À coleção Adeene neles!
Roland Font, que por
ironia é o blogueiro da página realismo fantástico, não sabe que é irmão gêmeo
de general Cavallo, tirado de O livro do
mistério, de Jacques Bergier e Georges H Gallet
Crônicas de Santiago
Da autobiografia não-autorizada de Che Guavira
Só liberada por causa da lei de liberdade de
informação
Segunda viagem
2
O apartamento
de dona Adriana é um dos do condomínio da rua Curicó cujas sacadas sobressaem
na calçada, que por sorte é larga. É que a rua foi alargada, então os
apartamentos com vista a essa rua ficaram cara a cara com a calçada duma rua
não tão movimentada mas central, resultando nessas sacadas gradeadas como
enormes caixas salientes que dão ar bem pitoresco. Fiquei imaginando, como se
urbanista, uma forma de aproveitar as sacadas. Não dá pra pôr planta porque
depredam. Se tirar diminui a segurança. Penso que a solução seria emendar todos
na vertical, num só gradeado, ou pôr tela grossa, com concertina (Concertina
deveria ter a ver com concerto. Bom...), pra impedir escalada (como pus em meu
muro), como na sacada do fundo, que dá à área interna do condomínio.
Poderia pôr
propaganda, pra dar um extra ao morador, se bem que enfeia muito.
A desvantagem
é mais pro térreo, mas nem se compara à enorme vantagem de não mais ter de
subir escada.
Toda noite eu
dormia cuma gata de olhos verdes. Toda não, porque a gata ia e vinha.
Amanhecendo abria a porta corrediça da sacada do fundo, pràs gatas verem o
movimento do pátio. Senão, tinha uma que ficava estressada e fazia caca embaixo
da cama como represália.
No aeroporto
de Guarulhos tinha um estande no meio do pátio, donde o pessoal abordava os
transeuntes, perguntando se mora no Brasil. Nesse caso é uma promoção na qual
basta mostrar que o cartão de crédito está no prazo de validade e ganhará uma
maleta. Muito blablablá, muita firula, mandam escolher duas revistas pra
receber gratuitamente e então avisam será cobrado apenas o frete. Então não é
presente, é venda disfarçada. Se não pode espã no computador, por que pode assim
ao vivo e de corpo presente? A administração portuária não deveria permitir
esse tipo de picaretagem.
Achei que
comprando a passagem no balcão da Tã encontraria enorme flexibilidade, poderia
montar a meu gosto o trajeto. Mas é bem ao contrário. A atendente não soube
explicar por que na internete a passagem é muito mais barata que ali.
Outra coisa
estranha é que até Guarulhos levei líquido na bagagem de mão. Só na escala ao
exterior é que soube que em viagem internacional não pode líquido em bagagem de
mão. Na ida também quase tive de soltar lastro. Hehehe.
Um
regionalismo do linguajar chileno é dizer ya
(já) em vez de sí (sim). Nunca vi isso
no Paraguai.
Numa barraca
de sebo de São Diego chegou uma garota pedindo o livro Mi planta de naranja-lima (Meu
pé de laranja-lima), de José Mauro de Vasconcelos. Eu disse ao livreiro que
é um livro brasileiro e respondeu que é um dos adotados pelas escolas.
Se não
acreditas, tem até pra baixar:
Não sei por
que esses pedagogos gostam tanto de adotar na escola esses romances
melodramáticos ultra-tristonhos, que a criança nem entende o enredo.
Outra
curiosidade. Em 2011 enviei a canção Vila Esperança, de Adonirã Barbosa, com
letra em português e traduzida a amigos chilenos. Encantou tanto que o retrato
do compositor passou a fazer parte da decoração da página Un poco de todo, como la vida misma. Podeis conferir:
Me lembro
dessa novela, que vi quando criança. Nunca esqueci a cena do carro da
personagem, interpretada pelo inesquecível Cláudio Correa e Castro (Naquela
época tinha atores de verdade. Não tinha canastrão cotado pra receber prêmio de
melhor ator), morrer porque o carro pifou encima do trilho e não conseguiu dar
partida quando o trem ia passando.
Santo Antônio
é o maior porto. Homômimo de Campo Grande, pois aqui nasceu como Santo Antônio
de Campo Grande. Felizmente caiu a primeira parte. Eta costume besta dar a tudo
esses horrorosos nomes de santo.
O passeio em
barco foi muito divertido porque o guia de tudo fazia piada. Claro que não
podia faltar piada de peruano, boliviano e argentino. No mais, barraca de
lembrancinha e restaurante de fruto-do-mar.
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