● Cansado de
ser campeão moral, o Brasil decidiu ser campeão imoral.
● O torcedor
tem esperança de que o treinador esteja escondendo o jogo. Mas já teve copa
onde se acreditou nisso, e a seleção canarinho escondeu o jogo até depois da
final.
● Fico pensando:
Como pode ter treinador obeso? Se querem tanto nos passar, goela abaixo, que esporte (na verdade desporto) é saúde...
● Que esses
eventos culturalmente pobres, machistas, manipulados, onerosos e faraônicos se
extingam, pois são tão demodê, antiquados, quanto desfile de misse. Já passou a
era do circo romano de fera e gladiador, da tourada, do safári. Já deveria ter
passado a era da copa e da olimpíada, ressuscitada por um barão bem século 19. Já
passou a época da pátria de chuteira, do povo eternamente mimado pela babá eletrônica.
Já passou, como a idéia de que o brasileiro é alegre, solidário e hospitaleiro,
que a brasileira é avançada com seu biquíni pequenino e outros tantos
estereótipos. O Brasil já ficou na beira da bancarrota ao construir Brasília,
aquela feiúra brega, toda simétrica, produto duma fantasia delirante, duma
profecia maluca, construída num local de periódica seca severa, verdadeiro
elefante branco em forma de cidade. Esperto foi general Figueiredo, avisando
logo que não tinha condição de fazer copa.
● O toplezaço
mixou, gorou, como seria de se esperar num país povoado de mastófobos nada
cosmopolitas, de gente que não lê, e quando lê, lê porcaria. O que esperar se
as próprias organizadoras declararam que a passeata carnavalesca seria
cuidadosa porque haveria criança ali? O que dizer sobre a imprensa (imensamente
preconceituosa, que no tema só se empenha em promover perversões sexuais), que
na transmissão de desfile qualifica de ousado um carro topleseiro? Ousado?!
Realmente, é a coisa mais difícil, mais difícil que partir o átomo, romper
preconceito.
● Com tanto
festival maravilhoso. Tem carnaval, boi-bumbá, ciranda, quadrilha e muito mais.
Fazer aquela abertura ridícula, com cantores baianos fabricados. O que a Bahia
tem? Bahia sempre foi cantada e decantada, nas canções e citações com um estado
sagrado, quase mítico. Mas faça fama e deite na cama. A Bahia real é o túmulo
da cultura. Existe a Bahia popular, fora da mídia. Na mídia temos esse axé
fabricado, que esculhambou o carnaval e a música popular. Se deformou tanto que
está mais pra Madonna que pra Clara Nunes. Uma lástima.
● Deveriam
fazer é um carnaval mundial ou um festival mundial de folclore, em vez dessa
feiúra sem-graça e sem beleza de puro desempenho físico, herdada dum povo
bárbaro e pseudocivilizado que era o da antiga Grécia.
● Aqui no bairro
tem uma padaria que é pra lá de ruim e vive fazendo propaganda em
moto-auto-falante. Ontem torrou a paciência o dia inteiro no mesmo quarteirão.
Quando estive lá, dias atrás, chamei a atendente pra ver o balcão de guloseima
cheio de mosca! Só quem não conhece o ser humano creria que jogaram fora as
guloseimas.
● Será que o
pessoal do Gugol não pode tratar melhor nossa pobre língua esculhambada? Como,
raios!, chamar esse linguajar jornalistesco hiperpreposicionado?
Na Holanda, as
buscas por Arjen Robben são
3x maiores do que a soma de todos os jogadores da Espanha e da Holanda.
No Brasil, as
buscas pelo camisa 10 da
seleção, Neymar, têm sido 5x maiores do que as buscas pela lenda brasileira
do futebol, Pelé.
Busca a
Arjen Robben
Busca à
camisa 10
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