sábado, 23 de julho de 2016

n Reminiscência
Crime de lesa-humanidade
Doutor Joaquim Lourenço Filho
Em 1969, se não me falha a memória, o homem chegou à Lua, e nós maravilhados. Eu estava em Santos, de férias na casa de minha irmã Laudelina, quando presenciei o fato auspicioso via televisão, vendo a alegria do primeiro astronauta, pulando no queijo celeste que enfeita nossas noites enluaradas. E sua nave não foi levada até lá com gasolina, querosene nem outro destilado de nosso conhecido petróleo.
Estou começando este artigo pra denunciar o mais grave crime de lesa-humanidade que se comete contra este nosso querido planeta Terra, onde nascemos, criamos nossos filhos e continuarão a viver todos nossos descendentes até a consumação dos tempos.
O homem teve capacidade de transformar o hidrogênio em hidrogênio líquido, como combustível ideal pressa aventura sem precedente na história da humanidade.
É verdade, e sei de fonte segura, que o homem já descobriu a maneira segura de extrair o hidrogênio da água pra o transformar em combustível pra nossos automóveis e aviões. Só não o faz porque é premido pelo poderosíssimo cartel de petróleo, que direta ou indiretamente domina todas as nações do mundo, queiram ou não.
No ginásio fazemos no 2º ou 3º ano uma experiência muito simples que se chama eletrólise. Sabemos que a água se compõe de oxigênio (1 molécula) e hidrogênio (2 moléculas) e que via experiência vemos que a água se decompondo em 2 partes conseguem juntar num tubo-de-ensaio uma porção de gás e noutro uma porção em dobro de hidrogênio (H2O). Conseguimos com simplicidade franciscana. Nada de muita ciência aplicada ou de grande aparelhagem. Não seria justo que o homem já descobrisse um meio pra fazer com que os motores funcionem movidos por esse combustível inesgotável que se chama água?
Há dezenas de anos se sabe que quando a temperatura de determinado ambiente chega acima de 800ºC a água não evapora, se desintegra. Nesses casos o trabalho dos bombeiros derramando água no local do fogo, em vez de apagar o alimentaria ainda mais, motivo pelo qual nesses casos se costuma jogar espuma especial, pois a água alimentaria cada vez mais o fogo por causa do oxigênio desintegrado. Foi o caso do incêndio da última favela em São Paulo, que demorou quase uma noite inteira pra ser debelado, quando seria dominado nalgumas horas apenas. Como é o caso dos incêndios nos aeroportos, com aviões, e nos grandes depósitos de combustível. Baseados nesse princípio de que a água se desintegra nessa temperatura e que a temperatura da centelha que vemos saltar das velas de nossos automóveis tem essa temperatura na ocasião da centelha, um rapaz da ilha do Governador idealizou um dispositivo que ajudava, queimando um pouco dágua e economizava a gasolina consumida no veículo.
Entrei em contato consigo e consegui o trazer a Dourados, pagando a passagem e a hospedagem durante 3 dias. Fez várias demonstrações numa manhã de domingo em nossa praça principal. Ainda tenho um dos anéis metálicos que eram acoplados ao carburador, e um recipiente depositário dágua. Isso me dava uma economia de combustível de 20%.
Tempo depois tentei entrar em contato consigo novamente. Simplesmente desaparecera como por encanto. Numa de minhas idas ao Rio de Janeiro o procurei em seu endereço mas ninguém soube dar notícia sua nem de sua família. Se evaporaram sem deixar endereço.
Outro caso estranho, se não me falha a memória, aconteceu em Sorocaba, estado de São Paulo, publicado até nos jornais. Um rapaz de 20 anos planejara um motor movido a água mas que ainda apresentava um defeito: O calor desprendido era tanto que no fim dalgumas horas o motor fundia. Bastaria encontrar um metal resistente ao calor ou o isolar, e estaria resolvido o problema. Esse rapaz, publicaram os jornais, recebeu uma proposta vultuosa em dinheiro e foi intimado a força a ir estudar em Eua, com sua família, e nunca mais se soube notícia deles. Muito estranho. Não é?
É o cartel do petróleo, que não deixa alguém descobrir algo que interfira em seus interesses trilhonários.
O petróleo poderia se aproveitado pra fabricar o que fabricamos de madeira, como caibro, viga e vigota, pra construção de telhado e móvel, que não seria atacados por cupim, pois o plástico nada mais é que um derivado do petróleo, e deixar os carros serem movidos a água.
Via eletrólise da água, o (O2) oxigênio, seria novamente jogado de volta à atmosfera, a purificando em vez de espalhar gases nocivos. O hidrogênio, queimado pelo motor do carro é uma coisa tão fácil, um invento tão banal, que às vezes, talvez um jovem inventor encontre uma solução ao problema. Sonhemos alto, jovens inventores de Mato Grosso do Sul. Inventemos um eletrólito rápido e barato. Depósitos de hidrogênio, como botijões de gás pra o armazenar e um motor simples pra o consumir. Não tenho queda pra inventor, mas aqui em Dourados tem muita gente que talvez possa resolver o problema. É uma maneira simples e banal. Tentemos! Salvemos a humanidade, pois talvez nossos netos não terão mais combustível pra queimar.
É um apelo que faço, sério, honesto. Quem quiser entrar em contato comigo, basta dar um pulinho a meu consultório, pois terei imenso prazer em conversar sobre o assunto. Estamos  cometendo um crime de lesa-humanidade, assassinando o planeta Terra, esvaziando os buracos onde ainda estão acumulados alguns bilhões de toneladas do famigerado e ambicionado ouro negro, o transformando em poluente de nossa atmosfera.
Ainda é tempo de despertar a humanidade desta modorra que está provocando a morte de nosso planeta.
Deus que me perdoe! Mas não poderia viver nos séculos 22 ou 23. Até lá tudo já estará perdido se já não estiver no fim do 21.
Confiamos em ti, mocidade de minha terra.
Diário do povo, Dourados, Mato Grosso do Sul
Quinta-feira, 02.07.1998

Materia relacionada:
¿Fueron asesinados los inventores del motor de agua y aire?
VM Granmisterio


 n Reminiscencia
Crimen de lesa-humanidad
Doctor Joaquim Lourenço Filho
En 1969, si no me falla la memoria, el hombre llegó a la Luna, y nosotros maravillados. Yo estaba en Santos, de vacaciones en la casa de mi hermana Laudelina, cuando vi el hecho auspicioso vía televisión, viendo la alegría del primero astronauta, brincando nel queso celeste que adorna nuestras noches de luna. Y su nave no fue levada hasta allá con gasolina, querosene ni otro destilado de nuestro conocido petróleo.
Estoy empezando este artículo para denunciar el más grave crimen de lesa-humanidad que si comete contra este nuestro querido planeta Tierra, donde nascemos, criamos nuestros hijos y continuarán a vivir todos nuestros descendentes hasta la consumación de los tiempos.
El hombre tuvo capacidad de transformar el hidrógeno en hidrógeno líquido, como combustible ideal para esa aventura sin precedente en la historia de la humanidad.
Es cierto, y sé de fuente segura, que el hombre ya descubrió la manera segura de extraer el hidrógeno del agua para lo transformar en combustible para nuestros coches y aviones y, apenas no lo hace porque es presionado por la poderosísima mafia del petróleo, que directa o indirectamente domina todas las naciones del mundo, quieran o no.
En la escuela hacemos nel 2º o 3º año una experiencia muy simples que se llama electrólisis. Sabemos que el agua si compone de oxígeno (1 molécula) y hidrógeno (2 moléculas) y que vía experiencia vemos que el agua si descomponiendo en 2 partes consiguen juntar en una probeta una porción de gas y en otra una porción en doble de hidrógeno (H2O). Conseguimos con simplicidad franciscana. Nada de mucha ciencia aplicada o de gran aparato. ¿No sería justo que el hombre ya descubriese un medio para hacer con que los motores funcionen movidos por ese combustible inagotable que se llama agua?
Hace decenas de años sabemos que cuando la temperatura de determinado ambiente ultrapasa 800ºC el agua no evapora, se desintegra. En esos casos el trabajo de los bomberos derramando agua nel local del fuego, en vez de apagar lo alimentaría todavía más, motivo pelo cual en esos casos se suele arrojar espuma especial, pues el agua alimentaria cada vez malas el fuego por causa del oxígeno desintegrado. Fue el caso del incendio de la última favela en San Paulo, que demoró casi una noche entera para ser debelado, cuando sería dominado en algunas horas apenas. Como es el caso de los incendios en los aeropuertos, con aviones, y en los grandes depósitos de combustible. Basados en ese principio de que el agua se desintegra en esa temperatura y que la temperatura de la centella que vemos saltar de las velas de nuestros coches tiene esa temperatura en la ocasión de la centella, un muchacho de la isla del Governador idealizó un dispositivo que ayudaba, quemando un poco de agua y economizaba la gasolina consumida nel vehículo.
Entré en contacto consigo y conseguí lo traer a Dourados, pagando el pasaje y el hospedaje durante 3 días. Hizo varias demonstraciones en una mañana de domingo en nuestra plaza principal. Todavía tengo uno de los anillos metálicos que eran acoplados al carburador, y un recipiente depositario de agua. Eso me daba una economía de combustible de 20%.
Tiempo después intenté entrar en contacto consigo nuevamente. Simplemente desapareciera como por encanto. En una de mis idas a Rio de Janeiro lo procuré en su dirección pero nadie supo dar noticia suya ni de su familia. Se evaporaron sin dejar dirección.
Otro caso extraño, si no me falla la memoria, ocurrió en Sorocaba, estado de São Paulo, publicado hasta en los periódicos. Un rapaz de 20 años planeara un motor movido a agua mas que todavía tenía un defecto: El calor desprendido era tanto que nel fin de algunas horas el motor se fusionaba. Bastaría encontrar un metal resistente al calor o lo aislar, y estaría resuelto el problema. Ese rapaz, publicaron los periódicos, recibió una propuesta vultuosa en dinero y fue intimado a fuerza a ir estudiar en Eua, con su familia, y nunca más se supo noticia de ellos. Muy extraño. ¿No?
Es el cartel del petróleo, que no deja alguien descubrir algo que interfiera en sus intereses trillonarios.
El petróleo podría si aprovechado para fabricar lo que fabricamos de madera, como tirante, viga y vigota, para construcción de tejado y mueble, que no sería atacado por termita, pues el plástico nada más es que un derivado del petróleo, y dejar los carros ser movidos a agua.
Vía electrólisis del agua, el (O2) oxígeno, sería nuevamente arrojado de vuelta a la atmósfera, la purificando en vez de esparcir gases nocivos. El hidrógeno, quemado por el motor del coche es una cosa tan fácil, un invento tan banal que, a veces, tal vez un joven inventor encuentre una solución al problema. Soñemos alto, jóvenes inventores de Mato Grosso do Sul. Inventemos un electrólito rápido y barato. Depósitos de hidrógeno, como balones de gas para lo almacenar y un motor simples para lo consumir. No tengo inclinación para inventor, pero aquí en Dourados tiene mucha gente que tal vez pueda resolver el problema. Es una manera simples y banal. ¡Tentemos! Salvemos la humanidad, pues nuestros nietos no tendrán tal vez más combustible para quemar.
Es un apelo que hago, serio, honesto. Quien quiera entrar en contacto conmigo, basta ir a mi consultorio, pues tendré inmenso placer en charlar sobre el asunto. Estamos cometiendo un crimen de lesa-humanidad, asesinando el planeta Tierra, vaciando los agujeros donde están acumulados, todavía algunos billones de toneladas del célebre y ambicionado oro negro, lo transformando en contaminante de nuestra atmósfera.
Todavía es tiempo de despertar la humanidad de esta modorra que está provocando la muerte de nuestro planeta.
¡Dios que me perdone! Pero no podría vivir en los siglos 22 o 23. Hasta entonces todo ya estará perdido si ya no estará nel fin del 21.
Confiamos en ti, mocedad de mi tierra.
Diário do povo, Dourados, Mato Grosso do Sul
Jueves, 02.07.1998



terça-feira, 19 de julho de 2016

Enviado por Márcio Rodrigues

Coleção de cartão-postal de Joanco

 
 
 
 
 
 

 
 
É de lascar!
Faz tempo que eu não ria tanto, até quase doer a barriga, desde aquela da mamografia via satélite, em português (Mamografía vía satélite, em castelhano). Tá difícil escrever esta matéria. É lembrar e rir mais.
Jornalista não é ruim só em gramática. É por isso que são contra diploma pra jornalista.
Imagines o casal de apresentadores do jornal Hoje, Sandra Annenberg e Evaristo Costa (aquele casalzinho simpáaaaatico da mídia manipuladora) anunciando a chegada a Júpiter da nave tripulada Juno, com heróicos astronautas largando a família pra viajar 6, 7, 8 anos pro bem da humanidade.
Pois foi o que fizeram os apresentadores peruanos Mariella Patriau e Armando Canchaya (Se os apresentadores estão assim, imagines o público!):
Publicado em 05.07.2016
Jornalistas da RPP acreditam que a sonda Juno é tripulada por astronautas
Erro de jornalistas sobre astronautas encerrados durante 5 anos virou epidemia no iutube. dois jornalistas dum canal de TV peruano passaram um vexame ao informar que uma tripulação permanece encerrada num artefato enviado a Júpiter pela NASA.
Os protagonistas do incidente ao vivo foram os apresentadores da RPP TV Armando Canchaya e Mariella Patriau, informando que a sonda de Juno, equipe da NASA, chegara à órbita de Júpiter após 5 anos de viagem e que agora seria no veículo que mais se aproximou do gigantesco planeta gasoso, pra decifrar os enigmas e descobrir mais sobre a origem do sistema solar, como se vê na imagem do iutube.
O jornalista Armando Canchanya começou a apontar:
— Então estão encerrados ali há 5 anos.
A jornalista Mariella Patriau continuou, como se ouve na nota captada no iutube:
— Essas pessoas se separam da família durante anos e anos. Isso é o que nos chega através dessa nave mágica tripulada por gente heróica. Pois sacrificar a vida familiar ou pessoal pra viajar ao redor de planetas desconhecidos durante 6, 7, 8 anos, em prol ao conhecimento mundial é realmente um heroísmo.
Depois do erro a produção os avisou que a nave não é tripulada e os jornalistas corrigiram o erro diante das câmeras. Mas o momento já fora captado pelos usuários, e difundido no iutube.
Periodistas de RPP creen que la sonda Juno es tripulada por astronautas
Error de periodistas sobre astronautas encerrados durante 5 años se hizo viral en YouTube. Un bochornoso momento vivieron dos periodistas de un canal de TV nacional al informar que una tripulación permanece encerrada en un artefacto enviado por la NASA a Júpiter.
Los protagonistas de este incidente en vivo fueron los presentadores de RPP TV Armando Canchaya y Mariella Patriau, quienes informaron que la sonda de Juno, equipo de la NASA, llegara a la órbita de Júpiter tras 5 años de viaje y que ahora se convertiría en el vehículo que más se aproximó al gigantesco planeta gaseoso, para descifrar los enigmas y descubrir más sobre el origen del sistema solar, como se ve en imagen de YouTube.
Comenzó a señalar el periodista Armando Canchanya:
Entonces estuvieron allí encerrado 5 años.
Continúo la periodista Mariella Patriau, como se escucha en la nota captada por YouTube:
Esas personas se separan de sus familias, años de años. Esto es lo que esta nos llega a través de esa nave mágica tripulada por gente que es héroe. Pues sacrificar la vida familiar o personal para viajar alrededor por planetas desconocidos durante por seis, siete, ocho años, en pro del conocimiento mundial es realmente una heroicidad.
Después de el error, la producción les avisó que la nave no estaba tripulada y los periodistas corrigieron el error ante las cámaras. Sin embargo, el momento ya fuera captado por usuarios, y difundido en YouTube.
Num programa de tevê o chileno Salfate, rodeado por belas modelos, explicava o caso do misterioso e desconhecido satélite Cavaleiro negro (no minuto 16), que seria uma mensagem dalgum extraterreno num passado cósmico:
— […] e colocaram essa mensagem, pra caso alguém o localizar já saber aonde ir.
E uma das moças (outra mariella, hehehe):
— E por quê não foram?
— Impossível. Nossa tecnologia…
— Como não?
— Não dá. Com a tecnologia atual demoraríamos, digamos, 50 mil anos pra chegar até lá.
Quando se entra numa página internética, blogue, etc, é uma dificuldade muito grande pra localizar o país. Diz tipo assim A situação nacional. Nacional donde? Se esquece de que estamos em internete, rede global. Não é mais o jornal impresso comprado na banca da esquina.
Se entro numa página que fala sobre o carnaval da cidade tal, não sei se fica na Colômbia, Argentina, Espanha, México, Nicarágua… Fuço na página toda e não acho referência ao país. Faz uma baita promoção do carnaval local mas se alguém quiser ir terá de pesquisar em buscador pra saber onde fica a tal cidade! Mesma coisa aqui. Entro numa página, prefeitura da cidade tal. Mas em qual estado fica? São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe?
Como quem contribui com relato, fantasmagórico ou não, àlguma página. Não situa no tempo nem no espaço. Não diz quando, onde. A coisa fica muito no limbo.
O pior são os de culinária.
Uma lata de leite condensado.
Pra nós é muito familiar. Mas e noutro país? E num futuro remoto? Não saberão se é uma latinha do tamanho dum tubinho de esmalte ou duma latona de tina pra parede.
Uma colher disso e daquilo.
Colher-de-chá, colher-de-sopa?…
Nos primórdios da internete catei umas receitas de vinho caseiro em inglês. Vinho de amora, etc. Que dificuldade pra entender as medidas. Isso quando não resolvem usar abreviação, que é uma mania de dicionarista, o que eleva a confusão ao quadrado. Escreves SP, RJ, etc, e achas que todo mundo sabe que é São Paulo, Rio de Janeiro, etc, mas quando aparece estado ianque em sigla assim também, pára a novela! e vai pesquisar.
Antes eu era contra o pessoal escanear gibi com menos de 7 anos da publicação. Não sou mais. Vejamos o exemplo de Campo Grande. Já não estamos mais nos anos 1970, quando um capítulo duma telenovela era exibido com mais de mês de atraso na tevê. Dos gibis que são lançados chega àqui um e outro. Só ponta-de-estoque. Se vemos a propaganda dum lançamento noutro gibi, podemos procurar o tempo que for. Nunca chega à cidade.
E as editoras que reclamam de direito autoral mas não imprimem a data de publicação na ficha técnica.
E vejas esta. Quem seria a famosa babusca gravada filmando a morte de presidente Kennedy:
Sabias que há uma mulher que viu o que aconteceu ao presidente de Eua em 22.09.1963 na primeira fileira e que pertenceria a uma das famílias mais importantes do mundo? O quê fazia ali e quem era? Não percas este videoprograma no qual abordaremos um dos enigmas mais importantes de todos os tempos.
¿Sabías que hay una mujer que vio lo que le ocurrió al presidente de Eua en 22.09.1963 en primera fila y que pertenecería a una de las familias más importantes del mundo? ¿Qué hacía allí y quién era? No te pierdas este videoprograma en lo cual abordaremos uno de los enigmas más importantes de todos los tiempos.
Outro artigo é de que Bolaños (seriado Chaves) seria mação, que o sucesso seria devido a um pacto satânico.
Chaves pode estar longe de ser ruim, mas é de se pensar sucesso tão estrondoso.
Muito provável, pois o sistema só permite o sucesso dos seus ou dos que servem pralgum uso.
Tantos desenhistas de talento são ignorados, enquanto medíocres, que não sabem desenhar, muito menos pintar, como Picasso, são elevados à categoria de grande sumidade, considerados gênios, etc.
Outra matéria interessante:
Grandes atores famosos recentemente saíram a público pra denunciar injustiças que há anos pareciam improváveis. O quê está acontecendo? Falamos sobre pederastas, máfias, e graves injustiças sociais e elitistas… Os protagonistas são atores do calibre de Robert de Niro.
Grandes actores famosos salieron recientemente a la palestra para denunciar injusticias que hace años parecían improbables. ¿Qué está pasando? Hablamos de pederastas, mafias, y graves injusticias sociales y elitistas... Los protagonistas son actores del calibre de Robert de Niro.
O apresentador disse que o grande mal é o excesso de obediência (a obediência bovina). Não se trata de pregar anarquia mas a passividade total também é um mal. São extremos opostos.
Outros vídeos dissecaram a descarada cerimônia satanista na inauguração dum túnel de São Gotardo, na Suíça.


sábado, 16 de julho de 2016

Suplemento-revista dominical de El espectador, Bogotá


Nas competições de luta um lutador pode perder ponto e ser desclassificado por falta de combatividade, mesmo que esteja vencendo. Por quê não puseram isso no futebol? Teria evitado a prática comum da retranca, ficar segurando resultado, catimbando e fazendo cera.
Que tal Demis Roussos e Leonardo cantando juntos? Mas só em velório, como carpideiros. É o verdadeiro chorinho.
Em todo lugar internético onde se fale sobre filme, romance, etc, sempre aparece a questão do espóiler (e sempre no inglês spoiler). Esse anglicismo significa estraga-prazer. Por exemplo: Quando um crítico, analisando um filme, revela o enredo, especialmente o final. Muito estranhei a seriedade e até agressividade com que se aborda a questão.
Como contista e leitor voraz, embora não muito cinemeiro, acostumado a montar enredo e imaginar ramificações opcionais, acho muito infantil a postura. Se o final dum enredo é revelado antes de o ler, ver ou ouvir, isso não diminui o interesse e o prazer em o desfrutar, pois a qualidade duma estória consistem também na arquitetura, simplicidade, despojamento, detalhes, na engenharia das ações que se propagam como reação em cadeia (efeito dominó).
Creio que a postura anti-espóiler é mais uma característica do lado pueril, meio bicho, da mentalidade do homem mediano ou medíocre.
Num artigo ou notícia internético alguém disse que acidente fatal sim mas vítima fatal não, porque fatal é o que mata. Cheguei a assimilar a informação, mas analisando a etimologia se percebe que isso está errado. Fada, fado, enfado, fatal, fato têm a mesma raiz. Fatal significa obra do destino, maktub!, estava escrito, dá idéia de evento de determinismo. Dá a idéia de que aconteceu porque assim estava determinado ou porque a forma de agir inevitavelmente levará a tal destino. Como na frase seguinte: Se o aspirante continuar agindo assim perderá a vaga. É fatal!
Muito se usa erroneamente a palavra mortal em vez de mortífero.
Todo ser vivo é mortal, pois morrerá. Mortal é o antônimo de imortal.
Fatal - Marcado pelo destino. Inevitável, inexorável.
Letal - Que se refere à morte ou a acarreta. Dose letal
Mortal - Quem pode morrer. Antônimo de imortal
Mortífero - Com alta eficiência em matar. Veneno mortífero
Na postagem anterior um conto em quadrinho contando uma viagem a planetas oceânicos orbitando a estrela Sírio, onde vivem seres submarinos. Estranha coincidência sobre a tradição dos dogões e do tema do livro O mistério de Sírius, de Robert Temple, quando poderiam situar a aventura em Rigel, Betelgeuse, Canopo, Alfa-centauro, Belatriz, Altair, Algol, Prócion… Coincidência?
Um comentário anônimo na postagem do discurso de Putin reclamou que num caso de bulem contra um aluno homossexual, morrendo a vítima, os agressores foram expulsos mas que o caso não teve repercussão. Parece que pra nosso comentador anônimo a propaganda é mais importante que a punição.
em toda repartição quando alguém avisa que dará uma saidinha pra ir ao banco, sempre tem um brincalhão que diz:
— Aproveites e deposites em minha conta!
Quando foi minha vez eu disse:
— R$1.000 tá bom? Não. Depositarei R$2.000 porque és um cara legal. Dês teu cartão e senha pra eu depositar.
Noutra vez, quando fulano me chamou pra saber o que eu queria:
— Á! Eu queria…
— Queria? Então não queres mais.
Então expliquei:
— Estás equivocado. A deficiência é da língua portuguesa, não minha. Teria de haver duas formas pra especificar verbo assim no passado mas não há. Queria significa que naquela ocasião passada eu queria mas que pode ser que continuo querendo ou que já não quero. O verbo queria não diz que deixei de querer. Há idiomas que especificam, por exemplo, quando o líder duma comissão de trabalhador, junto a eles, diz ao chefe Nosso pedido… (Ou Nós faremos…) se é o líder e os trabalhadores, o líder e o chefe ou todos. Em português não.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

domingo, 10 de julho de 2016

Discurso de Putin na Ônu
2015, 70 anos da Ônu
Senhor presidente, senhor secretário geral, chefes de estado e de governo, senhoras e senhores. No 70º aniversário da assembléia geral da Ônu é oportuno evocar o passado e refletir sobre o futuro comum.
Em 1945 os países que venceram o nazismo uniram esforço pra assentar base sólida prà ordem mundial pós-guerra. Me lembro que foi em meu país, na Criméia, Ialta, que as decisões foram tomadas pra criar a Ônu e os princípios de relação entre os estados. Esse sistema de Ialta nasceu de enorme sofrimento e encarna o preço pago por milhões de pessoas que morreram durante as duas guerras mundiais que devastaram o mundo no século 20. Sejamos objetivos: Esse é o sistema que ajudou a humanidade a atravessar eventos turbulentos e às vezes dramáticos e que preservou o mundo de problemas ainda maiores. A Ônu não tem páreo em legitimidade, representatividade e universalidade. Mas ultimamente com freqüência é alvo de crítica por ineficácia, porque as decisões tomadas teriam contradições insuperáveis, sobretudo junto aos membros do conselho de segurança. Por isso friso que ao longo dos 70 anos de existência da Ônu persistem as diferenças, inclusive com o direito a veto, ao qual recorreram Eua, Inglaterra, França, China, Urs e Rússia. Isso é natural pruma organização representativa. Os criadores da Ônu não acharam que sempre haveria unanimidade. A missão da organização é buscar consenso. Sua fortaleza vem de escutar as diferentes opiniões e levar todas em conta. Cada questão debatida na Ônu pode virar resolução. Como dizem os diplomatas: Se aprova ou se reprova.
Toda decisão que um estado tomar passando encima desse procedimento é ilegítima, contrária ao estatuto da Ônu e afronta ao direito internacional. Todos sabemos que após a guerra fria todos são conscientes de que um centro de domínio único surgiu. Os que estavam no topo da pirâmide foram tentados a pensar serem tão fortes e excepcionais e por isso sabiam mais que os outros e não precisavam recorrer à Ônu, quem autorizaria e legitimaria as decisões necessárias mas que apontaria os obstáculos que realmente estavam no meio do caminho.
Agora se diz que na forma original a organização está obsoleta e terminou sua missão histórica. Naturalmente o mundo está mudando e a Ônu tem de ser coerente com sua missão natural. A Rússia está disposta a trabalhar com seus aliados na base do consenso. Mas consideramos que as tentativas de solapar a legitimidade da Ônu são sumamente perigosas e suscetíveis de colapsar toda a estrutura das relações internacionais. Então só restaria o uso da força. Teríamos um mundo dominado pelo egoísmo em vez do trabalho coletivo, cada vez mais caracterizado pela ditadura que pela igualdade, com menos democracia e liberdade genuína. Um mundo com estados realmente independentes ficaria substituído por um número crescente de protetorados e territórios controlados externamente [estados-vassalos]. O quê restaria da soberania após tudo o que mencionei aqui? Basicamente se trata do direito de escolher livremente o futuro pra cada pessoa, nação ou estado. O mesmo quanto à questão da chamada legitimidade do estado. Não devemos fazer trocadilho, não manipular as palavras. Cada termo dos direitos e assuntos internacionais deve ser claro, transparente e com critérios uniformemente inteligíveis.
Somos todos diferentes e devemos respeitar isso. Ninguém deve se conformar cum modelo único de desenvolvimento como o único correto. Nos lembremos das lições do passado e alguns episódios da história da Urs. As experiências sociais pra exportação. As tentativas de induzir mudanças noutros países na base de preferências básicas ou ideológicas, o que levou a conseqüências trágicas e à degradação em vez de progresso. Mas em vez de aprender com os erros continuam os repetindo. Assim a exportação de revolução, agora chamada democrática, continua. Bastam os exemplos no oriente médio e norte da África. Como o mencionaram oradores anteriores. Desde então os problemas políticos e sociais nessas regiões cresceram durante longo tempo. Naturalmente o povo dali queria mudança. Mas como realmente ficou a situação? Em vez de conseguir reforma há uma agressiva interferência estrangeira, resultado de flagrante destruição das instituições nacionais e estilo de vida. No lugar do triunfo a democracia e do progresso temos violência, pobreza e desastre social.
A ninguém importa o direito humano, inclusive o direito à vida. Não posso deixar de perguntar aos causadores disso:
— Estais conscientes do que fizestes?
Mas acho que ninguém responderá. Efetivamente as políticas baseadas na arrogância e na convicção do caráter excepcional próprio e na impunidade nunca serão abandonadas. Agora é óbvio que a lacuna de poder criado nalguns países dessas regiões criaram zonas de anarquia que imediatamente se encheram de extremistas e terroristas. Dezenas de milhares de militantes estão lutando sob o pavilhão do estado islâmico. Suas fileiras incluem militares iraquianos desmobilizados na invasão ao Iraque em 2003. Muitos recrutas também vêm da Líbia, país cuja estabilidade foi destruída pela grave violação da resolução 1973 do conselho de segurança da Ônu. Agora as fileiras de radicais recebem membros da oposição síria moderada, apoiada pelos países ocidentais, que os armaram e os capacitaram. Logo desertaram e aderiram ao estado islâmico, que não surgiu do nada. Foi forjado como ferramenta contra os regimes seculares indesejados, estabeleceu um pé no Iraque e na Síria, começou a se espalhar, tentando dominar o mundo islâmico. E planeja ir além. A situação é mais que perigosa. Nessa circunstância é hipócrita e irresponsável fazer buliçosas declarações sobre a ameaça do terrorismo internacional enquanto que se fecham os olhos aos canais de apoio e financiamento aos terroristas, inclusive ao lucro do narcotráfico e tráfico ilícito de petróleo e armamento. Seria igualmente irresponsável tentar manipular os grupos extremistas e os pôr a serviço próprio a fim de atingir objetivo político, com esperança de depois os enfrentar. Com outras palavras: Os liquidar.
Aos que agem assim preciso dizer:
— Estimados senhores. Sem dúvida, estais mexendo com pessoas brutais e cruéis mas que não são primitivas. São tão espertas quanto vós. E nunca se sabe quem manipula quem.
Os dados recentes sobre repasse de armamento a essa oposição tão moderada é a melhor prova disso. Cremos que toda tentativa de brincar com terroristas, ainda pior, os armar, não é só de visão curta mas perigosíssimo e pode fazer a ameaça terrorista recrudescer e engolfar novas regiões, ainda mais quando o estado islâmico treina militantes de muitos países, inclusive europeus. Desafortunadamente, devo dizer que a Rússia não é exceção. Não devemos deixar esses criminosos retornar ao lar e continuar suas ações malignas. Ninguém quer isso. Não é?
A Rússia sempre foi firme e lutou contra o terrorismo em todas suas formas. Hoje prestamos assistência militar e técnica a Iraque, Síria e a todos os países que lutam contra os terroristas. Cremos que é um enorme erro se negar a cooperar com as forças governamentais da Síria, que valentemente lutam contra o terrorismo. Devemos reconhecer que ninguém além das forças armadas de presidente Assad e as milícias curdas realmente lutam contra o estado islâmico e outras organizações terroristas na Síria. Conhecemos todos os problemas e contradições regionais mas nos baseamos na realidade.
O enfoque honesto e direto de Rússia foi usado recentemente como pretexto prà acusar de ambição crescente, como se quem acusa não tivesse ambição. Não se trata de ambição russa mas do reconhecimento de que não podemos mais tolerar a atual situação mundial.
Propomos nos guiar por interesses comuns em vez de por ambição. Baseados no direito internacional devemos unir esforço pra enfrentar os problemas que compartilhamos e criar uma coalizão internacional genuinamente ampla antiterrorismo. Assim como na coalizão contra Hitler, unir uma ampla gama de forças dispostas a resistir com bravura contra os que, como os nazistas, semeiam o mal e o ódio na humanidade. Naturalmente, os países muçulmanos devem desempenhar papel-chave na coalizão, ainda mais que o estado islâmico não só representa ameaça direta contra eles mas que ataca com crimes sangrentos uma das maiores religiões do mundo. Os ideólogos e militantes debocham do Islã e pervertem seus valores humanistas. Quero me dirigir aos líderes espirituais muçulmanos. Sua autoridade e orientação são importantes, pois agora é essencial impedir que os recrutados tomem decisões precipitadas. E aos que já foram enganados e que devido à circunstância estão entre os terroristas, necessitam encontrar um estilo de vida normal: Depor arma e findar o fratricídio.
Como atual presidente do conselho de segurança, a Rússia logo convocará reunião ministerial pra avaliar a ameaça ao oriente médio. Em primeiro lugar propomos discutir se é possível chegar a uma resolução destinada a coordenar as ações de todas as forças que enfrentam o estado islâmico e outras organizações terroristas. Essa coordenação deve se basear nos princípios do estatuto da Ônu. Esperamos que a comunidade internacional desenvolva estratégia global de estabilização política e recuperação social e econômica no oriente médio. Então não haverá necessidade de novos acampamentos de refugiado. O fluxo de pessoas obrigadas a deixar o lar literalmente cercou o oriente médio e a Europa. Essas centenas de milhares de pessoas podem se tornar milhões brevemente. É uma enorme e trágica migração, dura lição aos europeus. Quem dera fincar pé de que os refugiados merecem nossa compreensão e apoio mas a única maneira de resolver o problema a nível fundamental é reestabilizar a região, fortalecer as instituições estatais ainda existentes ou convalescentes e prestar assistência global militar, econômica e material aos países em situação difícil e às pessoas que apesar das duras provas não abandonaram o lar. Naturalmente toda assistência a estado soberano pode e deve ser oferecida em vez de imposta, exclusivamente conforme o estatuto da Ônu. Ou seja, tudo conforme o direito internacional. Nossa organização deve apoiar isso. E tudo o contrário ao estatuto da Ônu deve ser rechaçado. Sobretudo é importante restabelecer as instituições estatais na Líbia, apoiar o novo governo iraquiano e prestar assistência global ao legítimo governo sírio.
Garantir paz e estabilidade regional e mundial continua sendo o objetivo-chave da comunidade internacional encabeçada pela Ônu. Isso implica criar uma margem de segurança estável não pra poucos mas pra todos. É um difícil e lento desafio. Não há opção. Mas o bloco com mentalidade da era da guerra fria, que quer explorar novas zonas geopolíticas, ainda está entre nossos colegas. É lamentável que alguns colegas escolheram uma rota difícil, a de explorar novas zonas geopolíticas. Primeiro confirmaram sua política de ampliar a Otã e sua estrutura militar. Primeiro ofereceram aos países pós-soviéticos uma dicotomia ilusória: Ficar ao lado do ocidente ou do oriente. Mais cedo ou mais tarde essa lógica de enfrentamento atearia uma grave crise geopolítica. Foi o que ocorreu na Ucrânia, onde, aproveitando o descontentamento popular com as autoridades de então, se tramou um golpe militar que virou guerra civil. Acreditamos que só mediante a estrita aplicação dos acordos de Minsque de 12.02.2015 se finde a sangria e saia da estagnação. A integridade territorial ucraniana não pode ser garantida com ameaça e força armada. É necessário uma genuína análise dos interesses e direitos da população da região de Donbás, respeitar a vontade dela e coordenar com ela, conforme os acordos de Minsque, os elementos-chave da situação política do país. Isso garantirá que a Ucrância se desenvolva como estado civilizado, vínculo essencial pra criar um espaço comum de segurança e cooperação econômica na Eurásia.
Mencionei esse espaço comum de cooperação econômica. Há pouco parecia que na esfera econômica, com suas objetivas leis de mercado, aprenderíamos a viver sem linha divisória, construindo de maneira transparente e conjunta normas, inclusive os princípios da OMC, estipulando a liberdade comercial, investimento e competição aberta. Mas sanções unilaterais violando o estatuto da Ônu se banalizaram. Além dos objetivos políticos, essas sanções tentam eliminar competição. Quero assinalar outro sinal do egoísmo econômico crescente: Alguns países criaram comunidades econômicas fechadas e  exclusivas, negociando no bastidor e escondido do cidadão dos respectivos países, da população em geral e doutros países. E os cujo interesse será afetado não são informados. Parece que estamos a ponto de enfrentar um fato consumado de que as regras do jogo mudaram a favor dum grupelho privilegiado, sem que a OMC possa dizer algo. Isso desequilibraria o sistema comercial e desintegraria o espaço econômico mundial. Essas questões afetam os interesses de todos os estados e influem no futuro de toda a economia mundial, por isso propomos o discutir dentro da Ônu, OMC e G-20.
Contrariamente à política de exclusividade, a Rússia propõe harmonizar os projetos econômicos regionais. Me refiro à chamada integração de integrações baseada em normas comerciais internacionais universais e transparentes. Como exemplo cito nossos planos de interligar a união econômica euroasiática e a iniciativa chinesa dum cinturão econômico da rota da seda. Continuamos crendo que harmonizar o processo de integração dentro da união euroasiática com a européia é sumamente promissor.
Os temas que afetam o futuro de todos os povos inclui o desafio da mudança climática mundial. É de nosso interesse que a conferência da Ônu sobre a mudança climática, a celebrar em dezembro próximo em Paris, seja um sucesso. Como parte de nossa contribuição nacional prevemos reduzir até 2030 as emissões de gás de efeito estufa 70% ou 75% do nível de 1990.
Mas sugiro um olhar mais amplo no tema. Diminuiríamos o problema durante certo tempo, fixando cupões, cotas de emissão prejudicial ou tomando outras medidas meramente táticas. Mas isso não resolveria o problema. Temos de mudar o foco. Nos concentrar em introduzir tecnologia fundamentalmente nova inspirada na natureza, comensal e harmônico com o ambiente. Também restabeleceríamos o equilíbrio entre a biosfera e a tecnosfera, afetadas pelas atividades humanas. É um desafio planetário. Mas acredito que a humanidade tem potencial pra o enfrentar. Devemos unir nosso esforço. Me refiro especialmente aos estados com sólida base investigativa e que avançaram muito em ciência fundamental. Proponho convocar um foro especial, sob os auspícios da Ônu, prum exame global sobre os temas relativos ao esgotamento dos recursos naturais, destruição ambiental e mudança climática. A Rússia está disposta a copatrocinar tal foro.
Em 10.01.1946, em Londres, que a assembléia-geral da Ônu se reuniu pra seu primeiro período de sessão. Senhor Zuleta Ángel, diplomata colombiano e presidente da comissão preparatória, declarou aberto o período de sessão, criando uma definição concisa dos princípios básicos que a Ônu doravante seguiria: Livre arbítrio, desafio aos truques e planos malignos,e espírito cooperativo. Suas palavras devem guiar a todos nós. A Rússia acredita no enorme potencial da Ônu, que deve nos ajudar a evitar outra guerra mundial e conseguir uma cooperação estratégica junto a outros países. Trabalharemos sempre pra fortalecer o papel central de coordenação da Ônu. Acredito que trabalhando juntos faremos do mundo um lugar pacífico, estável e seguro, e criaremos as condições pro desenvolvimento de todos os países, estados e nações.
Obrigado

Agente da CIA John Perkins Revelou: Eua rouba petróleo e nióbio do Brasil.
Corrupção, políticos judas



sábado, 9 de julho de 2016

À coleção Adeene neles!
A postagem fica duplicada toda vez que é editada. Toda vez que esses trapa, quero dizer, programadores mexem pra melhorar algo pioram outralgo.
 
Tião Macalé & Ciª


Sílvio Mause

 Lampadinha – Bic


Humberto de Campos – Lampião


Cande Tinelli – Wanessa Camargo


Christopher Walken – David Bowie


Ken Levine – Murilo Rosa


Lovecraft, 06.1934 – Stückelberg, Londres, 1934


Nicolas Cage – Eusebio Poncela


Ramão Pontes – Ramão rico?
Topônimos, tropeçônimos e trapalhônimos
No tempo das entradas e bandeiras a língua geral do Brasil era o tupi. O nheengatu, língua desenvolvida a partir do tupinambá, falada ao longo de todo o vale amazônico brasileiro até a fronteira com o Peru, na Colômbia e na Venezuela, a língua geral amazônica. O tupinambá e dialetos tupis eram a língua geral do Brasil, que seria bilíngüe como o Paraguai (que manteve o guarani, língua-irmã do tupi) se não fosse um decreto lusitano impondo o português.
Avaliemos a extensão dessa perda.
Minha mãe e tias maternas são paraguaias, de Belém, um vilarejo interiorano. Minha avó pouco falava castelhano, quase só guarani. Meu pai, descendentes de gaúchos, natural de Amambai, como funcionário da malária, a CEM (campanha de erradicação da malária) viajava todo o velho Mato Grosso (que incluía o atual Mato Grosso do Sul, então sul de Mato Grosso) e conhecia bem o guarani, disse que se usavam duas formas pra verificar se o sujeito sabia guarani mesmo: Mandar dizer Guaíra e O galo cantou, em guarani. Guaíra tem de dizer guairá. O galo cantou tem de dizer Sapucai tocoroó. Se disser Gallo sapucai, é jupará, hibridação castelhano-guarani.
Na verdade o que se ouve no Paraguai, seja na rua ou emissão radiofônica, não é guarani propriamente mas jupará, que é uma mistura. O linguajar guarani todo entremeado de vocábulos castelhanos porque as palavras sem correspondente em guarani, especialmente os neologismos, são expressos em castelhano, tal qual nossos afrescalhadíssimos intelectuais (ou intelectualóides) que abusam de barbarismo, porque acham muito chique grafias e pronúncias exóticas, mesmo quando o vocábulo próprio existe.
Minha mãe usava português como língua do cotidiano. Quando ficava saudosa e lírica recitava poemas de Manuel Ortiz Guerrero, seu poeta predileto, em castelhano. Quando, em suas freqüentes, onipresentes e homéricas mudanças de humor, ficava brava, xingava em guarani. Por isso nunca aprendi guarani. Me parecia feio, repugnante. Eu praticamente só conhecia os vocábulos de xingamento, palavrão mesmo. Safadoreicôva, mitaí tepoti, anha meúme guaré, tererrô te cacá iguapy riare, retovado Cleto poncho… De modo que ao ouvir uma canção entendo uns e outros pedaços, uma palavra aqui, outra ali.
Mamãe dava uns foras fazendo comentário jocoso diante dalguém, achando que não entenderia, como eu comprando guavira das índias do Mercadão. Um comentário meio assim Esse aí é exigente demais. No fim me despedi cum Porã etê ndê guavirá, che cunhá mi (Bonito demais tua guavira, minha senhora).
O guarani é muito parecido ao tupi, meio como português e castelhano ou sueco e norueguês. Diz que na fronteira um sueco no alto da montanha em sueco e o outro responde, no outro lado, em norueguês. Há muitos dialetos do tupi, o que seria de se esperar em território tão grande e sem telecomunicação.
É preciso esclarecer que não existe língua tupi-guarani. Tupi é uma língua, guarani é outra, embora tão parecidas. Assim como não existe língua servo-croata. Se falava em cultura servo-croata, comunidade servo-croata, mas língua não. Se fala em cultura tupi-guarani porque são afins, mas língua tupi-guarani não existe. Assim aquela canção Paraguaia do grupo Os atuais , Em português direi te amo e responderás em tupi-guarani…
De modo que em nossa família os topônimos tupis soavam muito familiares. Onde aparece ita pode saber que tem pedra, porque itá em tupi e em guarani é pedra (Itá, Itajá, Itajaí, Itaguaí, Itamaracá, Itamarati, Itaguaçu…). Onde aparece pira tem peixe, porque pirá é peixe (Piracicaba, Piraí, Pirapora…). Onde tem tuba (tyba, que virou tuba ora tiba, a famigerada confulência y→u) é o sufixo português al. Caraguatatuba, mata de caraguatá; Ubatuba, mata de ubá, ubarizal; Curitiba, mata de pinheiro, pinheiral.
Em 1995 fui com meu pai a Porto Seguro. Os guias explicando que Taperapuã significa casa do caranguejo.
— Peraí! Minha mãe e tias são paraguaias, temos muitos amigos paraguaios, meu pai aqui conhece guarani muito bem. Esses topônimos são muito familiares pra nós. Portanto percebi que estais inventando. Não tem caranguejo nessa história. Tapera é tapera mesmo, casa rústica, casebre, mas puã é ereto, levantado ou levantando (já que em tupi e guarani não há tempo verbal). É tapera construída, erigida. Em Mato Grosso do Sul tem uma cidade chamada Camapuã. Tem um morro que originou o nome, que parece um seio apontado ao alto. Dali o nome camá puã.
Se com turismo globalizado dão esses foras. Na internete então…
Cerca da mesma época vi no jornal Hoje mostrando a praia de Itapuã, dizendo que significa pedra que soa! Nitidamente se viam paralelepípedos de pedra, em pé, como gigantescas peças de dominó. Pedra que soa é Itamaracá.
Como numa revista turística onde uma receita de sopa paraguaia levava farinha de trigo. Ou quando comi uma chipa-guaçu na festa das nações aqui. Aquilo não se parecia muito com chipa guaçu. Abortei logo a idéia de experimentar paelha, etc.
Aqui na vila Palmira, meu terreno de esquina abarca a rua se chama Guiratinga. O nome meio deformado. Güirá é pássaro, tinga é branco, claro. Os reformistas do idioma chutaram o trema como os astrô-momos fizeram a Plutão. No futuro não se saberá se pronuncia anhangüéra, anhangüêra, anhanghéra ou anhanghêra. Confusão igual de quando tiraram o circunflexo: Abrôlho, que é um espinho, virou abrólho, de abre-olhos, mais um topônimo inventado. O circunflexo que se cuide. Logo tentarão acabar consigo.
Güirá (em guarani) é uirá em tupi, pássaro. Uirapuru é algo pássaro. Mas puru virou uma confusão. Basta pesquisar pra constatar que cada um diz uma coisa. Apesar de hesitante, a melhor é http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=168%3Auirapuru&catid=55%3Aletra-u&Itemid=1, e a pior é http://www.dicionariotupiguarani.com.br/.
Aqui perto tem a rua Abiurena. Mas o quê é isso?! Eta corruptela! Rana é um sufixo tupi e guarani que corresponde ao prefixo grego pseudo. Abiurana, falso abiu (pseudoabiu), canarana, falsa cana (pseudocana), cajarana, falso cajá (pseudocajá), caferana, (falso café, que é um arbusto com doce fruto vermelho, mas tem a erva que também chamam caferana)… O famoso romance Sagarana ganhou esse nome porque seria uma pseudo-saga.
A corruptela capital é itamarati. Moroti é branco. Itamoroti é pedra branca. Como Fernando de Noronha que originariamente era Fernão de Loronha. É só pesquisar pra constatar que nalguns lugares se diz outra coisa.
Mas moroti é pra denominar o homem branco, pois a palavra pra branco é tinga. Assim como cambá denomina o homem negro, e a palavra pra negro é um (que vira uma confusão com a transliteração y→u).
A confusão recrudesceu por causa da característica tonal do guarani. Além do i tem o i gutural, parecido ao u do francês buffet, grafado y. Só que em buffet se faz biquinho pra pronunciar, em poty é entrelábios. I significa pequeno, y é água. Poti (pronuncia potí) é merda, poty é flor. Alguém definiu poty pronunciando pot com a sílaba tônica no T.
Na telenovela Irmãos coragem tinha a índia Potira. Jamais um índio chamaria sua filha de Potira.
Iguaçu vem de y guaçu, água grande. Se fosse i guaçu seria pequeno grande.
Ipanema vem de y panema, água ruim, pois é local sem peixe. Na Amazônia, quando alguém fica azarado demais, tudo lhe sai errado, se diz que ficou panema.
Esse som gutural do i, grafado y, não existe em português, de modo que ora é aportuguesado a i ora a u (transliteração y →i,u). É aí que mora a confusão. Como a palavra francesa buffet, aportuguesada como bufê, bifê ou bufete. Maquillage, que virou maquilagem e depois maquiagem. O inglês backup, que virou becape.
Consultando topônimos na internete não é raro achar significado suposto, dúbio, desconhecido ou errado. É comum uma fonte dizer algo e outra afirmar outra. Mas isso acontece no resto do mundo.
Itaú pode ser originariamente itaí (pedra pequena) ou itay (pedra na água). A transliteração y→u. É mais provável que seja pedra na água, porque se fosse itaí ficaria itaí mesmo.
Dos muitos topônimos duvidosos, enigmáticos ou controversos, itaú é um exemplo de equívoco após equívoco.
A origem do nome Itaú causa controvérsia, dúvida e incerteza. Pra melhor esclarecimento vejamos o que disseram o historiador Luís da Câmara Cascudo e o escritor maranhense Antônio Gonçalves Dias.
Em seu livro História do Rio Grande do Norte, capítulo 14, página 353, Luís da Câmara Cascudo disse que Itaú é uma palavra originada dum índio assim chamado, que era chefe de tribo Paiacu, [Vede abaixo a origem da Itagüi colombiana como dum suposto cacique chamado Bitagüi] no século 18, cuja aldeia, ficava na beira dum riacho denominado Gitirana, onde havia um poço sombreado por frondosos e altos angicos que ali abundavam, recanto convidativo pros indígenas descansarem. Sobre o nome itaú, Câmara Cascudo ainda disse que a tradução da palavra itaú, que é verbete tupi, significa pedra preta.
Já o maranhense Antônio Gonçalves Dias, em seu famoso Dicionário da língua tupi-guarani [Já se vê donde vem o erro. O certo seria Dicionário das línguas tupi e guarani], disse o seguinte: Itaú é uma palavra tupi-guarani, que significa: Ita = pedra e o u = currais: Currais de pedra.
[Mais confusão. Uns dizem que u é preto, e agora é currais]
Mas conforme depoimento dalguns idosos, antigos habitantes do lugar, existia na direção sul, a 1 km da fazenda Angicos, uma porção de pedras que formavam espécies de currais no formato da letra U alargada e de ferraduras abertas.
Comparando o ponto de vista dos antigos moradores do lugar com o dos autores citados, chegaremos à conclusão de que a tradução do notável maranhense é mais afirmativa. Assim, se nos fosse dado o direito de opinar, não hesitaríamos em optar: Itaú = Currais de pedra.
Em http://tupieguarani.blogspot.com.br/p/observacao-as-corruptelas-sao.html Camapuã significa seio redondo, bico-de-seio (teta). Itaiú, itaju, itaú, ita yú: Pedra amarela, ouro.
Em http://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/itapua/#comment-1755 donde deve ter saído a definição errada pra Itapuã. Uma barafunda infernal, confundindo pua, puã e puá, e mais um ronco extra:
Itapuã (em grafia arcaica itapoan) é uma palavra de origem tupi-guarani que designa um tipo de arpão curto, com ponta metálica (originalmente de pedra, ita, nessa língua), que era usado pra pescar tartaruga e peixe grande. A palavra significa pedra que ronca, do tupi-guarani (ita = pedra, puã = ronco). Nome duma praia em Salvador, Bahia. Na canção Tarde em Itapuã, parceria de Vinícius de Morais e Toquinho.
Fonte: Wikipedia
Outra confusão é puá (redondo) e puã (ereto). Então a abelha irapuá acabou virando irapuã…
Já dá pra ter idéia da confusão reinante. Mas tem mais.
Na tevê vi documentário onde alguém dizia que Iracema, uma espécie de pocahontas nacional, não é nome indígena, apenas anagrama da palavra América. Na internete achei um que disse que Iracema significa virgem dos lábios de mel! Aí já virou esculhambação. Outros dizem: (Eira, ira = mel + sema = sair): Donde sai mel.
Em Folklore del Paraguay, de Dionisio M Gonzalez Torres, capítulo 5, Formas literárias em prosa, página 70:
Yrasema (murmullo del agua), de voz melodiosa, que hechizaba y tocaba maravillosamente el mbaraká (el porongo con piedrecillas), es la diosa de la música y del canto. Murió joven y virgen, envenenada por su hermano Japeusá. Fue la primera muerte que presenció la tribu.
Irassema (murmúrio da água), de voz melodiosa, que enfeitiçava e tocava maracá maravilhosamente (a cabaça com pedrinhas), é a deusa da música e do canto. Morreu jovem e virgem, envenenada por seu irmão Japeussá. Foi a primeira morte que a tribo presenciou.
Na página 83, capítulo 5:
Porá es el alma en pena que vaga en la Tierra, en los lugares donde en vida habitara, que puede se materializar o manifestar de diversas maneras, como sombra, bulto, algo que se mueve, ruido, luces errantes, etc.
[…]
Del Porá se ocuparon Natalicio González, Fariña Núñez y Alfonso Demaría.
— En lugares donde en la guerra contra la triple alianza se desarrolló batalla, la gente oye o cree oír en las noches tormentosas ruidos de lucha, tronar de cañón, chocar de arma y hasta ayes y lamentos, y creen ver luces, sombras y bultos que se mueven.
Porá é a alma penada que vaga na Terra, nos lugares onde habitara em vida, que pode se materializar ou manifestar de diversas maneiras, como sombra, vulto, algo que se move, ruído, luzes errantes, etc.
[…]
Natalicio González, Fariña Núñez e Alfonso Demaría estudaram o porá.
— Nos campos-de-batalha na guerra contra a tríplice aliança o povo ouve ou crê ouvir nas noites tormentosas ruídos de luta, troar de canhão, chocar de arma e até lamentos e ais, e acreditam ver luzes, sombras e vultos que se movem.
Porá em guarani, pora em tupi, é a origem do Caapora (Caá, mato. Pora do mato), derivando a caipora e em seguida a caipira.
Na página 411, capítulo 25, Alimentação:
Pamoñá (pamonhá) – Massa de farinha de mandioca com queijo ou carne (conservada pra levar em viagem). Sugestiva semelhança com nossa pamonha.
Na página 414:
Arakajé – Uma fritada de poroto (feijão rústico) cozido e transformado em massa, com pimenta e outros condimentos, e frito em azeite.
Sugestiva semelhança com nosso acarajé. Quem influenciou quem?
Anhangüera não é diabo velho
Em dicionário e enciclopédia se encontra a explicação clássica sobre o vocábulo. Por exemplo: http://www.dicionarioinformal.com.br/:
Anhangüera foi o Apelido dado a Bartolomeu Bueno da Silva, um aventureiro português nascido na capitania de São Paulo. Quando desbrava o interior brasileiro se deparou com alguns índios e os obrigou a mostrar onde encontrar ouro. Como negaram informar incendiou uma botija com aguardente ameaçando incendiar da mesma forma os rios e lagos se não mostrassem o ouro. Os índios, com muito medo, levaram imediatamente ao local onde existia ouro em abundância. Doravante Bartolomeu Bueno ficou conhecido pelos índios como Anhangüera, cuja tradução grosseira e sumária é diabo velho.
Anhangá é uma assombração, saci, espírito maligno. Na verdade o sufixo tupi güé e o guarani qüé significam ex, o que foi, o que era. Anhangüé significa ex-diabo, o que era um gênio, o que foi uma assombração mas agora está personificado como homem. Se confunde o sufixo guarani qüé com qüera. Qüera significa os seus, sua turma, correspondente ao tupi güé. Portanto Anhangüera significa o da turma do Diabo, o que tem parte com assombração, o que tem aliança cum espírito maligno. Não diabo velho. Há uma música paraguaia, Che novia cué mi (minha ex-namorada). Quando alguém diz, em guarani (na verdade se fala jupará, onde o castelhano supre lacunas vocabulares), Juan cuêra significa a turma de João, João e seus companheiros. Portanto Anhangüera significa O que tem parte com o Diabo, O da turma do Diabo, O diabólico ou Um diabo.
Mesmo porque velho, em guarani, é tudjá. Caraí tudjá, homem velho, senhor velho, velho.
No vocabulário gaúcho tem o vocábulo cuera:
1. Cuera
Significado de Cuera Por LC Vicente (PR) em 11-08-2010
Pessoa experimentada, que sabe bem seu ofício
Indivíduo apresenta destemor, valentia, corajoso
Que foi e já não existe (Cuéra) [confundindo com qüê]
origem tupi (qüera)
No dicionário mais uma vez a confusão cué com cuera. Lamentável. Seria como confundir porá com porã (bonito). Nada a ver.
Outra definição:
Cuera
sf Brasil. Rio Grande do Sul. Lesão, ferimento e ou cicatriz situados na região lombar de certos animais (cavalgadura), decorrente do uso incorreto de lombilho. Unheira.
sm Brasil. Pessoa valente. Indivíduo destemido e corajoso.
adj Que contém valentia, destemor.
(Etmologia de origem questionável)
Outro significado de cuera, agora vocábulo castelhano. Mas nesta vez a palavra derivou de couro. Portanto não tem a mesma raiz (Seria como em português chamar coura uma jaqueta de couro):
Antigamente se chamava cuera uma espécie de jaqueta que se colocava sobre o gibão.
A acepção de cuera como valente é uma deformação vocabular através do tempo, provavelmente se transformando o da turma, o do bando a bandoleiro e enfim a valente.
O anhangá tupi ou anhá guarani está em muitos topônimos além de Anhangüera, que é universidade, rodovia e lenda nacional. Em Campo Grande tem o bairro Itanhangá (pedra do Diabo). Em São Paulo tem o bairro Anhangabaú, anhangá ba y, água de malefício do Diabo, bebedouro dos demônios, enfim, água venenosa. Mas um exemplo da transliteração y→ú.
Vejamos o verbete Caruara, caroara em Dicionário do folclore brasileiro, de Câmara Cascudo:
Caruara, caroara - Duende invisível, bicho fantástico amazônico. Um bicho que inspira muito medo, é o que descrevem, à semelhança do bicho-de-pau que aparece nos quintais e capoeiras. Chamam de caroara. Como os outros, também tem mãe. É extremamente perigoso pràs mulheres menstruadas, que nessa condição evitam andar no quintal ou atravessar as trilhas que chegam às roças ou nos caminhos pra recolher água. O cheiro da mulher nesse estado, se afirma, atrai a caroara ou a mãe da caroara, que flecha a vítima. Os efeitos dessas flechadas são semelhantes aos do reumatismo. Aparece dor, inchação dos membros e dificuldade articular. Em Itá existem muitas mulheres com esses sintomas, cuja doença é atribuída a flechada de caroara. Parece que esses bichos não fazem mal aos homens. (Eduardo Galvão, Santos e visagens. Um estudo sobre a vida religiosa de Itá, Amazonas, 106-107, São Paulo, 1955). Reumatismo.
Teodoro Sampaio, O tupi na geografia nacional, 184, Bahia, 1928, registrou: Caruara sc carú-uara, o que come ou corrói. A comichão, o prurido, a sarna, a bouba. No norte do Brasil é uma moléstia que ataca o gado, causando inchação e paralisia nas pernas e corrimento. Com o mesmo nome se conhece uma espécie de formiga que dá nas árvores, cuja picadura coça como sarna, e também uma qualidade de abelha, cujo mel é nocivo. A cidade de Caruaru, em Pernambuco, significa caruar-ú [Notar bem a causa de confusão, a transliteração y→ú], aguada das caruaras, água que adoecia o gado.
Em abril de 1996 uma tragédia foi amplamente coberta pela imprensa. Num hospital particular (que foi fechado) de Caruaru, Pernambuco, morreram misteriosamente 50 pacientes submetidos a hemodiálise. Se constatou hepatite tóxica causada por água contaminada.
O uso de significados supostos e forçados pra não deixar em branco uma definição só leva a mais confusão. É como deduzir que Cheiquespir era árabe, pois o nome vem de xeque ou xeique Spir, ou que Colombo era negro, pois vem de Cristóvão Quilombo.
Quando estive em Medelim, em 2014, visitando a família de Carlos Molina, no caminho falamos sobre os topônimos tupis. Logo vimos um ônibus ostentando o letreiro Itagüí, uma cidade próxima. Eu disse:
— Mas esse nome é nitidamente tupi!
Itagüi é topônimo tupi
Muitos nomes resultaram de suposição:
Bororo (idioma orari) Pátio. Nos estados brasileiros de Goiás e Mato Grosso vivia grande população aborígine, os boe ou orari, mais conhecidos como bororo, que não é o nome verdadeiro dessas tribos. É um apelido dado erroneamente, talvez pelos primeiros brancos que contataram esses selvagens. Bororo significa praça, pátio, largo de aldeia e, segundo o testemunho de velhos silvícolas, os primeiros civilizados que chegaram ao aldeamento dos orari tentaram penetrar nas malocas. Pra os impedir os índios se postaram à porta e, indicando o terreiro, gritaram Ka ba boe ba? Bororo! Bororo!: O que desejai? Ao pátio! Ao pátio! Devido à repetição da palavra bororo os brancos acharam ser esse o nome da tribo.
Canguru – Quando os ingleses avistaram em primeira vez, na Austrália, os cangurus, perguntaram aos nativos o nome do animal. A resposta foi: Can guru (Não entendemos). Os ingleses interpretaram isso como resposta.
Esquimó Comedor de carne crua. Se autodenominam inuíte, humanos.
Lhama – Quando os espanhóis avistaram em primeira vez, na região andina, as lhamas, perguntaram aos nativos: Como se llama? Os nativos, obviamente, nada entenderam e ficaram repetindo: Lhama? Os espanhóis interpretaram isso como resposta.
Semelhanças tupi, guarani, grego, etc.
Kilãino - Kelainos
Ceuci - Circe
Panamá - Zeus Panamaros
Pitiapo - Priapo
Solimões - Salomão. A mítica Ofir, donde Salomão trazia outro, seria o alto Amazonas.
Tupa (Tupã?), do panteão polinésio (Francis Mazière, Fantástica ilha de Páscoa, página 107)