terça-feira, 17 de junho de 2014


● Cansado de ser campeão moral, o Brasil decidiu ser campeão imoral.
● O torcedor tem esperança de que o treinador esteja escondendo o jogo. Mas já teve copa onde se acreditou nisso, e a seleção canarinho escondeu o jogo até depois da final.
● Fico pensando: Como pode ter treinador obeso? Se querem tanto nos passar, goela abaixo, que esporte (na verdade desporto) é saúde...
● Que esses eventos culturalmente pobres, machistas, manipulados, onerosos e faraônicos se extingam, pois são tão demodê, antiquados, quanto desfile de misse. Já passou a era do circo romano de fera e gladiador, da tourada, do safári. Já deveria ter passado a era da copa e da olimpíada, ressuscitada por um barão bem século 19. Já passou a época da pátria de chuteira, do povo eternamente mimado pela babá eletrônica. Já passou, como a idéia de que o brasileiro é alegre, solidário e hospitaleiro, que a brasileira é avançada com seu biquíni pequenino e outros tantos estereótipos. O Brasil já ficou na beira da bancarrota ao construir Brasília, aquela feiúra brega, toda simétrica, produto duma fantasia delirante, duma profecia maluca, construída num local de periódica seca severa, verdadeiro elefante branco em forma de cidade. Esperto foi general Figueiredo, avisando logo que não tinha condição de fazer copa.
● O toplezaço mixou, gorou, como seria de se esperar num país povoado de mastófobos nada cosmopolitas, de gente que não lê, e quando lê, lê porcaria. O que esperar se as próprias organizadoras declararam que a passeata carnavalesca seria cuidadosa porque haveria criança ali? O que dizer sobre a imprensa (imensamente preconceituosa, que no tema só se empenha em promover perversões sexuais), que na transmissão de desfile qualifica de ousado um carro topleseiro? Ousado?! Realmente, é a coisa mais difícil, mais difícil que partir o átomo, romper preconceito.
● Com tanto festival maravilhoso. Tem carnaval, boi-bumbá, ciranda, quadrilha e muito mais. Fazer aquela abertura ridícula, com cantores baianos fabricados. O que a Bahia tem? Bahia sempre foi cantada e decantada, nas canções e citações com um estado sagrado, quase mítico. Mas faça fama e deite na cama. A Bahia real é o túmulo da cultura. Existe a Bahia popular, fora da mídia. Na mídia temos esse axé fabricado, que esculhambou o carnaval e a música popular. Se deformou tanto que está mais pra Madonna que pra Clara Nunes. Uma lástima.
● Deveriam fazer é um carnaval mundial ou um festival mundial de folclore, em vez dessa feiúra sem-graça e sem beleza de puro desempenho físico, herdada dum povo bárbaro e pseudocivilizado que era o da antiga Grécia.
● Aqui no bairro tem uma padaria que é pra lá de ruim e vive fazendo propaganda em moto-auto-falante. Ontem torrou a paciência o dia inteiro no mesmo quarteirão. Quando estive lá, dias atrás, chamei a atendente pra ver o balcão de guloseima cheio de mosca! Só quem não conhece o ser humano creria que jogaram fora as guloseimas.
● Será que o pessoal do Gugol não pode tratar melhor nossa pobre língua esculhambada? Como, raios!, chamar esse linguajar jornalistesco hiperpreposicionado?
Na Holanda, as buscas por Arjen Robben são 3x maiores do que a soma de todos os jogadores da Espanha e da Holanda.
No Brasil, as buscas pelo camisa 10 da seleção, Neymar, têm sido 5x maiores do que as buscas pela lenda brasileira do futebol, Pelé.
Busca a Arjen Robben
Busca à camisa 10


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