segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Nessa página um interessante resgate da memória portuguesa
Aqui a noveleta em forma de texto e figuras originais:
QUE POSTAGEM DOIDA. FALTAM DADOS BÁSICOS COMO, AUTOR, DATA, EDITORA E PUBLICAÇÃO.
DA PRÓXIMA VEZ, INSIRA DADOS SOBRE OS DOWNLOADS.

EDSON TA\YRONE - LAGOA DO ITAENGA- PE
Edson, perdendo a preguiça podes encontrar os dados na página portuguesa acima. É só clicar na primeira conexão acima. Está bem documentado ali, inclusive a revista inteira.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CRONOGRAMA DE LANÇAMENTO DA 2ª EDIÇÃO DO LIVRO 'O MUNDO FANTÁSTICO DE H.P. LOVECRAFT'

Iremos abrir para o pagamento nos meses de março/abril de 2014.
Os livros serão impressos em maio e enviados em junho.
Será vendido apenas para amigos cadastrados em nossa lista, DO QUAL VOCÊ QUE RECEBE ESSE INFORMATIVO FAZ PARTE e no sistema de pré-venda com uma 2ª edição limitada.
Não temos o valor, pois isso depende de vários fatores entre eles o número de interessados (mais interessados = menor preço), mas será algo em torno de sessenta reais e alguma coisa, por isso estamos avisando antes para vocês se programarem. Por isso, peço que nos ajudem na divulgação.

SOBRE A DIVULGAÇÃO

No www.sitelovecraft.com tem um pequeno texto introdutório em vermelho, 2 fotos do livro e endereço da fanpage do facebook. Os srs. que puderem ajudar podem utilizar desses materiais e qualquer um dos contidos na fanpage do face. Também tem uma página do Jovem Nerd anunciando o livro novamente:


Não mudem seus emails para não perdermos contato...

Abraços,
Denilson

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Condorito 721, 03.12.2013 - Navidad
Página 49
Enviado por María Paz
Error de continuidad
En un cuadrito falta la pierna izquierda, en los siguientes la que falta es la derecha
Erro de continuidade
Num quadrinho falta a perna esquerda, no seguintes a que falta é a direita

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Apóio
(com ressalva)
Toplessaço, topilesaço, monoquinaço
Me mostres um puritano e te mostrarei um filho-da-puta
Menken
Um movimento reivindicativo tem de ser objetivo, centrado, sóbrio pra não se desmoralizar. Na marcha das Vadias vimos o extremo oposto disso: Reivindicações disparatadas, fúria insana e intolerante, atirando a todo lado e acolhendo todo protestante num vale-tudo infernal, ameaçando missa na igreja e enfocando qualquer tema alheio ao objetivo. Mas tinha objetivo? O resultado é uma barafunda carnavalesca com todas as característica já muito manjadas de manipulação maçônica.
Mesmo tendo tantos outros objetivos a reivindicar, a igualdade torácica é um movimento antigo nos países supostamente civilizados. Seria uma posição estupidamente moralista argumentar que por ter tantos problemas prementes esta reivindicação deveria esperar na fila.
Meus conceitos:
● A desigualdade torácica é um dos símbolos desta civilização originada de ideologias puritanas, obscurantistas e misóginas.
Ideologias homossexualistas e misóginas sutilmente buscam esmagar a mulher, supostamente a igualando ao homem em dever, não em direito. Porque ela tem o poder do encanto: Seu andar é uma música visual cuja beleza excita, desconcentra, inebria. E esse é um poder que o homem não tem.
Desfrutar essa música visual em plenitude é uma necessidade que está no código genético masculino. Por isso os obscurantistas as enchem de tecido e tarja.
O puritanismo é uma condição anormal, psicótica, anti-natural. Estamos demasiado manipulados por ideologias psicopatas, que esmagam nosso ego, por isso não enxergamos essa verdade. Essa monstruosa vergonha é uma aberração que há milênios gera neurose e abre caminha a todo tipo de perversão. É produto da ignorância e da estupidez.
Portanto é urgente, pela saúde mental do povo, acabar com o puritanismo, esse flagelo milenar, fábrica de neurose.
● Só a mulher não poder exibir o peito é uma aberrante forma de discriminação.
Insanamente se considera o peito siliconado de travesti peito de homem, portanto exibido livremente. Na mídia vimos em programas de tevê, por exemplo o do Ratinho, onde se tem esse conceito esdrúxulo. Só mentes deformadas duma civilização insana podem pensar assim.
● Se alguém tem de ser obrigado a se cobrir, então deveria ser o homem, por ter mamas peludas, atrofiadas e inúteis.
● Vivemos numa civilização com a tecnologia de nossos tataranetos e a moral de nossos tataravós.
Precisamos sair da infância, da baboseira, da preguiça mental e encarar como natural o que é natural, em vez da loucura de considerar libertário e moderno considerar normais as perversões.
● O puritanismo é umas das piores manifestações de preconceito e intolerância.
Na imprensa é costumeiro o discurso de respeitar a cultura. Mas não se trata de cultura mas de falta de cultura, pois puritanismo é produto da ignorância.
Quando se combateu o apartaide sul-africano se argumentou que se tinha de respeitar a cultura dos racistas? Claro que não! Seria um sofisma.
Puritanismo também é uma forma de preconceito e discriminação e tem de ser combatido.
● Puritano é um bicho esquisito: Não deixa mostrar o que é feio. O que é bonito também não.
● A humanidade se divide em duas partes: Os maníacos sexuais e os maníacos anti-sexuais.
A questão não é se as mamas são sexuais. E se forem? Qual o problema? Se tratando de sexualidade normal, é normal e ponto final.
O erotismo é a fonte da vida, beleza e saúde. A pornografia é outra coisa: É perversão, anomalia. Faz mal até pros adultos.
Temos de nos conscientizar que esse puritanismo exaltado e furioso é uma psicose, paranóia, um câncer, um estado mental anômalo.
É inadmissível que esse furioso puritanismo subjetivo continue sendo tratado de forma tão vetusta, fazendo parte do código penal. Vivemos num hospício gigantesco onde o olhar ou o exibir são crimes.
Se alguém chama a polícia, demooooooooora, quando vai. Mas se for nudez vão rapidinho.
Isso não é comportamento de seres racionais, inteligentes.
 É preciso quebrar o ciclo-vicioso da lei que gera puritanos e do puritanismo que perpetua a lei.
Mas também temos de nos comportar como adultos sóbrios e sensatos. Sem obsessão erótica. Não como bobocas adolescentóides embasbacados e dondocas pundonorosas todas-puras.
Por isso é preciso uma lei pra acabar com essa praga, porque esperar a evolução natural social é muito lento, trôpego e ilusório.
É verdade que precisamos lutar por educação, saúde e segurança. Contra a corrupção, etc.
Também precisamos acabar com o voto obrigatório, com a indústria de multa automobilística e de arrecadação de inscrição pra concurso público.
Precisamos lutar contra a comida e água envenenadas e notícias mentirosas.
Precisamos acabar com alfandegários ladrões, que apreendem mercadoria e levam até casa. Com os cartazes de proibido entrar sem camisa, de não poder entrar de bermuda, chinelo, camiseta regata em tal e qual lugar, da mesma forma que é odioso restringir alguém ao elevador de serviço.
Já vi até em restaurante de praia, na beira da areia, em cidade turística, proibindo entrar em camisa. É surreal, bizarro, muito louco.
Precisamos lutar contra o poder do estado, como, por exemplo, as prefeituras, cujo poder é esmagador e o cidadão não tem como contestar na justiça, além de só funcionar na base da denúncia. Tudo isso característica de ditadura comunista-leninista.
Tantas coisas que precisamos reivindicar...
Não. O peito livre não é menos importante. É tão importante quanto.
Apóio essa luta, sim. Porque a imprensa, na pose afetada de libertária e sem preconceito, sempre instigou e perpetuou o puritanismo. Nunca fez algo pra mudar isso, muito ao contrário. Sempre se comportou como uma velha senhora da liga da moral e bons-costumes.
Dar um basta à falsa moral e falso espiritualismo e vivamos, pois, de peito-livre, de peito aberto.




sábado, 14 de dezembro de 2013

O vampiro de Jerusalém
6
Esta é minha carne! Este é meu sangue!
Um sonho tão vívido. Me pareceu o mais longo dos sonhos, durante minha difícil convalescença. Não discutirei o mérito, a verossimilhança de minha onírica aventura. Apenas relatarei fielmente, mantendo as impressões e idéias que me ocorreram naquele estado alterado de consciência, com o cérebro intoxicado por miríade de dejeto bacteriano, cada toxina mais potente que a outra, resultando em pensamentos febris de lógica inconcebível. Pude relatar porque anotei tudo imediatamente ao despertar, do contrário já teria esquecido. Hoje, relendo, me parece memória doutra pessoa, tal a estranheza e fascínio que me causa.
Eis, sem censura e na íntegra, o pesadelo:
Era madrugada, horas antes da alvorada saímos, na camionete de Raul, de Campo Grande pra pescar no rio Miranda. Aproveitávamos o feriado da paixão pra pescar. Eu pilheriava dizendo que deveríamos reunir um grupo de sambistas e fazer um retiro carnal, pois os anti-carnavalescos não fazem retiro espiritual durante a folia?
Eu ia ao volante. Fitando o estirão de asfalto mil coisas me passavam na cabeça: Me vinha, em onda, a preocupante lembrança do escárnio com que Raul se referiu, em sua palestra na universidade federal, a toda forma de religião estabelecida. Ele ria de minha preocupação mas conheço tantos casos na história, onde o inconsciente coletivo de determinada crença agia de forma punitiva contra seu agressor, gerando uma maldição. Eu era muito cientificista quando muito jovem mas cresci e aprendi, pela vida e pela leitura, que ignorante é quem comete a ignorância de ignorar a própria ignorância. Já ia longe o tempo quando eu encontrasse uma encruzilhada comeria a galinha preta com a farofa, degustando a pinga à luz da vela preta.
Lá pelas 9h avistamos camiões vindo no sentido oposto fazendo sinal de luz. Após a curva seguinte uma densa e inexplicada neblina nos colheu de surpresa e envolveu o veículo num manto de vertigem. Permanecemos nela quase meia hora e, ao sair, estávamos perdidos. Raul ficou pasmo em se perder em área tão conhecida. Misteriosamente não mais estávamos sobre asfalto e sim sobre estrada de terra terrivelmente esburacada. Não encontrávamos placas nem conseguíamos nos situar no mapa.
A vegetação não era a de nossa região e estava ainda mais quente. Logo adiante vimos uma placa de entrada dum povoado: São José das Tormentas. Raul se exasperou.
— Não há tal povoado no local, nem fazenda, nem chácara com esse nome. Já viajei até a pé em toda parte e nunca vi ou ouvi falar em tal lugar. Nasci e sempre vivi aqui!
Em seguida nos deparamos com Santa Cruz das Almas. Ali paramos pra pedir informação. Então fomos recebidos com uma amabilidade exagerada. Muitas pessoas nos cercavam, curiosas e um velho fazendeiro nos ofereceu sua casa. Assim ficamos hospedados na casa do coronel Leodegar, pois só assim, disse ele, poderíamos ficar livres de ser importunados pela curiosidade do povo, que muito raramente vê um forasteiro.
Pra nosso espanto já chegava o crepúsculo, sendo que poucas horas se passaram de nossa saída de Campo Grande. Deveria ser, no máximo, 12h. Meu relógio marcava 11:27h. Nesse momento chegou o padre pra nos conhecer. Velhote muito amável, brincava e pilheriava a valer. Como ele nos sentimos a vontade pra indagar, o que não fizemos com o sisudo coronel.
Logo ficamos sabendo que é sempre uma alegria quando chegam forasteiros prà Sexta-feira Santa. Eles têm a honra de estrelar a grande encenação da paixão. O povo acredita que a presença de forasteiros estrelando a peça traz muito favor divino à comunidade. Fomos contemplados. Um papel será o de Cristo e o outro o de Judas.
Na rua reinava o mais completo silêncio. As pessoas não se permitiam rir ou demonstrar qualquer alegria. Era a Semana Santa bem ao gosto de nossos avós. As pessoas tinham de demonstrar tristeza e consternação pela morte de Jesus, tudo bem ao estilo de minha avó materna, e mesmo de minha mãe, no Paraguai. O único alegre e folgazão era mesmo o padre. Nem sei se estava brincando quando lhe mostramos nosso mapa e pedimos pra nos mostrar onde estamos. Rindo dizia que nunca vira um mapa antes.
Na manhã seguinte participamos da via sacra. Interminável, mórbida e maçante via sacra. Demos uma volta no povoado e no meio do caminho uma pausa pra eleger nosso papel. Raul insistiu em ser Cristo. Porque muitas vezes na escola fizera esse papel, porque até já fora o Cristo em Nova Jerusalém, etc., etc. A mim coube o papel de Judas.
A missa se realizou na gruta, a meia hora de caminhada do povoado, mas que entre reza, cântico e louvor se converteu em duas e meia horas. Na base dum morro e no começo de vasta planície se situa a gruta de larga entrada. Penetramos fundo com tochas preparadas pra esse fim. Não posso descrever a intensa impressão que me causou aquela missa tocante no fundo da gruta a luz de tocha. Encantador e mórbido é o mínimo que posso dizer. Lá pelas tantas o padre levantou o cálice com a hóstia consagrada e pronunciou estas palavras:
Esta é minha carne!
Este é meu sangue!
Quem crer em mim terá vida eterna
Então pegou um alfinete e com ele fincou a hóstia. Raul deu um grito de dor. Seu braço esquerdo sangrou com uma espetada. No rosto do padre percebi uma fisionomia irônica, quase um sorriso sardônico. Corremos pra fazer curativo. Era espantoso que ele, justamente ele, que fora eleito pra representar Cristo na encenação, estava carnalmente identificado com o vinho e a hóstia. Não sei como não me ocorreu antes que a oferenda da comunhão é uma cerimônia vudu.
Na verdade na comunhão não é o corpo de Cristo que nos é oferecido, e sim um pouquinho de cada um de nós a ele! Por isso a necessidade de tantos adeptos: Tirando pouco de cada um seu predatismo não é percebido.
Fiquei pensando qual seria o motivo duma religião tão irracional como o cristianismo se implantar e perdurar dois milênios. Resistiu, mesmo, a nosso tempo de racionalismo exaltado. Mesmo a Ciência, que tanto combate a superstição e qualquer crença irracional, jamais se ergueu contra essa crença absurda num salvador sangrento. Realmente: Superstição é a religião é dos outros. Eles, que debocham dos macumbeiros, dos espíritas e dos adeptos de vida natural, jamais se dispuseram a nos abrir os olhos contra essa crença imposta pela espada e pelo fogo. O mesmo posso dizer do islamismo e do judaísmo, por exemplo. A única diferença é que o islamismo nunca foi intolerante e obscurantista até bem recentemente.
O padre encerrou a missa com um pequeno sermão.
— Irmãos! Somos imensamente privilegiados. Temos o que todas as outras comunidades cristãs jamais sonharam obter, conhecemos o que jamais sonharam conhecer. Somos os guardiões do túmulo de Cristo. Ele, que andou no mundo e faleceu aqui. Vamos, pois, orar em volta do túmulo de nosso salvador!
Era tradição todo ano a procissão terminar ao redor da tumba de Cristo. Nem mesmo o papa teria acesso a ela durante qualquer outra data do ano.
Nos embrenhamos ainda mais gruta adentro, descendo por caminhos tortuosos e escarpados, de escuridão terrificante e unidade perigosa, molhando os pés em arroios muito rasos e estreitos. Lá embaixo, numa ampla galeria subterrânea rica em estalactite e estalagmite, o sarcófago de Jesus sobre um maciço bloco de pedra. Abriram a tampa e, à luz das tochas, naquele ermo de treva, o que vi me pareceu ainda mais medonho do que se visse em plena luz do dia. O corpo de Jesus plenamente conservado durante dois mil anos, catalético, como dormindo. O semblante cruel e bestial de cuja boca semiaberta se projetavam duas pontudas presas de vampiro e donde escorria sangue, sangue este que empapava o branco lençol que o envolvia. Embaixo do lençol se podia ver, em parte, o manto púrpura. Esse cristo se parecia muito com aquele do famoso sudário.
Recuei horrorizado mas me recompus a tempo de fazer crer que era por pura emoção e não horror. Ali estava o deus sangrento do cristianismo, vivo enquanto tantos outros deuses estavam mortos. Fiquei imaginando em que outros abismos estariam Maomé, Moisés, Buda e deuses da Índia.
Senti grande impulso de procurar uma estaca (se estivesse sozinho assim o faria). Um pedaço de estalactite ou estalagmite serviria, e dar cabo desse monstro, desse baluarte duma religião de impostura.
Era esse o destino do tão controverso corpo de Jesus. De suas viagens na Índia e no Tibete aprendeu a arte do transe profundo e com isso pôde resistir ao martírio da cruz. Foi retirado da cruz em morte aparente e levado à profundeza secreta por seus seguidores mais fanáticos. É daí que esse catalético, esse ser em profundo sono, maquina o destino do mundo. Esse estado de profunda coma perverte todos os sentidos cerebrais na busca única à sobrevivência e é isso que torna o vampiro uma criatura completamente bestial. É, portanto, esse estado vampírico que sustenta, há dois milênios, essa religião sem pé nem cabeça e explica sua inominável crueldade. Somente um terremoto ou outro acontecimento que ponha fim a esse monstro dormente fará extinguir essa religião pervertida e perversa.
Há muitas lendas de túmulos de Jesus pelo mundo. Em Jerusalém, no Himalaia, no Japão. Em cada local o povo acredita que está ali o túmulo de Jesus. Muitas teses discorrem sobre o destino final da personagem. Tenho, em meu arquivo, um recorte da Folhasp de sábado, 25 de dezembro de 1993:

The Independent de Londres
Cristo Morreu no Japão, crê vilarejo
O jornal diz que os moradores dum vilarejo ao norte no Japão acreditam que Jesus Cristo está enterrado ali. Segundo eles, Cristo esteve no Japão aos 21 anos pra estudar teologia. Retornou à Judéia pra resgatar o corpo de seu irmão Iskiri, crucificado pelos romanos. Em seguida voltou ao vilarejo de Xingo, via Sibéria, onde se casou, teve três filhos e morreu aos 106 anos. O vilarejo não tem morador cristão e ninguém se interessa por cristianismo. De acordo com as autoridades locais Xingo não tem interesse em explorar o potencial turístico do túmulo de Cristo localizado num arrozal cercado de pinheiro.

Durante longos quartos de hora rezamos e cantamos em torno daquela monstruosidade. Várias vezes cheguei a arrepiar com o choro e lamento tocantes que chegavam quase a ser uivo de dor da perda dum ente querido. Todos viviam intensamente aquela intensa dor. A paixão era deles e não de Cristo. A todo momento sentia um medo de que a emotividade instável daqueles fanáticos em estado de emoção transbordante pudesse fazer com que a delirante missa degenerasse em violência descontrolada que se converteria numa carnificina implacável. Os distúrbios em estádios de futebol, os linchamentos e as guerras começam dessa forma.
Fecharam novamente o sarcófago e empreendemos a viagem de volta. Chegamos no fim de tarde a ponto de fazer a grande encenação da paixão. O povo todo na rua pra assistir e figurar. Noite adentro o teatro se desenrolou: Maria fugindo ao Egito, Jesus expulsando os mercadores do templo, a traição de Judas (felizmente não fui hostilizado nesse momento), a prisão, a crucifixão, entre outras cenas, se desenrolaram.
A crucifixão! Que horror inefável senti naquele momento, quando percebi que, na encenação, Cristo é crucificado de verdade! Como posso expressar o horror que senti ao ouvir os gritos, autênticos gritos de dor, de Raul, que foi coroado de espinho, carregou a cruz e foi pregado nela. E eu ali, preso como Judas, nada podia fazer. Não os pude trazer à realidade, de seu delírio louco, de sua desvairada empolgação. E quando o soldado romano lhe espetou a lança, que dor senti. Assassinos! Os vi matarem meu amigo, matarem de verdade! Quando o desceram da cruz vi que relaxaram minha guarda e corri junto a seu corpo. Estava morto, realmente morto. Se esse é o castigo de Jesus, imagine o de Judas! Fiquei ainda mais apavorado. Estou no papel de Judas, meu castigo será ainda mais atroz! Me lembrei da colgadura. Li, certa vez, que o castigo que os partidários de Jesus aplicaram ao traidor da causa, Judas, foi a colgadura: Judas foi dependurado e seu ventre aberto de cima a baixo vivo, de modo que as vísceras fossem caindo pela força da gravidade. Um castigo ainda mais cruel que o suplício na cruz. Corri feito louco a me esconder na mata. Já estava quase fora do povoado quando me vi cercado.
— Será meu fim. Serei malhado como Judas. Malhado de verdade. Talvez agora, talvez no sábado de aleluia. Então, até lá, sofrerei sabe lá que tortura psicológica.
Fiquei branco, gelado, trêmulo, pasmo, aterrado, quase em choque. O padre se aproximou de mim e disse num tom tranqüilizador:
— Por que foges? Achas que te malharemos? Por certo que não! Se Cristo foi crucificado pra nos salvar, então Judas nos fez um bem. É graças a ele que fomos salvos. A ele devemos agradecer: Seríamos muito ingratos se o malhássemos.
Encheram minha camionete de presente e me deixaram ir em paz. Vaguei três dias sem rumo até me achar em local conhecido.
Mesmo assim, só um pensamento me obsedava:
Um dia procurar aquela tumba e destruir seu ocupante.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ejemplar ya no manoseable. Hojas quebradizas. Escaneado con cuidado. Las rasgaduras interfiriendo nel OCR. Ya llegando a ese punto el ejemplar de la historieta Lili, anteriormente escaneado. Mucha raridad está se deshaciendo en las estantes de los coleccionistas.
Para salvar la muchacha doctor van Helsing hace transfusión sanguínea, sacando de uno tras otro, sin ver el tipo sanguíneo.
Exemplar já não manuseável. Folhas quebradiças. Escaneado com cuidado. As rasgaduras atrapalhando o OCR. Já chegando a esse ponto o exemplar do gibi Lili, anteriormente escaneado. Muita raridade está se desmanchando nas estantes dos colecionadores.
Pra salvar a garota doutor van Helsing faz transfusão sanguínea,tirando de um após outro, sem ver o tipo sanguíneo.

Parceria com Bartolomeu 777

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Griselda - Renato Aragão
À coleção adeene neles!
● Quando um filme está dublado ou legendado em castelhano (espanhol) estilo das Américas o pessoal hispânico diz castelhano latino quando deveria dizer castelhano americano. Mas que maluquice é essa? Castelhano é uma língua latina. Todas as línguas derivadas do latim (português, castelhano, galego, italiano, francês, romeno...) são línguas latinas.
● Cuando una película está doblada o subtitulada en castellano (español) estilo de las Américas la gente hispánica dice castellano latino cuando debería decir castellano americano. Pero ¿que tontería es esa? Castellano es una lengua latina. Todas las lenguas derivadas del latín (portugués, castellano, gallego, italiano, francés, rumano...) son lenguas latinas.
É o mesmo tipo de analogia trapalhona que criou o vocábulo workaholic, definido como trabalhólatra. Novamente vemos uma confusão entre os termos latria (adoração) e mania. O termo correto seria trabalhômano, que tem mania de trabalhar. Igualmente o termo alcoólatra está errado, devendo ser alcoômano, maníaco por álcool. Porque alguém pode ser adorador do álcool, o exaltar, fazer poema em louvor mas não ser um bebedor, não se entorpecer.
Da mesma forma vemos uma forma de esnobismo bobo países caribenhos que falam francês se considerando não fazer parte da América latina. Todo país do continente americano que fala língua derivada do latim é parte da América latina. Dali alguém, fazendo analogia atrapalhada, lançou esse termo castelhano (ou espanhol) latino.
Vale dizer que não existe língua espanhola, apenas que o castelhano, sendo politicamente dominante, assumiu o título de língua oficial espanhola, mas as regiões que falam outras línguas não aceitam que se chame o idioma de espanhol e sim de castelhano, no que têm razão.
● Humanos são fruto de acasalamento entre chimpanzé e porco, disse geneticista
O porco é o mais inteligente quadrúpede, o único que sofre queimadura solar como o ser humano, a tênia do porco atinge também o humano, e a carne é adocicada, formando banha, igual o ser humano.
Não houve cruzamento. O ser humano foi criado geneticamente cruzando o gene dum primata africano com o dos heloim, os deuses. O caso deve ser que o porco é originário do planeta divino. Tem o padrão biológico de lá. Por isso sua carne é tão diferente.
● Por que os motoristas têm a mania de ligar o pisca-pisca só quando já estão virando a esquina ou fazendo a curva? Assim não adianta. Até atrapalha. O sinal tem de ser dado com antecedência. Não é uma formalidade. Quem não raciocina não poderia tirar carteira.


domingo, 1 de dezembro de 2013

O vampiro de Jerusalém
5
A longa noite cristã
Desde o antigo Egito, já decadente e abalado por cataclismos, Enlil solapava a humanidade. A revolução de Aquenatão foi trabalho seu. Já desde a criação da humanidade era ferrenho partidário de seu extermínio. Quando o planetóide que causou o mais recente dilúvio, o meteoro da Carolina, se aproximava, foi o responsável por não avisar a humanidade e a deixar perecer.
Assim prosseguiu, esse deus psicopata, com seu povo eleito, recrutado entre vaidosos e igualmente psicopatas, os enganando e enchendo de orgulho, pra que a humanidade só tomasse um rumo que não ameaçasse sua supremacia.
Extirpar da religião os conhecimentos esotéricos e o autêntico contato com o cosmo, substituindo a sabedoria por superstição, a tradição por uma barafunda de misticismo confuso e pervertendo o pensamento, criando uma mentalidade psicótica, deformada, de falsos valores e falsa espiritualidade.
Deturpando os já estereotipados deuses, os heloim, os transformando em deus único e verdadeiro, um superdeus cósmico onipresente, onisciente e onipotente que só mentes infantis conceberiam, e uma série de idéias assim estapafúrdias que faziam rir os pagãos, pois só gente muito tola pra acreditar em coisas absurdas.
Assim fizeram crer ser evolução o que na verdade é uma degeneração.
Hipácia foi uma vítima, pra arrancar da raiz o pensamento científico.
Os mensageiros do vampiro se espalharam pra disseminar essa perversão intelectual levada ao fanatismo, o chamado evangelho, endeusando o revolucionário Jesus e reformulando a Bíblia, que já era uma cópia tardia e resumida das tradições sumérias, forjando uma tradição antiga.
E se consumou o maior desastre da civilização, a vitória do cristianismo, essa ideologia pervertida e perversa, mergulhando a humanidade na ignorância e superstição.
Assim a humanidade cultuou no estereótipo, perverteu a natureza, sucumbindo numa psicose da qual no futuro se envergonharia.
Fé, fanatismo, adoração, pieguice, puritanismo exacerbado, vergonha do prazer e orgulho do sofrimento, misoginia, proselitismo furioso. Tantos falsos valores, valores deturpados que durante 2000 anos manteriam a humanidade no atraso e mesmo depois, com o cientificismo em alta, persiste perturbando e impedindo a humanidade de evoluir.
Foram os árabes e outros povos islâmicos que forçaram o ocidente a evoluir. Mesmo sendo outra impostura, o islã era tolerante e esclarecido, resgatando um imenso manancial de sabedoria oriental, traduzindo obras, disseminando ciência.
Quando os persas estavam prontos pra invadir a Europa e o papado estava em pânico que um milagre aconteceu. Os mongóis arrasaram o império persa e salvaram a obscurantista Europa cristã.
Os mongóis, que surgiram no nada, produto do povo subterrâneo de Agarta, com conluio com o povo eleito de Enlil na manipulação da humanidade, pois elementos de etnia tibetana foram encontrados entre as baixas nazistas.
Aproveitando o gene da adoração, que os heloim instalaram no humano pra o manter obediente, Enlil soube aproveitar o misticismo depravado humano. Um Jesus sanguinolento, macabro. Esta é minha carne! Este é meu sangue! O ritual cristão é nitidamente vampírico. Com milhões de adoradores com o inconsciente prostrado e submisso, os vampiros têm um grande estoque de energia vital.
2000 anos chafurdando na superstição, ignorância, fanatismo. Eis, resumida, a horripilante história do cristianismo, o maior flagelo que vitimou a humanidade.
E então Enlil começou a derrubar o cristianismo, quando viu que se estabelecera e fora absorvido pela civilização.
A ordem é bagunçar, deixar a humanidade sempre em alvoroço, em pânico, sempre com energia vital em desordem.
Já quase dominando o mundo, não contava com o despertar da China.
Enquanto Enlil fazia suas revoluções de praxe: Francesa, russa, americana, os partidários dos anfíbios de Sírius, que criaram as civilizações suméria, egípcia e cretense, se movimentavam.
Em mais um de seus teatros, com rivalidades forjadas, a segunda guerra mundial, o jogo começou a virar.
Enquanto os obscurantistas guerreavam entre si a China aproveitou a bagunça pra se estabelecer. Como a moda era ser comunista, se fingiu de comunista pra não chamar muito a atenção. Quando Estálim percebeu que aquele comunismo não era da turma, quis atacar a China, mas já era tarde.
Ao reocupar o Tibete os chineses metralharam todas as entradas a Agarta, incluindo Xambala, a cidade entrada do submundo.
Cortando a conexão dos vampiros orientais com os ocidentais, os chineses salvaram o mundo.
É por isso que o ocidente se empenha tanto em tirar o Tibete da China.
Despertei desse sonho e ainda cambaleante me lembrei dum conto que tinha tudo a ver com o tema. Fui procurar o livro mas logo me lembrei que não estava em livro.
Numa gaveta estava o conto que um amigo escreveu, intitulado:

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Uma coleção de parece-mas-não-é
Atualização mais recente, 11.2013
Abrazar - abraçar ● abrasar - abrasar
Abrillantar - brilhar
Aceite - azeite
Acordar - lembrar
Acostar - deitar
Acusado - veemente, pleno, substancial. Acusado
Adiós - até logo
Adosar - encostar ● endulzar - adoçar
...

sábado, 23 de novembro de 2013

Devedê militar, uso exclusivo pra general
● Na revista Super interessante de outubro de 2013 o anúncio dum aparelho faz um microfuro na rolha da garrafa de vinho e o fecha instantaneamente, evitando entrar ar. O que conservaria o vinho como se não aberto. R$ 720. Contrariando as leis da física? É impossível retirar matéria duma garrafa sem entrar ar. Retirar no vácuo duma garrafa pete a faz se encolher, acompanhando o vácuo. Uma de vidro se quebraria. Um anúncio desse numa revista que se apresenta tão científica!
● Não é só Seleções. Espantosa a decadência da revista Mad. Desenhos e roteiros ruins. Dos velho tempo só restou Spy x Spy.
● Também a Planeta está bem descaracterizada. Da excelente revista sobre realismo fantástico que era, virou uma espécie de Super interessante. Não que a super seja ruim, mas é uma guinada de 180º, do realismo fantástico ao cientificismo oficial.
● Costumo passar nas bancas pra ver os lançamentos. Nada mau os Recruta Zero, Popeye, Luluzinha... Comprei Natal de Ouro disney 4. Desenhos toscos, histórias bobas.
● Acabei de ler O grande livro de histórias de fantasma (The virago book of ghost stories), organizado por Richard Dalby, editora Objetiva, 2010. Não justifica o título grandiloqüente. (Bem melhor o pequeno volume Fantasmas vitorianos (Victorian ghost stories), outro volume só de autoras.) Não chega a ser ruim. Com raríssimas exceções, como Charlotte Brontë e Edith Wharton, as autoras decepcionam. Muito longe, mas muito longe mesmo, das obras-primas do gênero. É que se vê muitas histórias forçadas, não de autêntica inspiração. Antologia bem medíocre.
Apesar de anunciar estar na nova ortografia (pra quê?) escreve n vezes café da manhã, cadeira de rodas, etc. Cadê o hífen?, minha gente. E os demais vícios de linguagem que já cansei de apontar.
● O mesmo posso dizer dos grossos volumes também afetadamente grandiloqüentes Os cem melhores contos de..., organizados de Flávio Moreira da Costa. Decepcionante ver tanta crônica posta ali como se fosse conto. Como pode um antologista não saber diferenciar conto de crônica? É muito aborrecido pra quem gosta de conto levar gato por lebre.
● Li Névoa - contos sobrenaturais de suspense e terror, editora Andross, São Paulo, 2013, organizado por Cristiana Gimenes. Uma linda capa mas uma péssima antologia. Crônicas passando por conto e muitos autores ruins e textos péssimos. Não se deveria lançar antologia tão ruim. É um desserviço, pois quem se inicia na leitura em vez de se encantar tomará ojeriza.
Tem gente que tem pretensão mas não tem talento, vivência literária, maturidade, conhecimento e idéia pra escrever, que quer escrever porque quer escrever.
Muitos escrevem o que vêm à cabeça, como se estivesse rabiscando. Literatura não é isso. Um conto parte duma idéia, tem um planejamento, se usa engenho e arte. Fazer uma feijoada não é só jogar feijão e toucinho na água e ferver.
O verdadeiro talento brota, se derrama, não se força. Quem força, por favor, desista, porque a internete está lotada de textos péssimos, verdadeira poluição literária. Editoras, por favor: Não publicai obra ruim.
Uns terrores forçados, pueris, e contos sem desfecho, sem enredo. É péssimo escrever terror pelo terror. Não me lembro quem escreveu que Poe nunca escreveu o terror pelo terror porque era inteligente demais pra isso.
Os que salvaram o livro:
Moinho, de Clóvis de Moraes Fajardo. Um belo conto
O vampiro da rua São Francisco, de Eliane Verica. Um conto curto, que poderia ser um episódio de Além da imaginação.
Minha mente inquieta, de Mara S.
A sombra na névoa, de William Wagner Westphal
O último apóstolo, de Gabriel Réquiem
Maldito retorno, de André Cardoso
Parasita, de Paulo R. Ongaro
O legista, de K Melquíades
Há um fator que diferencia o autor imortal, o grande autor, do comum ou medíocre. O verdadeiro talento, que produz texto saboroso, escreve porque a inspiração vem em onda, pra expressar e registrar essa inspiração que transborda e sente ser um desperdício a deixar perder. As idéias o ficam apoquentando como pintos tentando sair do ovo. Pro autor de talento escrever é como um alívio, como fotografar um evento efêmero, como a vaca em amojo, que se alivia ao aleitar. Inspiração é um estado de consciência, de humor, de sintonia cerebral, de conexão neuronal. O autor que se senta a escrever porque é escritor e tem de escrever algo é um autor de segunda ou terceira.
Cada obra dum autor ruim é um leitor a menos no mundo.

domingo, 17 de novembro de 2013

O vampiro de Jerusalém
4
A arca da aliança
Na tarde me deitei com a cabeça tomada pelo tema. Não sei se com efeito dalgum remédio a mente vagou em sonhos lúcidos onde via os deuses gigantes que caíram na Terra, os nefelins, partindo e o psicopata sodomita Enlil recolhido a algum subterrâneo pra curtir sua vida catalética, pois a gravidade terrena é muito pesada pros gigantes.
Os deuses dividiam a terra em feudos e disputavam a posse de humanos, seus serviçais. Quando a estrela-anã e seu planeta se afastavam, os humanos voltavam a ficar sós, sem saber que havia deuses dormentes na entranha da Terra.
Durante as várias idas e vindas da órbita alongada do sistema planetário divino os deuses viveram muitas peripécias com os humanos.
Depois da guerra contra os titãs Enlil ficou preso no Egito, civilização criada pelos inimigos dos deuses, os nomos, anfíbios de Sírius, que instruíam a humanidade. São os titãs da mitologia grega. Ali criou uma milícia, forjando uma etnia pra ser instrumento de infiltração na humanidade, aliciando o egípcio Moisés. Um cataclismo, a aproximação de Marte e chegada de Vênus, como relatado por Velikovsky em Mundos em colisão, arrasou o Egito. Foi a oportunidade de fugir do faraó, roubando ciência e tecnologia. Assim o povo eleito do vampiro se embrenhou no deserto em direção à terra prometida, onde há um subterrâneo desocupado onde Enlil ficaria seguro. Em 1948 não foi aceita a proposta de se criar Israel na África porque é em Jerusalém, em subterrâneo muito profundo, que está a tumba de seu deus-vampiro.
O objeto mais precioso era a arca, que nada mais era que o ataúde do vampiro Enlil, a ser levada a um subterrâneo seguro. Isso explica a instrução de construção do tabernáculo: Tudo com encaixe, sem prego nem martelada. Porque o barulho de martelada infernizaria a vida do vampiro e porque as pontas de ferro interferem no desdobramento.
Por isso a arca era tão protegida, até com eletricidade, e ninguém podia chegar perto.
Em toda a peripécia no deserto Enlil se desdobrou em momentos-chave, pois o desdobramento é muito desgastante. Por isso aparição a um representante, um líder, de modo sempre intimidatório. Toda a força do vampiro se centra na intimidação, em parecer apavorante, misterioso e invulnerável.
Ali Enlil se aquartelou pra monitorar e manipular a humanidade, de modo a não a ser descoberto e destruído.
Era essencial manter a humanidade na ignorância e superstição e desviar sua atenção a longe, ao espaço sideral, pra não sondar a profundeza da Terra.
Então criou o cristianismo.

sábado, 16 de novembro de 2013

Suplemento de Nosso amiguinho
Chegamos ao volume 4 de 8 dessa jóia
Estranho esse título. Se as aves não são animais, então são vegetais ou minerais?
Também curiosa a expressão completamente ferido

sábado, 9 de novembro de 2013

À coleção de placas ridículas e curiosas
Mecânica versátil
(Na outra lateral da oficina o mesmo, porém grafado suspensão)
 ● No final de 2012 tive uma persistente sinusite na narina esquerda. Foi o caso que contei do consultório onde o médico mandou não ficar no ar condicionado frio mas a sala de espera tinha o ar gelado. Pois exatamente um ano depois, neste final de 2013 a sinusite voltou, mas na narina direita. Voltei ao médico que foi tão eficiente na esquerda. Essa consulta não teria de ser retorno?
● Neste sábado, 9 de novembro, um espetáculo da virada na praça do papa. Virada? Só se for virada de mês. Cantando Feliz ano novo, muito dinheiro no bolso... Se tem carnaval (que não é carnaval mas aquela coisa abaianada) fora de época por que não reveião fora de época? Se lojas são inauguradas bem depois de começar a funcionar... Se a moda pega logo teremos paixão fora de época, natal em abril, quadrilha junina em dezembro... Bom... Pra quem gosta tanto de celebrar o fim do mundo o ano inteiro...
O Uruguai disse que as ilhas Malvinas são suas. Seguindo o argumento as Malvinas são do Brasil, porque o Uruguai era a província Cisplatina. Então Espanha e Portugal reivindicarão a posse. Depois a Itália, porque a península ibérica era do império romano...
● Ontem denunciei à prefeitura a placa dum carro cujo motorista jogou lixo numa avenida nova cujas laterais são enormes terrenos baldios (onde era um aeroporto teco-teco). A atendente disse que assim não pode identificar o nome do infrator, que pode não ser o dono. Mas o dono não é responsável ao emprestar o carro?
● Os semáforos pra pedestre, do centro da cidade (centrão mesmo), nunca terão manutenção? Há anos estão queimados. Não é desperdício de dinheiro público instalar e abandonar?
● E aquele famoso relógio histórico no cruzamento da José Antônio com Afonso Pena atrapalhando o tráfego, bem no meio da rua. Nem era ali o lugar original do relógio. Não é bonito nem atração turística. Coisa mais besta. Bem típico da engenharia atrapalhada do município. Assim como o povo pensa que a Cabeça-de-boi era ali mesmo, e que o papa rezou ali onde é a praça do Papa.
Se não somos animais irracionais devemos ter consciência do certo e errado. Ceder ao instinto deveria ser privilégio dos irracionais. É espantoso a predileção humana a perversão. Como se pode conceber tanta expansão de práticas imundas e monstruosas? Logo os zoófilos e necrófilos conseguirão o direito de ser considerados normais, se casar e qualquer um que seja contra será taxado de intolerante, zoofóbico e necrofóbico e farão passeata de orgulho. Duvidas? Eu não! Basta que saiam em passeata e a imprensa passe umas décadas fazendo campanha discreta e constante, disfarçada em reportagem. Pois foi assim que, fazendo lavagem cerebral nas massas, conseguiu o inconcebível de fazer com que mesmo pessoas instruídas e cultas aceitarem e defenderem como normal essa prática imunda e monstruosa da sodomia, instigada por sociedades satânicas que tentam dominar o mundo e esculhambar a humanidade.
Há algo profundamente errado na humanidade, certamente o gene dos nefelins, raiz dos contos da mitologia grega de deuses depravados: Um puritanismo exacerbado quanto a tudo o que é normal e liberdade a toda perversão.
Quando criança via muita propaganda sobre a história de Gisela. O que se publicava então era a séria de aventura da filha de Gisela, Brígida (Brigitte) Monfort, naqueles bolsilivros com aventura de espionagem. A capa era sempre Brígida nua ou seminua, como chamariz. Exatamente como os de faroeste, românticos, etc. Sempre escritos por brasileiro com pseudônimo pra parecer estrangeiro. Verdadeiro lixo.
Com doze anos li um escondido, justamente o que diz que as norueguesas são muito lindas mas as suecas aguadas de tão brancas, que inseri na aventura do barão de Machinsque com o grupo Abba. Me admirei de adultos gostarem de ler aquela coisa tão insossa, simplória, idiota.
Sobre o autor das duas matérias acima, Ezio Flavio Bazzo, posso dizer que não é um comerciante, mercantilista, mercenário, mas um autêntico contestador, pois nos anos 1980 comprei sua revista Víbora via correio e as enviou antes mesmo de eu efetuar o pagamento.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Setor fatorial
Pra testar se um número n é primo a primeira idéia é o dividir sucessivamente por 2 até por n-1. Mas isso é um desperdício, pois se nota que depois da metade não há mais divisor.
Então a idéia seria o dividir por 2 até o inteiro da metade. Mas também é um desperdício.
O número 24, tendo muitos divisores, é um bom exemplo da distribuição dos fatores. Excetuando o 1 e o 24, se vê que os fatores estão entre 2 e o inteiro da metade. Mas se deve usar só um lado desse setor, pois é o produto correspondente, um espelho.
Temos dois setores espelhados. Uma entre 2 e o inteiro da raiz quadrada e a outra entre o inteiro da raiz quadrada e o inteiro da metade.
Ou seja: Se o número tiver divisor, esse divisor estará nesses dois setores.
As duas regiões não têm o mesmo tamanho, sendo imensa a diferença quando for um número muito grande. Portando se deve usar o primeiro setor, variando de 2 até int√n.
Não precisa dividir por todos os números, apenas pelos primos.
Assim, por exemplo, pra saber se o número 289 é primo usar o setor fatorial variando de 2 até 17, só considerando os primos. Ou seja, o dividir sucessivamente por 2, 3, 5, 7, 11, 13 e 17. Um resultado inteiro e se aborta o processo, pois não é primo. Se nenhuma divisão der resultado inteiro o número é primo.
O número 2991 tem o setor menor entre 2 e 173. Pra verificar se é primo se deve dividir sucessivamente apenas pelos primos nesse intervalo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Palestra proferida em Estugarda, Alemanha, em 18 de abril de 1974
Título original: Das rätsel der kometen
Os cometas parecem espermatozóides celestes atrás dos óvulos (planetas)

domingo, 3 de novembro de 2013

Vinícius quase de Moraes
Me lembro das velhas reportagens e documentários que via na TVE e TV Cultura, sobre a era dourada da intelectualidade carioca, onde, geralmente em volta duma mesa de bar, livres-pensadores discutiam temas dos mais interessantes, as idéias mais saborosas, os temas mais exóticos e ou tabus.
Eram poetas, carnavalescos, cineastas, escritores, dramaturgos... Vinícius de Moraes e seu infinito enquanto dure, Macunaíma e a filosofia da preguiça, a malandragem como identidade. Ali surgiram conceitos de brasilidade, estereotipados ou não.
Pois em Campo Grande temos uma banca assim.
Conheço Judar desde seu tempo de funcionário do Sebo Maciel, onde me emprestava livro pra escanear. Quinas e castelos, de Gustavo Barroso, já postado aqui, é um. Eu sempre ficava mais batendo papo que garimpando livro. Quando fiz a Marcha da japonesinha Judar tocou no som da loja algumas vezes e me disse sobre a ironia do destino de Eduardo Dusek ganhar o concurso de marcha da Globo com uma canção tão ruim, só porque é famoso, disse, enquanto essa obra-prima, Marcha da japonesinha, fica na sombra.
Pois Judar adquiriu uma banca própria no centro, a banca Vinícius, onde vez e outra vou pra conversar mais que pra comprar. E ali se desmancha a velha e falsa idéia de que no mundo só tem gente burra.
Eu disse pra Judar abrir tipo um café literário, pois tem clientela pra isso. Um ponto de encontro da intelectualidade campo-grandense. Ali aparecem os tipos mais interessantes, como naquelas coletâneas sobre personagens típicas, tipos exóticos que existem numa cidade ou bairro. Tem o cinéfilo que dá aula de cinema, uma senhora que viajou mundo trabalhando em embaixada e conta causos interessantes. Só essa daria um livro. Tem o idoso amargo, que junto cum amigo são avessos à internete e quase não falam ao celular porque está tudo espionado, jovens interessados em se iniciar nos mistérios sem cair na contra-informação.
Num ano já soube de várias garotas que gostam muito de ler, o que desmente um pouco a idéia generalizada de que o adolescente está alienado.
Ali discutimos ufo, mistérios, deuses astronautas, Terra oca, sociedades secretas, mentiras históricas... Ali vemos lançamento de livro, se encomenda livro difícil de achar, se recomenda, discute, avalia.
Há poucos meses Judar fez uma exposição de promoção de livro na calçada e em seguida apareceram fiscais da prefeitura, truculentos, ordenando retirar tudo, quando deveriam incentivar e premiar. Só não o fizeram porque os clientes presentes na ocasião não deixaram o abuso se consumar.
O que explicita a mentalidade , provinciana de nossas autoridades e do povo em geral. É por isso que aqui não existe livro na calçada, como tem em Curitiba, Rio, Santiago e tantos outros lugares. É tudo regulamentado demais, praticamente um regime comunista, pois é impossível o cidadão enfrentar o poder público na justiça.
Campo Grande deve ser a cidade mais anti-cultural do Brasil.