terça-feira, 26 de novembro de 2013

Uma coleção de parece-mas-não-é
Atualização mais recente, 11.2013
Abrazar - abraçar ● abrasar - abrasar
Abrillantar - brilhar
Aceite - azeite
Acordar - lembrar
Acostar - deitar
Acusado - veemente, pleno, substancial. Acusado
Adiós - até logo
Adosar - encostar ● endulzar - adoçar
...

sábado, 23 de novembro de 2013

Devedê militar, uso exclusivo pra general
● Na revista Super interessante de outubro de 2013 o anúncio dum aparelho faz um microfuro na rolha da garrafa de vinho e o fecha instantaneamente, evitando entrar ar. O que conservaria o vinho como se não aberto. R$ 720. Contrariando as leis da física? É impossível retirar matéria duma garrafa sem entrar ar. Retirar no vácuo duma garrafa pete a faz se encolher, acompanhando o vácuo. Uma de vidro se quebraria. Um anúncio desse numa revista que se apresenta tão científica!
● Não é só Seleções. Espantosa a decadência da revista Mad. Desenhos e roteiros ruins. Dos velho tempo só restou Spy x Spy.
● Também a Planeta está bem descaracterizada. Da excelente revista sobre realismo fantástico que era, virou uma espécie de Super interessante. Não que a super seja ruim, mas é uma guinada de 180º, do realismo fantástico ao cientificismo oficial.
● Costumo passar nas bancas pra ver os lançamentos. Nada mau os Recruta Zero, Popeye, Luluzinha... Comprei Natal de Ouro disney 4. Desenhos toscos, histórias bobas.
● Acabei de ler O grande livro de histórias de fantasma (The virago book of ghost stories), organizado por Richard Dalby, editora Objetiva, 2010. Não justifica o título grandiloqüente. (Bem melhor o pequeno volume Fantasmas vitorianos (Victorian ghost stories), outro volume só de autoras.) Não chega a ser ruim. Com raríssimas exceções, como Charlotte Brontë e Edith Wharton, as autoras decepcionam. Muito longe, mas muito longe mesmo, das obras-primas do gênero. É que se vê muitas histórias forçadas, não de autêntica inspiração. Antologia bem medíocre.
Apesar de anunciar estar na nova ortografia (pra quê?) escreve n vezes café da manhã, cadeira de rodas, etc. Cadê o hífen?, minha gente. E os demais vícios de linguagem que já cansei de apontar.
● O mesmo posso dizer dos grossos volumes também afetadamente grandiloqüentes Os cem melhores contos de..., organizados de Flávio Moreira da Costa. Decepcionante ver tanta crônica posta ali como se fosse conto. Como pode um antologista não saber diferenciar conto de crônica? É muito aborrecido pra quem gosta de conto levar gato por lebre.
● Li Névoa - contos sobrenaturais de suspense e terror, editora Andross, São Paulo, 2013, organizado por Cristiana Gimenes. Uma linda capa mas uma péssima antologia. Crônicas passando por conto e muitos autores ruins e textos péssimos. Não se deveria lançar antologia tão ruim. É um desserviço, pois quem se inicia na leitura em vez de se encantar tomará ojeriza.
Tem gente que tem pretensão mas não tem talento, vivência literária, maturidade, conhecimento e idéia pra escrever, que quer escrever porque quer escrever.
Muitos escrevem o que vêm à cabeça, como se estivesse rabiscando. Literatura não é isso. Um conto parte duma idéia, tem um planejamento, se usa engenho e arte. Fazer uma feijoada não é só jogar feijão e toucinho na água e ferver.
O verdadeiro talento brota, se derrama, não se força. Quem força, por favor, desista, porque a internete está lotada de textos péssimos, verdadeira poluição literária. Editoras, por favor: Não publicai obra ruim.
Uns terrores forçados, pueris, e contos sem desfecho, sem enredo. É péssimo escrever terror pelo terror. Não me lembro quem escreveu que Poe nunca escreveu o terror pelo terror porque era inteligente demais pra isso.
Os que salvaram o livro:
Moinho, de Clóvis de Moraes Fajardo. Um belo conto
O vampiro da rua São Francisco, de Eliane Verica. Um conto curto, que poderia ser um episódio de Além da imaginação.
Minha mente inquieta, de Mara S.
A sombra na névoa, de William Wagner Westphal
O último apóstolo, de Gabriel Réquiem
Maldito retorno, de André Cardoso
Parasita, de Paulo R. Ongaro
O legista, de K Melquíades
Há um fator que diferencia o autor imortal, o grande autor, do comum ou medíocre. O verdadeiro talento, que produz texto saboroso, escreve porque a inspiração vem em onda, pra expressar e registrar essa inspiração que transborda e sente ser um desperdício a deixar perder. As idéias o ficam apoquentando como pintos tentando sair do ovo. Pro autor de talento escrever é como um alívio, como fotografar um evento efêmero, como a vaca em amojo, que se alivia ao aleitar. Inspiração é um estado de consciência, de humor, de sintonia cerebral, de conexão neuronal. O autor que se senta a escrever porque é escritor e tem de escrever algo é um autor de segunda ou terceira.
Cada obra dum autor ruim é um leitor a menos no mundo.

domingo, 17 de novembro de 2013

O vampiro de Jerusalém
4
A arca da aliança
Na tarde me deitei com a cabeça tomada pelo tema. Não sei se com efeito dalgum remédio a mente vagou em sonhos lúcidos onde via os deuses gigantes que caíram na Terra, os nefelins, partindo e o psicopata sodomita Enlil recolhido a algum subterrâneo pra curtir sua vida catalética, pois a gravidade terrena é muito pesada pros gigantes.
Os deuses dividiam a terra em feudos e disputavam a posse de humanos, seus serviçais. Quando a estrela-anã e seu planeta se afastavam, os humanos voltavam a ficar sós, sem saber que havia deuses dormentes na entranha da Terra.
Durante as várias idas e vindas da órbita alongada do sistema planetário divino os deuses viveram muitas peripécias com os humanos.
Depois da guerra contra os titãs Enlil ficou preso no Egito, civilização criada pelos inimigos dos deuses, os nomos, anfíbios de Sírius, que instruíam a humanidade. São os titãs da mitologia grega. Ali criou uma milícia, forjando uma etnia pra ser instrumento de infiltração na humanidade, aliciando o egípcio Moisés. Um cataclismo, a aproximação de Marte e chegada de Vênus, como relatado por Velikovsky em Mundos em colisão, arrasou o Egito. Foi a oportunidade de fugir do faraó, roubando ciência e tecnologia. Assim o povo eleito do vampiro se embrenhou no deserto em direção à terra prometida, onde há um subterrâneo desocupado onde Enlil ficaria seguro. Em 1948 não foi aceita a proposta de se criar Israel na África porque é em Jerusalém, em subterrâneo muito profundo, que está a tumba de seu deus-vampiro.
O objeto mais precioso era a arca, que nada mais era que o ataúde do vampiro Enlil, a ser levada a um subterrâneo seguro. Isso explica a instrução de construção do tabernáculo: Tudo com encaixe, sem prego nem martelada. Porque o barulho de martelada infernizaria a vida do vampiro e porque as pontas de ferro interferem no desdobramento.
Por isso a arca era tão protegida, até com eletricidade, e ninguém podia chegar perto.
Em toda a peripécia no deserto Enlil se desdobrou em momentos-chave, pois o desdobramento é muito desgastante. Por isso aparição a um representante, um líder, de modo sempre intimidatório. Toda a força do vampiro se centra na intimidação, em parecer apavorante, misterioso e invulnerável.
Ali Enlil se aquartelou pra monitorar e manipular a humanidade, de modo a não a ser descoberto e destruído.
Era essencial manter a humanidade na ignorância e superstição e desviar sua atenção a longe, ao espaço sideral, pra não sondar a profundeza da Terra.
Então criou o cristianismo.

sábado, 16 de novembro de 2013

Suplemento de Nosso amiguinho
Chegamos ao volume 4 de 8 dessa jóia
Estranho esse título. Se as aves não são animais, então são vegetais ou minerais?
Também curiosa a expressão completamente ferido

sábado, 9 de novembro de 2013

À coleção de placas ridículas e curiosas
Mecânica versátil
(Na outra lateral da oficina o mesmo, porém grafado suspensão)
 ● No final de 2012 tive uma persistente sinusite na narina esquerda. Foi o caso que contei do consultório onde o médico mandou não ficar no ar condicionado frio mas a sala de espera tinha o ar gelado. Pois exatamente um ano depois, neste final de 2013 a sinusite voltou, mas na narina direita. Voltei ao médico que foi tão eficiente na esquerda. Essa consulta não teria de ser retorno?
● Neste sábado, 9 de novembro, um espetáculo da virada na praça do papa. Virada? Só se for virada de mês. Cantando Feliz ano novo, muito dinheiro no bolso... Se tem carnaval (que não é carnaval mas aquela coisa abaianada) fora de época por que não reveião fora de época? Se lojas são inauguradas bem depois de começar a funcionar... Se a moda pega logo teremos paixão fora de época, natal em abril, quadrilha junina em dezembro... Bom... Pra quem gosta tanto de celebrar o fim do mundo o ano inteiro...
O Uruguai disse que as ilhas Malvinas são suas. Seguindo o argumento as Malvinas são do Brasil, porque o Uruguai era a província Cisplatina. Então Espanha e Portugal reivindicarão a posse. Depois a Itália, porque a península ibérica era do império romano...
● Ontem denunciei à prefeitura a placa dum carro cujo motorista jogou lixo numa avenida nova cujas laterais são enormes terrenos baldios (onde era um aeroporto teco-teco). A atendente disse que assim não pode identificar o nome do infrator, que pode não ser o dono. Mas o dono não é responsável ao emprestar o carro?
● Os semáforos pra pedestre, do centro da cidade (centrão mesmo), nunca terão manutenção? Há anos estão queimados. Não é desperdício de dinheiro público instalar e abandonar?
● E aquele famoso relógio histórico no cruzamento da José Antônio com Afonso Pena atrapalhando o tráfego, bem no meio da rua. Nem era ali o lugar original do relógio. Não é bonito nem atração turística. Coisa mais besta. Bem típico da engenharia atrapalhada do município. Assim como o povo pensa que a Cabeça-de-boi era ali mesmo, e que o papa rezou ali onde é a praça do Papa.
Se não somos animais irracionais devemos ter consciência do certo e errado. Ceder ao instinto deveria ser privilégio dos irracionais. É espantoso a predileção humana a perversão. Como se pode conceber tanta expansão de práticas imundas e monstruosas? Logo os zoófilos e necrófilos conseguirão o direito de ser considerados normais, se casar e qualquer um que seja contra será taxado de intolerante, zoofóbico e necrofóbico e farão passeata de orgulho. Duvidas? Eu não! Basta que saiam em passeata e a imprensa passe umas décadas fazendo campanha discreta e constante, disfarçada em reportagem. Pois foi assim que, fazendo lavagem cerebral nas massas, conseguiu o inconcebível de fazer com que mesmo pessoas instruídas e cultas aceitarem e defenderem como normal essa prática imunda e monstruosa da sodomia, instigada por sociedades satânicas que tentam dominar o mundo e esculhambar a humanidade.
Há algo profundamente errado na humanidade, certamente o gene dos nefelins, raiz dos contos da mitologia grega de deuses depravados: Um puritanismo exacerbado quanto a tudo o que é normal e liberdade a toda perversão.
Quando criança via muita propaganda sobre a história de Gisela. O que se publicava então era a séria de aventura da filha de Gisela, Brígida (Brigitte) Monfort, naqueles bolsilivros com aventura de espionagem. A capa era sempre Brígida nua ou seminua, como chamariz. Exatamente como os de faroeste, românticos, etc. Sempre escritos por brasileiro com pseudônimo pra parecer estrangeiro. Verdadeiro lixo.
Com doze anos li um escondido, justamente o que diz que as norueguesas são muito lindas mas as suecas aguadas de tão brancas, que inseri na aventura do barão de Machinsque com o grupo Abba. Me admirei de adultos gostarem de ler aquela coisa tão insossa, simplória, idiota.
Sobre o autor das duas matérias acima, Ezio Flavio Bazzo, posso dizer que não é um comerciante, mercantilista, mercenário, mas um autêntico contestador, pois nos anos 1980 comprei sua revista Víbora via correio e as enviou antes mesmo de eu efetuar o pagamento.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Setor fatorial
Pra testar se um número n é primo a primeira idéia é o dividir sucessivamente por 2 até por n-1. Mas isso é um desperdício, pois se nota que depois da metade não há mais divisor.
Então a idéia seria o dividir por 2 até o inteiro da metade. Mas também é um desperdício.
O número 24, tendo muitos divisores, é um bom exemplo da distribuição dos fatores. Excetuando o 1 e o 24, se vê que os fatores estão entre 2 e o inteiro da metade. Mas se deve usar só um lado desse setor, pois é o produto correspondente, um espelho.
Temos dois setores espelhados. Uma entre 2 e o inteiro da raiz quadrada e a outra entre o inteiro da raiz quadrada e o inteiro da metade.
Ou seja: Se o número tiver divisor, esse divisor estará nesses dois setores.
As duas regiões não têm o mesmo tamanho, sendo imensa a diferença quando for um número muito grande. Portando se deve usar o primeiro setor, variando de 2 até int√n.
Não precisa dividir por todos os números, apenas pelos primos.
Assim, por exemplo, pra saber se o número 289 é primo usar o setor fatorial variando de 2 até 17, só considerando os primos. Ou seja, o dividir sucessivamente por 2, 3, 5, 7, 11, 13 e 17. Um resultado inteiro e se aborta o processo, pois não é primo. Se nenhuma divisão der resultado inteiro o número é primo.
O número 2991 tem o setor menor entre 2 e 173. Pra verificar se é primo se deve dividir sucessivamente apenas pelos primos nesse intervalo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Palestra proferida em Estugarda, Alemanha, em 18 de abril de 1974
Título original: Das rätsel der kometen
Os cometas parecem espermatozóides celestes atrás dos óvulos (planetas)

domingo, 3 de novembro de 2013

Vinícius quase de Moraes
Me lembro das velhas reportagens e documentários que via na TVE e TV Cultura, sobre a era dourada da intelectualidade carioca, onde, geralmente em volta duma mesa de bar, livres-pensadores discutiam temas dos mais interessantes, as idéias mais saborosas, os temas mais exóticos e ou tabus.
Eram poetas, carnavalescos, cineastas, escritores, dramaturgos... Vinícius de Moraes e seu infinito enquanto dure, Macunaíma e a filosofia da preguiça, a malandragem como identidade. Ali surgiram conceitos de brasilidade, estereotipados ou não.
Pois em Campo Grande temos uma banca assim.
Conheço Judar desde seu tempo de funcionário do Sebo Maciel, onde me emprestava livro pra escanear. Quinas e castelos, de Gustavo Barroso, já postado aqui, é um. Eu sempre ficava mais batendo papo que garimpando livro. Quando fiz a Marcha da japonesinha Judar tocou no som da loja algumas vezes e me disse sobre a ironia do destino de Eduardo Dusek ganhar o concurso de marcha da Globo com uma canção tão ruim, só porque é famoso, disse, enquanto essa obra-prima, Marcha da japonesinha, fica na sombra.
Pois Judar adquiriu uma banca própria no centro, a banca Vinícius, onde vez e outra vou pra conversar mais que pra comprar. E ali se desmancha a velha e falsa idéia de que no mundo só tem gente burra.
Eu disse pra Judar abrir tipo um café literário, pois tem clientela pra isso. Um ponto de encontro da intelectualidade campo-grandense. Ali aparecem os tipos mais interessantes, como naquelas coletâneas sobre personagens típicas, tipos exóticos que existem numa cidade ou bairro. Tem o cinéfilo que dá aula de cinema, uma senhora que viajou mundo trabalhando em embaixada e conta causos interessantes. Só essa daria um livro. Tem o idoso amargo, que junto cum amigo são avessos à internete e quase não falam ao celular porque está tudo espionado, jovens interessados em se iniciar nos mistérios sem cair na contra-informação.
Num ano já soube de várias garotas que gostam muito de ler, o que desmente um pouco a idéia generalizada de que o adolescente está alienado.
Ali discutimos ufo, mistérios, deuses astronautas, Terra oca, sociedades secretas, mentiras históricas... Ali vemos lançamento de livro, se encomenda livro difícil de achar, se recomenda, discute, avalia.
Há poucos meses Judar fez uma exposição de promoção de livro na calçada e em seguida apareceram fiscais da prefeitura, truculentos, ordenando retirar tudo, quando deveriam incentivar e premiar. Só não o fizeram porque os clientes presentes na ocasião não deixaram o abuso se consumar.
O que explicita a mentalidade , provinciana de nossas autoridades e do povo em geral. É por isso que aqui não existe livro na calçada, como tem em Curitiba, Rio, Santiago e tantos outros lugares. É tudo regulamentado demais, praticamente um regime comunista, pois é impossível o cidadão enfrentar o poder público na justiça.
Campo Grande deve ser a cidade mais anti-cultural do Brasil.


Já em andamento a tradução do livro O rei de amarelo (um clássico nunca traduzido ao português), o projeto seguinte ao da coletânea Lovecraft.
Os interessados na aquisição do livro e da segunda edição de Lovecraft, podem solicitar a Denilson.
No momento são mais de 384 pessoas interessadas no futuro livro, isso praticamente sem divulgação.
Estamos numa nova fase do livro, pois já definimos uma equipe de trabalho e nossa fanpage já consta com 379 curtir além de uma mini biografia do escritor Robert W. Chambers e outras coisas que coloquei hoje como informações sobre o absinto e o livro:
 Outra coisa que fizemos e foi uma melhora com relação ao livro anterior, foi que além desses imeios periódicos informaremos a todos passo-a-passo o andamento do livro no seguinte endereço:

Denilson E. Ricci
Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
em inglês - in english