A questão do tamanho
No conto Churrasco de dinossauro expus a tese de
que a superficial divulgação científica diz que tal dinossauro pesaria tanto.
Mas omite o detalhe de que pesaria tanto hoje. Quando vivo o dino pesaria muito
menos, pois a gravidade de então era muito menor. Uns estimam em 10t por dia a
poeira cósmica que cai na Terra, outros 100t. Calculemos isso em centenas de
milhões de anos... Como nossa ciência oficial pode ser tão tosca? Concluí que
extintos foram os dinossauros gigantes, não por causa dum planetóide caído, já
que em seu reinado devem ter caído vários, mas pelo aumento de gravidade,
aumento substancial e repentino com a queda dum planetóide. Misteriosos furos,
que só podem ser causados por projéteis, encontrados em fósseis de velocirraptores
sugere que os dinos menores foram exterminados pelos deuses, por serem
perigosos demais a sua nova criatura, os humanos.
Se sabe que as
formas de vida dum planeta são inversamente proporcionais à gravidade: Um
planeta de baixa gravidade terá criaturas tendendo ao gigantismo, enquanto nos
de alta gravidade os seres serão forçados a serem menores. Os dinos não eram
lentos, já que sua estrutura anatômica era a de animais corredores.
Nos gibis e filmes
de ficção científica barata temos muito de insetos e outros invertebrados
gigantes. Me lembro ter visto na tevê a explicação dum cientista sobre o
absurdo desses bichos gigantes porque respiram por difusão: Não têm pulmão, a
respiração é através da pele, dali se difundindo ao resto do organismo. Por isso
é impossível uma aranha do tamanho dum elefante, pois se crescer muito morrerá
asfixiada. E o peso exigiria um esqueleto ósseo pra sustentar o corpo.
As personagens de Terra dos gigantes (Land of
the giants) não teriam chance. Logo seriam apanhadas por um predador maior:
Aranha, lagarto, ave, etc.
Os contos de
seres humanos do tamanho de rato, vivendo nalguma comunidade escondida também
não têm muita lógica. Animais muito pequenos perdem calor rapidamente, por isso
tem de se alimentar com muita freqüência, aumentando o metabolismo e diminuindo
o tempo de vida. Animais que passam quase o tempo todo se alimentando não têm
muita chance de desenvolver a inteligência.
Se for muito
grande o animal retém muito calor e tem de passar muito tempo se refrescando.
Os elefantes sofrem muito com isso, precisando se banhar até na lama, e só não
diminuem de tamanho por causa dos leões. Por isso os maiores animais são de
clima frio (o urso polar e o tigre siberiano são os maiores das respectivas
espécies) e, mais ainda, na água. Não é por acaso que o maior animal é a baleia
azul, habitante dos mares frios.
O ser humano
tem um tamanho ideal, e não é por acaso. Os deuses, que criaram o Homo sapiens, são gigantes devido a seu
mundo ser de baixa gravidade. Os que aqui ficaram sofreram um processo de
imbecilização por causa do aumento da gravidade. São os ogros, os gigantes
imbecis dos contos populares, pois a gravidade pesada dificulta o fluxo
sanguíneo, tornando lento e pesado o metabolismo, e com isso prejudicando a
inteligência.
No filme O incrível homem que encolheu (The incredible shrinking man) um homem
vai encolhendo indefinidamente. No final um ponto de interrogação, sugerindo
que não se sabe aonde pode chegar nos domínios subatômicos. Mas se alguém
encolhesse assim, ao ficar pequeno, digamos do tamanho dum rato, teria de se
alimentar com muita freqüência, e um ser humano, ainda mais sozinho, não tem
mobilidade pra encontrar alimento nessa proporção. Certos colibris não podem
ser menores porque atingiram o limite de miniaturização dos órgãos, portanto
esse homem minguante não pode diminuir indefinidamente. Então podemos
considerar o filme fantasia em vez de ficção científica.
Brick Bradford
é um sucedâneo de Flash Gordon, só que em vez de viajar no espaço exterior
viaja no interior: A nave vai continuamente diminuindo de tamanho até penetrar
no domínio subatômico. O cientista da estória explica a teoria de que um átomo
é um sistema solar em miniatura onde os elétrons são os planetas.
Jacques
Bergier, em As fronteiras do possível,
discute o que depende do avanço científico e o que é impossível. Ali critica
esse sofisma, informando que um átomo não é um sistema solar em miniatura,
porque as leis de atração são muito fortes, enquanto a da gravidade é a mais
fraca, e que os elétrons se comportam de modo quântico, muito carregados de
energia e não ficam tranqüilamente na órbita mas vez e outra saltam até outra. Além
do mais essa contínua diminuição até chegar a um universo interior viola o
limite de miniaturização dos órgãos.
Creio que seja
possível acessar um intermundo, mas com salto, não continuamente.
Também a idéia
de sintetizar qualquer coisa , por exemplo, transformar areia em torta de
chocolate transmutando elementos químicos pondo ou tirando elétrons, é furada.
Um mesmo elemento químico difere a nível iônico, de energia sutil, vibracional,
isótopos, etc. Não é tão simples quanto no gibi.
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