentamos monstroristas fitipáldis e mortoristas zumbis barrando os outros porque estão ao celular e ao volante ao mesmo tempo. Tem uns que entram atrapalhados ao estacionamento de supermercado, quase raspando no meio-fio porque estão celulando. Por isso evito ao máximo sair nessa época.
● E por falar em maluco. Na semana passada conheci uma que anda cuma sacola cum franguinho dentro. Disse que o bichinho não está acostumado a ficar só, que não o pode dar a alguém porque teme que vá parar na panela. O bicho vive dentro de casa, sujando tudo, como todo galináceo que se preza.
● Outro livro muito interessante é Os grandes impostores (The great pretenders: The true stories behind famous historical mysteries), de Jan Bondeson. Subtítulo: As verdadeiras histórias atrás de famosos mistérios históricos.
Mostra o quão difícil é estabelecer a verdade, e o tanto que as pessoas estão dispostas a aceitar como verdade mesmo o inverossímil e improvável, sejam cultas ou ignorantes.
Na nota 60 do capítulo 4: […] de acordo cuma pesquisa sueca (Aftonbledet, 07.03.2003), 1 criança em cada 5 tem como pai quem não é o homem que acredita que a gerou.
Também nesse livro (como em Os segredos perdidos da arca sagrada (Lost secrets of the sacred arks), de Laurence Gardner, que já citei) se confunde ascendência com descendência. Nota 0 aos revisores. Um português-de-jornalista, cheio de vício de linguagem. Aparece até o indigerível busca pelo. Algumas vezes o tempo verbal em vez de havia. Não aparece nome de revisor, só que é revisado conforme o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Grande coisa!
Em 1991 cientistas russos anunciaram que os esqueletos do czar e dalguns membros de sua família foram descobertos.
Na sentença acima a primeira pessoa é quem escreveu, a segunda cientistas russos. Então tem de ser família dele em vez de sua família, pois os ossos são da família do czar e não da família dos cientistas.
● Em O caso Varginha, Ubirajara Rodrigues observou que os ufólogos tendem a rejeitar observações que não se enquadram com a imagem que estabeleceram. Por exemplo: Grande número de avistagens a gigantes são descartadas e ignoradas (ignorar no sentido de fingir não ver) porque já encaixaram em suas teorias esses áliens como seres pequenos.
Quando um pesquisador estabelece uma teoria é necessário muita maturidade emocional, inteligência e desapego pra não transformar o ponto de vista em dogma. É difícil, dado a forte tendência a nos apaixonarmos por nossa teoria.
Desde aquele seriado dos anos 2000, onde répteis extraterrenos se disfarçavam de humanos, pra invadir a Terra, começou o modismo reptiliano. Os investigadores de mistério vêem reptiliano em tudo. Em tudo forçam a ver o tal reptiliano. A figura acima é uma das dadas como exemplo de reptiliano, tanto que o nome do arquivo o diz. Mas observes bem: A cabeça é mais parecida com a dum delfim, um cetáceo, têm mamas e está amamentando. Lagarto com mamas, e amamentando? É um óbvio mamífero.
Esses pesquisadores do insólito fugiram das aulas de biologia.
Reptilianos podem existir, afinal foram centenas de milhões de anos de domínio dinossáurico, mas são inteligências instintivas. Como o corvo, que é tido como uma ave surpreendentemente inteligente, mas é uma inteligência mais instintiva. Não são como os mamíferos, animais que aprendem. Inteligência, propriamente dita, é a dos mamíferos.
Parece que o que domina as elites ocidentais é um vampiro, o supremo desconhecido dos mações. O vampirismo parece ser produzido por um parasita, que pode ser um fungo. O comportamento das celebridades e dos governantes ocidentais parece mesmo resultado dum parasita.
José Luis Camacho, em seu canal iutúbico Mundo desconocido, apresentou um vídeo sobre anomalias na personalidade dalguém infestado por um parasita. https://www.youtube.com/watch?v=Zs8ApkGud7U, https://www.youtube.com/watch?v=BaHEw5wG7cE
Outro vídeo seu é sobre a denúncia dum engenheiro ianque que descobriu que alienígenas têm base subterrânea em Eua e que esses seres têm uma característica insólita: Planejam tudo com antecedência mas quando ocorre algo imprevisto demoram muito a reagir, como se tivessem de revisar todo o plano. El extraño caso de Paul Bennewitz, https://www.youtube.com/watch?v=Ded-uQL0G_s
Isso se ajusta à idéia do parasita mental e ou da inteligência instintiva (A inteligência instintiva pode ser produto dum parasita), e também com as idéias desenvolvidas no livro A religião dos gigantes e a civilização dos insetos, de Denis Saurat, sobre o psiquismo dos cupins, precursores do estado totalitário.
Orlando Mejía Rivera, em Cronistas del futuro. Ensayos sobre escritores de ciencia-ficción, editora da universidade de Antióquia, Medelim, 03.2012 (Outra interessante obra do autor é La biblioteca del dragón. Lecturas inolvidables, Medelim, 02.2012), disse que muitas vezes, por falta de conhecimento, um autor levanta questão já há muito discutida e resolvida. Infelizmente não citou exemplo, mas se pode deduzir.
O mesmo ocorre aos investigadores sobre o insólito, lançando questões superadas, já há muito resolvidas, mistérios que já não são mistério, como a obsoleta idéia de que Jesus pode ter sido um extraterreno, ou o anacronismo Jesus de Nazaré.
Mas isso é perdoável, mesmo inevitável, pois tanto o universo da ficção-científica quanto o da ufologia e investigações afins é muito vasto. Nenhum intelectual conseguiria dominar um ramo de conhecimento.


● Em O livro do misterioso desconhecido, de Robert Charroux, capítulo 15, O elixir de longa vida, subcapítulo A grama alucinógena, página 226, nota de rodapé:
Após o dilúvio a alimentação dos sobreviventes era pobre em proteína animal, indispensável à elaboração dos tecidos nervosos e ósseos. Essa carência levou à deterioração da inteligência. Experiências feitas em rato mostraram que essa deterioração prossegue durante várias gerações, mesmo se a alimentação voltar ao normal.
A bom entendedor meia-palavra basta. Alerta aos vegetarianos.
● Mamão-papaia não é papaia, assim como banana-maçã não é maçã. Eis a papaia: http://www.agricolahc.cl/conservas_papayas.html
● Glauder tem uma interessante teoria sobre a origem da vida. Recentes estudos parapsicológicos mostraram que ao se morrer há transferência de informação: O corpo emite pacotes de energia codificada, como herança de memória, como uma planta que floresce como nunca logo antes de morrer, pra espalhar ao máximo suas sementes. Um exemplo é a egregor, memória-das-paredes, que gera fantasma.
Quando soube que as estrelas também emitem informação ao morrer, teorizou que seriam a forma de inteligência magnética reguladora dos mecanismos da natureza.
As estrelas criaram os organismos biológicos pra fazer coisas, assim como criamos bactérias pra fazer iogurte, por exemplo.
Seres biológicos, somos uma espécie de nanotecnologia das estrelas.
Creio que a grande inteligência cósmica (quem os teólatras forçam enquadrar seu absurdo deus hipercósmico), a grande mente universal, seriam as metagaláxias, pois as estrelas parecem neurônios dum cérebro com muito mais neurônios que o humano.
Já se sabe que o universo parece muito mais ser um grande pensamento em vez dum grande mecanismo.

Os alienígenas reptilianos são bens anteriores ao seriado V da década de 2000 e a primeira versão dos anos 80. Já em 1967 existem relatos de avistamemtos de extraterrestres reptilianos. O seriado dos anos 80 deve ter servido de inspiração, pois já nos anos 90 haviam teorias da conspiração envolvendo-os (culminando no livro de David Icke - The Biggest Secret de 1999).

3 comentários:

  1. Os alienígenas reptilianos são bens anteriores ao seriado V da década de 2000 e a primeira versão dos anos 80. Já em 1967 existem relatos de avistamemtos de extraterrestres reptilianos. O seriado dos anos 80 deve ter servido de inspiração, pois já nos anos 90 haviam teorias da conspiração envolvendo-os (culminando no livro de David Icke - The Biggest Secret de 1999).

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  2. Bom... Nos 200 milhões de domínio dinossáurico, pode ter havido dinos, e outros, inteligentes...

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  3. Os Reptilianos não me chamaram a atenção....porém, aquela Gata de cor cinza é espetacular! Caro amigo, há uma raça definida? Ela é sua ou é uma foto apenas para ilustração? Adoro animais, e gostaria demais em ter um felino dessa cor. Grande abraço

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