O que é a maldição do faraó
Quando
desconhecíamos a física nuclear o funcionamento do Sol era inexplicável e
passagens mitológicas como no Maabarata, descrevendo o lançamento duma flecha
com a luz de mil sóis, pessoas se esfolando, perdendo unha e cabelo eram
explicadas como fantasia ou alegoria. Não podíamos explicar porque pra nós era
uma ciência desconhecida. Daí quem desconhece ter a natural tendência a
considerar algo sobrenatural.
O mesmo ainda
acontece com relação à magia, parapsicologia, etc. Por desconhecermos a ciência
psíquica tentamos a força encaixar tudo em nossa ciência racionalista. Não
existiram gigantes porque não há evidência, esqueleto, etc. Mas como? Se houver
será ignorada, considerada falsa, esquecida.
Tentes
explicar o funcionamento do Sol usando apenas a ciência do século 19!
Guy Tarade, em
Os arquivos do insólito e Crônicas dos mundos paralelos expôs o
conceito de egregor: A matéria armazena pensamento, que é comprimento de onda,
como a pilha armazena eletricidade. Imagines uma analogia com o raio lêiser:
Concentrar e canalizar o pensamento tal qual o lêiser é luz concentrada e
canalizada.
Uma estátua de
santo faz milagre porque acumula egregor, recebendo a emoção de milhares,
milhões de fiéis. É por isso que as religiões condenam a idolatria, pois cada
um teria seu milagre caseiro. Em vez disso fica tudo concentrado na igreja.
O fantasma não
é um ser vivo, mas imagem e presença.
É periódico e se esmaece com o passar dos séculos. Faz uma rotina cíclica e não
interage com quem se apresenta, exatamente como um filme sendo exibido. Não
adianta tentar conversar com uma personagem do filme, pois não é um ser vivo
que está ali. Por exemplo: O fantasma dum menino que passava correndo e
mergulhava no chão, no meio da sala. Pesquisando o caso se soube que ali havia
um poço, depois tapado. O menino caiu no poço. A emoção que se gravou na
matéria, chamada memória das paredes, gerou esse desempenho cíclico.
Aparição é um
fenômeno denominado camarrupa, que é o inconsciente coletivo gerando uma resultante.
Assim aparece a virgem com o menino Jesus. Mas como pode aparecer com o menino,
se teria morrido com 33 anos? É porque é gerada pelo inconsciente coletivo. Por
isso a imagem é exatamente como imaginada. Quando se encontra alguém que se
tinha contato só por carta ou telefone se imagina como é a aparência, que nunca
coincide com o imaginado, exatamente o contrário da camarrupa. Camarrupa muito
carregada pode gerar um ser fantasmagórico autônomo. Alexandra David-Neel
relatou como criou uma espécie de golem, que foi ficando rebelde e foi difícil
o fazer desaparecer.
Desdobramento
é o fenômeno da saída do corpo. Quando mais dormente o corpo mais consistente e
material o duplo, que pode viajar a longe do corpo e assumir a forma que
desejar (ideoplastia), mas tudo o que acontecer ao corpo repercute no duplo e
vice-versa, de modo que a morte do corpo é a morte do duplo. É um recurso
natural de sobrevivência ativar o duplo, especialmente em momento de perigo. Um
corpo em catalepsia pode sair pra
buscar ajuda. Por exemplo, o clássico relato da mulher numa cabana deserta, que
precisava de socorro médico, o médico recebe a visita da filha dela, que o guia
até lá e desaparece. Ao elogiar a menina ela informa que a filha morreu há
muitos anos. Na verdade é ela quem saiu em desdobramento, o intenso desejo de
que se a filha estivesse ali a ajudaria faz o inconsciente gerar a forma da
filha (por isso aparece com a idade que tinha quando viva e não a que teria
então). A confusão de se ver o duplo, se julgando o corpo morto, quando na
verdade está catalético, gerou a crença de que existe uma alma imortal, crença
que é produto da ignorância, pois sendo o duplo imortal a execução do corpo do
vampiro não o eliminaria.
Achei
decepcionante o livro A maldição dos
faraós, de Philipp Vandenberg, pois só aborda hipóteses da ciência atual. O
autor não é conhecedor de ocultismo.
Em Casas que matam, de Roger de Laforest,
vemos como funciona o santuário. A maldição do faraó é exatamente isso.
Todos os
implicados na violação foram atingidos, mesmo não entrando na tumba, mesmo um
ministro que apenas assinou autorização pra empréstimo a uma exposição.
Atropelados, se atirando da janela ou suposta picada de mosquito, um dos
atingidos disse que não mais podia suportar aqueles horrores. Uma longa lista
de vítima.
Somente Howard
Carter escapou, porque teria achado um escrito que era o antídoto.
Os egípcios
sabiam manipular a forma-pensamento. Negligenciando desenvolver as ciências
psíquicas, a deixando mesclar a espiritismo e superstição, o século 20 e 21
tentam encaixar, estilo camisa-de-força, esses acontecimentos às explicações
reducionistas, indigentes e ignorantes doutra ciência, como quando psicólogos
diziam que os foguetes eram símbolos fálicos expressando a impotência humana.
E o mais estranho
é que mesmo pesquisadores do realismo fantástico derrapam diante do desfile de
mortes da maldição do faraó. Vide em O
livro do mistério, capítulo Fenômenos
inexplicados, subcapítulo Objetos
malditos: A maldição de que, na opinião dalguns, Lord
Carnarvon e seus colaboradores foram vítimas depois de abrir o túmulo de
Tutancamão é bastante discutível. Não insistiremos nesse caso, que tem feito
correr muita tinta e que todo mundo conhece.
Como disse
Jacques Bergier: Isso
não é horroroso. Nossa ignorância é que é horrorosa.
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