quinta-feira, 10 de abril de 2014

O que é a maldição do faraó
Quando desconhecíamos a física nuclear o funcionamento do Sol era inexplicável e passagens mitológicas como no Maabarata, descrevendo o lançamento duma flecha com a luz de mil sóis, pessoas se esfolando, perdendo unha e cabelo eram explicadas como fantasia ou alegoria. Não podíamos explicar porque pra nós era uma ciência desconhecida. Daí quem desconhece ter a natural tendência a considerar algo sobrenatural.
O mesmo ainda acontece com relação à magia, parapsicologia, etc. Por desconhecermos a ciência psíquica tentamos a força encaixar tudo em nossa ciência racionalista. Não existiram gigantes porque não há evidência, esqueleto, etc. Mas como? Se houver será ignorada, considerada falsa, esquecida.
Tentes explicar o funcionamento do Sol usando apenas a ciência do século 19!
Guy Tarade, em Os arquivos do insólito e Crônicas dos mundos paralelos expôs o conceito de egregor: A matéria armazena pensamento, que é comprimento de onda, como a pilha armazena eletricidade. Imagines uma analogia com o raio lêiser: Concentrar e canalizar o pensamento tal qual o lêiser é luz concentrada e canalizada.
Uma estátua de santo faz milagre porque acumula egregor, recebendo a emoção de milhares, milhões de fiéis. É por isso que as religiões condenam a idolatria, pois cada um teria seu milagre caseiro. Em vez disso fica tudo concentrado na igreja.
O fantasma não é um ser vivo, mas imagem e presença. É periódico e se esmaece com o passar dos séculos. Faz uma rotina cíclica e não interage com quem se apresenta, exatamente como um filme sendo exibido. Não adianta tentar conversar com uma personagem do filme, pois não é um ser vivo que está ali. Por exemplo: O fantasma dum menino que passava correndo e mergulhava no chão, no meio da sala. Pesquisando o caso se soube que ali havia um poço, depois tapado. O menino caiu no poço. A emoção que se gravou na matéria, chamada memória das paredes, gerou esse desempenho cíclico.
Aparição é um fenômeno denominado camarrupa, que é o inconsciente coletivo gerando uma resultante. Assim aparece a virgem com o menino Jesus. Mas como pode aparecer com o menino, se teria morrido com 33 anos? É porque é gerada pelo inconsciente coletivo. Por isso a imagem é exatamente como imaginada. Quando se encontra alguém que se tinha contato só por carta ou telefone se imagina como é a aparência, que nunca coincide com o imaginado, exatamente o contrário da camarrupa. Camarrupa muito carregada pode gerar um ser fantasmagórico autônomo. Alexandra David-Neel relatou como criou uma espécie de golem, que foi ficando rebelde e foi difícil o fazer desaparecer.
Desdobramento é o fenômeno da saída do corpo. Quando mais dormente o corpo mais consistente e material o duplo, que pode viajar a longe do corpo e assumir a forma que desejar (ideoplastia), mas tudo o que acontecer ao corpo repercute no duplo e vice-versa, de modo que a morte do corpo é a morte do duplo. É um recurso natural de sobrevivência ativar o duplo, especialmente em momento de perigo. Um corpo em catalepsia pode sair pra buscar ajuda. Por exemplo, o clássico relato da mulher numa cabana deserta, que precisava de socorro médico, o médico recebe a visita da filha dela, que o guia até lá e desaparece. Ao elogiar a menina ela informa que a filha morreu há muitos anos. Na verdade é ela quem saiu em desdobramento, o intenso desejo de que se a filha estivesse ali a ajudaria faz o inconsciente gerar a forma da filha (por isso aparece com a idade que tinha quando viva e não a que teria então). A confusão de se ver o duplo, se julgando o corpo morto, quando na verdade está catalético, gerou a crença de que existe uma alma imortal, crença que é produto da ignorância, pois sendo o duplo imortal a execução do corpo do vampiro não o eliminaria.
Achei decepcionante o livro A maldição dos faraós, de Philipp Vandenberg, pois só aborda hipóteses da ciência atual. O autor não é conhecedor de ocultismo.
Em Casas que matam, de Roger de Laforest, vemos como funciona o santuário. A maldição do faraó é exatamente isso.
Todos os implicados na violação foram atingidos, mesmo não entrando na tumba, mesmo um ministro que apenas assinou autorização pra empréstimo a uma exposição. Atropelados, se atirando da janela ou suposta picada de mosquito, um dos atingidos disse que não mais podia suportar aqueles horrores. Uma longa lista de vítima.
Somente Howard Carter escapou, porque teria achado um escrito que era o antídoto.
Os egípcios sabiam manipular a forma-pensamento. Negligenciando desenvolver as ciências psíquicas, a deixando mesclar a espiritismo e superstição, o século 20 e 21 tentam encaixar, estilo camisa-de-força, esses acontecimentos às explicações reducionistas, indigentes e ignorantes doutra ciência, como quando psicólogos diziam que os foguetes eram símbolos fálicos expressando a impotência humana.
E o mais estranho é que mesmo pesquisadores do realismo fantástico derrapam diante do desfile de mortes da maldição do faraó. Vide em O livro do mistério, capítulo Fenômenos inexplicados, subcapítulo Objetos malditos: A maldição de que, na opinião dalguns, Lord Carnarvon e seus colaboradores foram vítimas depois de abrir o túmulo de Tutancamão é bastante discutível. Não insistiremos nesse caso, que tem feito correr muita tinta e que todo mundo conhece.
Como disse Jacques Bergier: Isso não é horroroso. Nossa ignorância é que é horrorosa.


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