Crônicas bogotanas 2015
Da autobiografia não autorizada de Che Guavira
Noites
de vigília ● Não
quero ser herói extintor ● O
nome da besta ● A
tourada de lá ●
Bogotá engorda ●
Clima, altitude, insolação ●
Resposta à pergunta no samba do Salgueiro ● Bogotá e Curitiba ●
Manhãs perdidas ● Falaram
mal dos chilenos outra vez ●
O brasileiro vive de braços abertos ● Livros cubanos e um bêbado
na tumba de Noel Rosa ● Uma
excelente biblioteca e museus de arte e lixo
Em janeiro de
2015 fiz a viagem complementar a Bogotá. Desta vez sem tanto bater perna. Mais
direto ao objetivo.
Desta vez foi
ida e volta com duas escalas. Uma noite inteira em Santiago na ida e outra em
Guarulhos na volta. Não sei se terei vontade de encarar outra dessa, já que em
aeroporto não existe dormitório nem porta-bagagem e é tudo tão caro. Até um
salgadinho custa os olhos da cara. Imagines uma água mineral pequena a R$5 e
tanto. Parece tudo tão chique, e no entanto tão idade-da-pedra. Ter de passear
com tanta bagagem e não poder dormir é um pesadelo e um tédio. É igual estar
num xópim. O mesmo ambiente artificial, a mesma sensação de miséria no luxo e
solidão na multidão. E ver tantas belas e feias desfilando celeremente. Nem pra
dar um sorrisinho. Puxa! A única gata acessível é a gata Christie. E tanta
comida ruim e cara.
Ao menos a
área de escala do aeroporto de Santiago tem bastante poltrona, diferente de
Guarulhos, com escassas poltronas. Mas de lanche, só doce além dos
restaurantes.
No avião penso
naquelas instruções todas. Será que na hora da emergência alguém se lembrará?
Duvido. Uma vez comentei com os colegas de trabalho sobre os extintores de
incêndio. Havia anos ali e nunca um treinamento, instrução. Nada. Eu disse que
se desse um incêndio eu sairia correndo. Acaso conseguiria acionar o treco do
modo como imagino que acionaria? Duvido. Deixe os extintores pros bombeiros.
Mas também vi
como as instruções de ascensão, pouso e turbulência estão certas. Na ida, ao
pousar, uma tampa do teto se abriu e ficou pendente até pouco abaixo do
bagageiro do alto das poltronas. Alguém em pé ali morreria com a pancada na
cabeça. Uma passageira tirou foto.
Mas é mesmo um
absurdo o aeroporto Eldorado cobrar o uso dos carrinho de bagagem. Quem chega
dificilmente tem 2 dólares a mão. Não teve ainda acesso a ir a casa de câmbio.
Normalmente está só com cartão no bolso. Tanto, que é muito raro alguém com
bagagem no carrinho ali. É hora de reverterem essa burrice.
Falei sobre o
legal que é o nome do aeroporto de Bogotá mas na verdade há uma polêmica desde
2010 sobre mudar o nome. Diz que uma aerolinha até então conseguira barrar a
burrança, quer dizer, a mudança, por causa de seus impressos, etc. Agora se
chama El Dorado Luis Carlos Galán
Sarmiento. Uns politiqueiros lutaram pra mudar o nome pra homenagear um
político neoliberal. Algo tão horrível quanto mudar Guarulhos a Fernando Henrique Cardoso ou Guarulhos Fernando Henrique Cardoso.
Cruz-credo! Pois é, uma novela. Dá até pra escrever um roteiro: O nome da besta. A humanidade é a mesma
porcaria em qualquer lugar. Bom... Pra lidar com coisa tão chata quanto a
política, gente inteligente não suportaria. São os ossos do ofício. O trágico
não é os imbecis existirem. É serem maioria e estarem no poder.
Também não é
verdade que não tem preferência pro pedestre quando o carro vira a esquina. Tem.
Mas como aqui, qual pedestre tem coragem de peitar carro?
Quando pegava
táxi comum, o amarelo, tinha vez que dava vontade de bronquear ao motorista.
Tem uns que fecham cruzamento, falam ao celular dirigindo... Francamente:
Dirijo muito melhor que aqueles profissionais ali.
Mais uma vez
as malas passaram direto. Levo as mesmas coisas que ao Chile mas na Colômbia
ninguém fica abrindo mala. Quequié
isso? Quequié isso?
A previsão era
de seca, fenômeno elninho ou laninha. Nos últimos dias chovia na tarde mas
ainda era pouco.
Além do nome
do aeroporto a polêmica da moda é o fim da tourada. As touradas de lá na
verdade são corridas de touro. Só que no final matam o touro. Não se trata de
crueldade tipo a farra do boi catarinense. Dizem que excesso de purismo ou
puritanismo. Se matará mesmo o touro, qual a diferença se é depois duma corrida
taurina? Bom... Melhor não falar muito sobre algo que soube só de ouvir falar.
Vi cartazes sobre o tema e no domingo vi passar uma passeata anti-tourada no
centro.
Ali
conseguiram proibir a venda de rojão. Aqui também precisa acabar isso. Essa
moda brega de ano novo com rojão. Quem viu uma queima viu todas. Quem viu um
rojão viu um milhão. Acabar logo com a barulheira infernal que maltrata os
bichos e a gente também, pois é muito pior que os antigos e tradicionais balões
juninos.
Bogotá
engorda. Não dá pra ficar mais que uma semana. Num prato costuma vir meio abacate,
banana frita amassada em forma de biscoito, tiras de batata e mandioca fritas.
Além de arroz. Haja caloria!
Em barracas na
rua vi banana-palha: Longas e retorcidas tiras de banana cortada fino e frita
tal qual batata-palha.
Nessa vez
fiquei esperto. Não caí mais naquela de experimentar coisas exóticas e
inéditas: Palta (abacate), yuca (mandioca) e papa (batata). Igual no nordeste:
Jerimum (abóbora), aipim e macaxeira (ambos mandioca).
Desta vez
experimentei a guama, uma espécie de ingá-cipó, só que de vagem bem verde,
longa e larga. Se abre fácil a gigantesca vagem, donde as sementes iguais às de
tamarindo, porém bem maiores, estão envoltas em polpa que parece algodão-doce.
Mas o ingá-cipó é mais doce.
Dizem que é o
melhor clima do mundo, tropical de montanha. Mas em compensação a pele se
queima muito mais, talvez pelo ar rarefeito. Também o coração sofre mais. Subi
uma ladeira andando rápido, como faço aqui, e o coração disparou. Então me
lembrei da altitude e parei. Normalizou tão de repente quanto acelerou. O
coração acelerou sem me deixar ofegante. Não foi falta de ar mas de oxigênio no
sangue. E tem malucos que vão jogar futebol ali!
Por isso acho
estranho tomar o chá de coca pra combater o efeito da altitude, pois se é
estimulante fará o coração acelerar, em vez do contrário. Deve ser um remédio
bem equivocado.
É também
diferente da ação do dióxido de carbono. Uma vez cheirei muito umas garrafas
que deixei fermentando quefir e durante um instante a respiração paralisou. É
diferente e ainda mais angustiante de obstruir a respiração tapando a boca e o
nariz.
Quando ouvia falar sobre efeito da altitude imaginava
tontura, enjôo, tipo enjôo marinho. Nada.
Bogotá é a
segunda cidade mais alta, só perdendo comparado a La Paz. Andando normal nada
se sente, mas não dá pra andar depressa, mesmo descendo ladeira. De modo que se
mudar até lá por causa do clima bom é trocar 6 por meia-dúzia.
Chá de coca
não achei, mas também não procurei com afinco. Diz que há em poucos lugares,
porque a burguesia tem muito preconceito. Diz que é mais comum no interior.
Gabriel
Martínez, o motorista associado ao hotel, me levou ao atacado (Lá se diz mayorista) Alkosto (carreira 30 10-77) pra comprar café. Lá tem de todas as
qualidades, de modo que se pode comprar o ruim barato (não tão ruim quanto os
daqui) ou os excelentes, enquanto aqui os excelentes não existem, nem em
supermercado de luxo. No museu do ouro e no aeroporto o café gurmê é o dobro do
preço.
Me lembrei do
trecho do samba do Salgueiro 1992, do café gostoso como um beijo de amor:
Cadê o bom café?
Foi viajar
Onde andará?
Sei lá!
Agora sei!
Também passamos
num local onde tem barraca de artesanato, onde é mais barato que nos outros
lugares. Dali me deixou no centro, perto do museu do Ouro e da avenida
pedestre, pra bater perna, ficando de deixar a compra no hotel.
Bogotá é meio
Curitiba. Não é carnavalesca. Não tem país que é carnaval no país todo como
aqui, se bem que aqui também tem muita cidade sonolenta, de gente chocha, como
Campo Grande. Afinal, não gostar de carnaval não é bom sinal. O carnaval bom lá
é em Barranquilha. Bogotá é mais de recital de poesia na rua, teatro... Essas
manifestações culturais chochas e insossas, burguesas, tipicamente curitibanas.
Tem muitas calçadas com ciclovia, mas são calçadas amplas e muito bem-feitas.
Mas Curitiba dá de 10×0 no quesito informação e estrutura turística. Se bem que
Bogotá é ótima com postos policiais sempre a mão, pra perguntar a rua.
Também tem o
lado paulistano, com rodízio de placa de carro, de modo que Gabriel tem de
alternar o carro por causa disso.
São poucas as
lojas que aceitam cartão. Por isso se tem de ter sempre alguma quantia no bolso.
Mas caixa eletrônico tem em toda parte. São cabinas individuais, com porta com
tranca, igual porta de banheiro público, só que toda fechada, sem vão. De modo
que se tem toda privacidade. Alguns até tem o teclado no fundo dum buraco, de
modo que se tem dificuldade pra ver as teclas. Não é como aqui, bem à vista de
quem está na fila.
O estranho é
que lá não existe banco que dê acesso ao paypal!
Foi o que disse a dona do hotel. Eu falava sobre o quão arcaico é loja fechar
pra almoço e o horário incômodo de atendimento bancário no Brasil. Eu disse que
nos países hispânicos, Colômbia, e ainda pior, Chile, as lojas abrem muito
tarde. Umas 9h, outras 10h. Isso mata a manhã, de modo que a manhã fica
desperdiçada pra mim, pois logo já é hora de almoço e vem a tarde. Quando
visito os sebos de São Paulo ou Curitiba, por exemplo, saio cedo, de modo a
chegar quando abrem, 7h ou 8h. Comentei isso com minhas anfitriãs, em Santiago,
quando fomos ao porto de Santo Antônio, saindo quase no fim da manhã. Achei um
desperdício de tempo. Disse que no Brasil fazemos isso bem cedinho, pra que a
manhã renda bem. Dona Stella disse que em qualquer lugar que um chinês tenha
loja abre cedo e fecha tarde.
— Pois é. Se
aqui abrissem cedo eu visitaria muitas livrarias a mais. Na viajem anterior
deixei de visitar a San Librario
porque me cansei de esperar abrir. O caso é que nas manhãs o programa é dormir
até mais tarde ou ir bater perna a esmo.
Numa livraria,
conversando com o atendente, falou sobre a copa. O provérbio fazer fama e
deitar na cama... Contou uma anedota sobre Maradona no cerro, que olhou a baixo
e exclamou o quão absurdo era aquilo existir sem sua presença. Disse que Neymar
também tem o ego inflado demais. Logo disse não gostar dos chilenos, que são
muito arrogantes e andam de nariz empinado.
— Aé? Como os
argentinos?
— Não. Muito
pior!
Achei notável,
a segunda vez, e seguida, ouvir conceito tão negativo sobre os chilenos. Sempre
ouvi sobre a rivalidade Brasil × Argentina, mas dos chilenos nunca. Ainda mais
que Colômbia e Chile não fazem fronteira. Rivalidade é comum entre
fronteiriços. Não tive impressão ruim nas vezes que estive no Chile. Passei
ótimos momentos com os amigos lá e não foram amigos de ocasião, são amigos até
hoje. As pessoas de lá me pareceram o mesmo que as daqui no jeito, na expressão.
Então?
Talvez seja
uma elite, um segmento, que costuma ir a Bogotá, que sendo capital deve receber
mais diplomatas, e sendo longe, deve receber chilenos mais abastados, supostamente
mais arrogantes. Ou seja: Nasceu um estereótipo.
Talvez o fato
de pensarem que venceram sozinhos a guerra do Pacífico fez um pouco de estrago,
inflando demais o ego, como o Uruguai com o maracanaço. De modo que o excesso
de rigor alfandegário reflete isso. Ora, nas duas idas a Bogotá levei o mesmo
que nas duas idas a Santiago. Em Bogotá nunca revistaram minha bagagem, mas
duas idas a Santiago sim. Pra verificar doce em compota!
A história não
conta que a vitória no Pacífico foi com ajuda brasileira. Assim como nossa
história não conta que os confederados da guerra de secessão americana,
refugiados aqui, trouxeram a tecnologia de reconhecimento aéreo em balão. A
cidade de Americana foi o assentamento desses refugiados e Rita Lee uma
descendente.
Se fosse mesmo
pra evitar entrada de praga agrícola, como alegam, teria de ter o mesmo rigor
nas viagens rodoviárias e pacotes postais. Mas coisas barradas na mala no
aeroporto passam tranqüilamente nas viagens em ônibus e nos pacotes enviados no
correio.
Então, no
mínimo, é um ego inflado, de querer bancar o estados-unidos, num arremedo de
ditadura de opereta, uma alfândega de polichinelo.
Nunca nos
referimos a nossos irmãos hispânicos como republiqueta das bananas, pois nossa
cultura não tem postura de arrogância e deboche, mas reconheçamos que o PIB do Chile
é equivalente ao da cidade de Campinas, e toda a população cabe em São Paulo.
Minha antiga
correspondente chilena contou o que disse uma amiga que esteve no Rio de
Janeiro, que o brasileiro é como o Cristo Redentor, sempre de braços abertos.
— Sempre
abertos? Acolhedor?
— Sim. Sempre
abertos, mas nunca fecha. Nunca te abraça.
Ou seja, bem
assim: Aquele que diz Passes lá
em casa, mas não diz quando, não dá endereço nem telefone. Quem não
conhece alguém assim? Essa imagem é uma dolorosa verdade.
Mas verdade
seja dita: Nessas duas viagens as funcionárias aduaneiras chilenas e as do guichê
de polícia internacional nunca foram arrogantes. Ao contrário, muito simpáticas.
O que tem de incorreto é produto de autoridades do alto escalão. Tudo ao
contrário das histórias ou estórias horrorosas que ouvimos e lemos sobre o tratamento
a brasileiros na Espanha.
Então cadê a
arrogância que os bogotanos citam? Com a palavra os bogotanos.
Nessa vez
fiquei decidido a ir ao sebo San Librario.
10h chegou o dono, dom Camilo. Uma pequena sala entulhada de livro. Tem muito
livro cubano. Um parente que costuma ir a Cuba. Disse que já não se acha mais
boas obras barato como antes. Excetuando coisas nada interessantes, como
discurso de Fidel, os livros baratos estão escasseando.
Seu Camilo é
fã de Noel Rosa. Disse que já se embebedou na tumba dum célebre mexicano que
não me lembro quem, que é fã, outra bebedeira numa tumba não me lembro onde. E
que no Brasil quer se embriagar na tumba de Noel Rosa. Tem gosto pra tudo.
No domingo fui a um programa triplo. Na rua 11
4-14 fica a biblioteca Luis Ángel Arango.
Na 11 4-41 o museu Botero. E 1 quadra
dali a Casa de la Moneda (casa-da-moeda, museu).
A da moeda é
um museu com as antigas máquinas de cunhagem. Tem máquina que tinha de ser
operada por cinco pessoas. Serviço pesado mesmo. Num dos andares tem um museu
de arte moderna. E lá estou, novamente, com o velho sentimento de indignação ao
ver tanta porcaria endeusada. Prédio luxuoso, em cada pavilhão um segurança de
olho. Não deve ficar barato manter e expor tanto lixo. É patético todo mundo
parar e contemplar uma lambuseira, com olhar vago e reverente, em devoção quase
religiosa, como se diante dalgo transcendental e incompreensível, tendo em
mente o velho e falso clichê de interpretar ou imaginar a mensagem que o artista quis transmitir com aquilo. Santa
baboseira! Já chega às raias do retardo mental! Tinha até um quadro todo mofado. Um monte de recorte
e rabisco amontoado e colado em arremedo de obra artística. Qualquer criancinha
faria melhor. Não tem joãosinho 30 que carnavalize esse lixo. A mesma sensação
de impotência e vontade de sair gritando Chega
de palhaçada! de quando era criança e odiava assistir missa. Enquanto
isso tantas obras de valor estão abandonadas. Mas são as contradições da
humanidade. O estereótipo do conceito de que tudo é relativo, bem típico de
nossa civilização esquizofrênica cujo traço característico é o excesso de
liberalismo e os falsos valores.
Fico pensando:
Se não se consegue distinguir o
certo do errado, a arte do lixo, o moral do imoral, em coisas tão óbvias, o que
esperar de coisas mais complexas? Ai! É melhor nem pensar mais nisso!
É a mesma
questão que me fazia pensar, vendo os desfiles de escola de samba nos anos
1980, quando um jurado ou comentarista televisivo fazia um comentário
demonstrando o mais pueril puritanismo: Se
a pessoa é assim tosca em questão tão óbvia, se pode esperar que tenha
capacidade pra dar nota aos quesitos de cada escola no desfile?
É engraçado
que no museu das obras de Fernando Botero os seguranças não são simpáticos como
no da moeda. Bem fechados. Botero foi um desenhista conhecido por todas as personagens
serem obesas. Todas as pessoas de suas gravuras são muito gordas. É seu traço
característico. É um clássico, como se fosse um péricles, o do amigo-da-onça,
colombiano. Tudo bem. Podemos até achar que tem outros mais merecedores, mas ao
menos aquilo não é lixo. É digno de estar ali.
Mas bacana
mesmo é a biblioteca. Salas imensas com pequenas estantes esparsas ao lado de
amplas mesas. Os livros, de todos os tipos, todos encadernados com capa dura. O
mais legal é que não se precisa entrar em contato com funcionário. Peguei o livro,
fui ler à mesa e devolvi aonde estava. Tudo sem ter de preencher ficha,
apresentar documento ou falar com funcionário.
Em todos os
lugares aonde fui. Seja passeando na rua ou em viagem, e nesta vez foram duas
noites inteiras e metade do dia, um na ida e outro na volta. Nunca vi cego
andando naquela famigerada trilha de calçada. Que grande picaretagem. Alguém ficou
rico vendendo isso. Aquilo é um verdadeiro mata-burro pro carrinho de bagagem e
incômodo pros pés, além de muito feio. Pois é. Civilização não é só melhora,
tem burrice (ou muita esperteza) também.
Na vinda outra
caixa enorme cheia de livro. Na vez passada informaram que tinha de ser cada
caixa com máximo 50kg, mas no balcão a moça queria tudo numa caixa só. Agora
levei caixa única, mas como era a Lan Peru (Mas lã não é de carneiro? Dã!) a
moça fez tirar uns quantos livros, pra não passar de 50kg, que fui passando à
bagagem-de-mão. Isso deixou espaço livre na caixa e a desestabilizou. Além do mais
a bagagem-de-mão ficou tão pesada, que foi uma via-crúcis atravessar os
corredores.
Eta povo
complicado!
O que fez me lembrar
da vez que fui a uma franquia do correio pra postar um cedê num envelope. A moça
disse que tinha de ser numa caixa. Arranjamos uma caixa, rerrotulei e foi. No dia
seguinte tive de enviar outro igual, na mesma loja, que levei, claro, numa caixa.
Era outra funcionária atendendo, que disse que tinha de ser em envelope...
Na longa conexão
em Guarulhos não achei a caixa. Ou melhor, não a reconheci. Na verdade estava
ali mas, por causa do espaço livre com a retirada dalguns livros, a caixa se deformou,
ficou redonda e foi envolta em plástico de bolha.
A vantagem foi
que não tive de passear dia e noite inteiros com aquele trambolho, e ainda o
recebi em casa.
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