terça-feira, 17 de maio de 2011

A Cueca (Estendida)


A cueca
(estendida)
Eu mato, eu mato!
quem roubou minha cueca
pra fazer pano de prato
Minha cueca tava lavada
Foi um presente que ganhei da namorada
Que chato, que chato!
Minha cueca tão novinha
ser tratada como trapo
Minha cueca era sueca
Muito visada porque era importada
Me mato, me mato!
se não recuperar minha cueca
que virou pano de prato
 O autor da famosa marcha da cueca
Quem não conhece a marcha da cueca? Uma das marchinhas carnavalescas mais conhecidas. Tão conhecida que se tornou um clássico.
Eu mato, eu mato
quem roubou minha cueca pra fazer pano de prato
[bis]
Minha cueca tava lavada
Foi um presente que ganhei da namorada
Lelo, compositor de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, me contou sobre o autor da famosa marchinha da cueca, seu amigo Flávio Horta, que quando rapaz morava numa pensão onde um rebuliço o inspirou a compor, de improviso, a famosa marchinha. Um hóspede fez um escarcéu por causa da cueca desaparecida. À mesa, junto aos amigos, começou a cantar, satirizando o acontecimento.
Um empresário ouviu e perguntou sobre ela, propondo comprar. O certo seria ceder o direito autoral mas quem poderia imaginar? Naquela época, muito jovem, a vontade era torrar o dinheiro na esbórnia. Aceitou os vinte mil cruzeiros. Nunca poderia imaginar o sucesso estrondoso que letra tão singela faria, que até hoje essa marcha seria um dos clássicos de todos os tempos e um dos campeões de arrecadação de direito autoral.
Hoje seu nome nem consta como autor porque vendeu a letra em vez de apenas ceder o direito autoral. Algo como o ator do filme Guerra nas estrelas, que em vez de aceitar o alto cachê propôs uma porcentagem da renda do filme... e se deu bem.
— Lembrar disso sempre o deixa muito desanimado.

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