quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O blogue peruano de Humberfar, Comics de La Prensa, está precisando de ajuda de quem puder ressubir as conexões, que foram apagadas.
O destino de Fortunato
Duas histórias
Um caso estranho
Fogo na canjica!
Sérgio Krakoshiloff
A filosofia de Catu
O anel de rubi
Professor Tobias
Um jovem sexagenário


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
em inglês - in english

domingo, 18 de novembro de 2012

O calendário 1956 é o mesmo 2012
(exceto as fases lunares)


Namoro internético
A garota está no divã do psicanalista.
— Pois é, doutor. Quando namorávamos ao teclado nosso beijinho era muak muak. Agora fico esperando o beijinho e tudo o que ele faz é dizer:
— Muak muak!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O poder felino
Nalguns comentários falamos sobre heróis convencionais (sem super-força, couraça ou algo que justifique proezas sobre-humanas) realizando façanhas como derrubar um touro ou leão a unha (sem ser aquela marchinha carnavalesca), ou com faca na mão que seja. Isso não é ficção, é fantasia das mais estapafúrdias. Enfrentar um felino, mesmo com arma de fogo, é muito perigoso. Um documentário falou sobre a espantosa agilidade da onça em tomar um facão da mão. Mas isso não é tudo.
Vejamos trechos de Maravilhas & mistérios do mundo animal, Seleções do Reader’s Digest, 1966:
Ao contrário da maioria dos felinos, os leões não têm medo de água e se tornam nadadores peritos. Até nisso revelam inteligência superior, pois pra evitar os crocodilos, que não conseguem dominar dentro dágua, só atravessam os rios em lugares onde sejam rápidos e rasos. Apesar de opiniões em contrário, os leões sobem em árvore e são espantosamente ágeis. Tenente Ludwig von Höhnel viu um leão saltar uma ravina de 12m de largura, e o especialista em leão F. Vaughn Kirby viu uma leoa pular sem esforço ao alto duma barragem de 3,5m.
[...]
O leão sabe se esconder por conta própria. Sua investida é um dos espetáculos mais aterradores da natureza. Quando o grande felino resolve se precipitar abaixa a cabeça, a cauda estremece e fica rígida e ereta, dá uma série de rugidos surdos, os olhos amarelos chispam e avança, adquirindo velocidade. O impacto é arrasador. Outro fator que o torna perigoso é o talento pra se esconder. Um caçador procurou durante uma hora uma leoa ferida, que praticamente se enrolou num formigueiro, na planície aberta, se mesclando tão perfeitamente que parecia ter desaparecido (um sombreado preto em volta das orelhas esbate o contorno da cabeça, e o pêlo parece capim seco). Aproveitam qualquer proteção, se achatando tanto de encontra à terra, que parecem fazer parte dela.
Mas a principal característica é a força. Um leão pode matar um boi duas vezes maior quebrando o pescoço cuma rápida combinação de presas e garras. É capaz de atacar um hipopótamo adulto, o tanque de carne que poucos animais têm coragem ou força pra molestar.
Só o leão excepcional pesa mais de 200kg. A maioria chega a 170kg e mede 2,8m ou menos, de comprimento, incluída a cauda de 90cm. A capacidade pra matar e carregar animal muito maior é devida à habilidade. Comentando o fato de um leão ter saltado uma cerca cuma vaca na boca, J. A. Hunter, um dos mais conhecidos caçadores brancos, escreveu:
— O leão revela um jeito especial pra meter parte do corpo sob a carcaça, desviando o peso às costas, enquanto segura a garganta da vaca na boca. Ao saltar o obstáculo a cauda se torna rígida e parece servir de contrapeso.
O sargento do 7º batalhão de voluntário brasileiro na guerra do Paraguai caminhava tranqüilamente, confiante em que, apesar de estar em pleno Pantanal, a presença de dois mil praças no acampamento era garantia contra os perigos da mata. De repente, antes de ter tempo de se virar pra compreender o motivo da gritaria que irrompera a suas costas, teve o pescoço partido em dois, o corpo já sem vida e pendente das poderosas mandíbulas foi sacudido sobre o lombo duma onça-preta que com três saltos fugiu do acampamento militar antes dalguém disparar tiro.
Na meia hora seguinte toda a mata foi batida pelos soldados. Quando finalmente encontraram a onça e a mataram, o corpo do sargento já fora devorado até o peito e todo o sangue sugado pelo mais feroz animal de nossa selva. A onça, além da ferocidade dos ataques e da coragem quando se lança contra uma presa, revela também grande astúcia, da qual se vale pra triunfar contra o homem e os irracionais.
Tem o tipo de ataque fulminante. Depois de cercar a vítima dá uma arrancada onde ultrapassa 100km/h e duma distância de 5m voa sobre o pescoço do fugitivo e o despedaça numa violenta sacudidela.
Página 153
Um enorme búfalo negro, muito peludo, veio subindo a trilha da floresta, no trote pesadão e desajeitado, e passou sob a árvore onde eu me ocultava, levantando com os cascos pequeninas espirais de pó que lembravam fumaça. Os chifres reluziam ao sol poente indiano, qual um par de presas de marfim polidas. Pelo modo descuidado de trotar vi logo que era domesticado desgarrado dum rebanho, provavelmente a caminho de casa, no vilarejo que ficava 5km a diante.
Do pipal donde eu o observava, tendo ali subido pra fotografar pavões que freqüentam a imediação, ouvi um murmúrio como de vento, denotando algo se movendo na relva amarelada, a 6m da trilha. Num movimento súbito e inquietante, como num pesadelo, um tigre esticou a fora duma moita a cabeça de pêlo branco e alaranjado, ornada de bigode, e ficou vendo o búfalo trotar. Estava tão perto de mim que eu podia ver o brilho úmido nos olhos duros e contar as cinco listras que atravessavam a testa.
Emergindo da emboscada com movimentos sinuosos como um réptil, se deteve na trilha em toda sua estonteante beleza. O pêlo era cor de ferrugem levemente dourada, com listras dum negro tão vivo e tão bem delineadas que era como se as tivessem acabado de pintar. Nenhum músculo tremia naquele corpanzil soberbo, de 3m de comprimento, mas eu quase sentia sua profunda reserva de energia. Gracioso como um córrego, o felino deslizou na trilha, seguindo o búfalo. Seu assombroso autodomínio era coisa terrível de se ver. Parou, imóvel, como se fosse de mármore. Então pude ver a contração muscular. A seguir uns pulinhos e um súbito impulso, tomado duns 9m de distância, em medonha fúria, se lançou, como se projetado por uma catapulta, sobre o dorso do búfalo. Derreado e cambaleante, o corpulento animal nem soube o que o atingira. O tigre cravou na espádua as garras duma das patas dianteiras, enfiou os longos caninos no cangote, e com a outra pata dianteira enganchou o focinho, puxando a cabeça a baixo. Com o touro arremetendo a diante, tomado de pânico, o felino o atacou com as patas traseiras. Quando o búfalo caiu o tigre partiu seu pescoço no mesmo instante. Pensei:
— Se é assim que a morte deve chegar na floresta, ainda bem que é tão rápida e cirurgicamente perfeita.
Página 117
Muitos consideram o tigre o verdadeiro rei dos felinos. Sendo três vezes mais pesado que o leopardo, tem a agilidade do gato, que é menor, e pode realmente saltar a uma altura de 5,5m ou atravessar, num pulo, um vão de 12m aparentemente sem esforço. Creio também que o tigre é mais feroz que o leão. Os masai e outras tribos africanas conseguem caçar leão a lança. Os aborígenes indianos têm tanta coragem quanto os africanos mas o tigre jamais se deixa caçar por suas tribos, com toda arma, mesmo de fogo. As tribos respeitam e temem demais o felino gigantesco pra o perseguir no domínio dele.
Envolve o tigre um ar de mistério que parece inexistir em relação aos outros felinos. Surge sempre inopinadamente, em circunstância dramática, pra em seguida desaparecer em sua emboscada, tão secretamente quanto apareceu.
Reconheço que uma das várias emoções que em mim o tigre desperta é a do medo. A senti em primeira vez numa tarde ensolarada, quando eu e minha mulher passeávamos em companhia de Rao Naidu num bosque de bambus ainda novos, de hastes douradas e franjadas, que se erguia na orla da mata, se projetando a um enorme leque de abutres se desdobrando num céu azul sem nuvem. Topamos com a carcaça dum gauro, o gigantesco touro selvagem indiano e logo vimos que fora vítima dum grande tigre. Enquanto fiquei admirado, comentando em voz alta, de que mesmo um tigre derrubasse tão corpulento animal, que pesaria cerca de 1t, senti que Rao me cutucava. Olhei aonde olhava. O capim, dum amarelo da cor dos trigais, era da altura da cintura dum homem. A menos de 100m, alteando a cabeça sobre o capinzal, se via um enorme tigre preto e dourado. Estava imóvel como uma escultura, nos olhando, sem se mover em toda sua medonha beleza, a não ser o da ponta branca da cauda, que crispava como um pássaro pairando no ar atrás. Tenso, inteiriçado de medo, de repente me lembrei de Kipling, que conheceu o tigre e o jângal, e que descreveu o medo de maneira inesquecível:
— Sabes o que é o medo? Não o medo comum de insulto, agressão ou morte, mas o abjeto pavor trêmulo. Um medo que seca o interior da boca e a metade da garganta, que nos faz suar nas palmas das mãos e engolir em seco, pra movimentar a campainha. Esse é um belo medo, uma grande covardia, que precisa ser sentida pra ser apreciada.
[vide artigo seguinte, sobre o urro do tigre]
Velhos trabalhadores da floresta dizem que os tigres maiores imitam a voz da corça, a atraindo astuciosamente. São capazes até de patinhar numa poça dágua pra chamar a atenção daquela criatura curiosa. George Hogan Knowles descreveu, em Nas garras do jângal (In the grip of the jungles), um tigre atraindo um búfalo selvagem. Agachado no meio da relva crescida, imitou o mugido dum touro disposto a lutar. O astuto felino chegou a armar a cena, arranhando a terra e levantando poeira como o fariam os cascos dum touro enfurecido. Quando o touro respondeu cum mugido o tigre tornou a o desafiar de dentro da tocaia até que o animal enfurecido foi, num tropel violento, ao encontro da morte súbita.
A força do tigre é notável. Um caçador encontrou a carcaça dum touro de 450kg que o felino listrado arrastara 0,5km num terreno cheio de obstáculo. Outro tigre saltou sobre uma estacada de 2m de altura, matou um homem e, com o cadáver na boca, fugiu, tornando a saltar sobre a cerca.
Página 119
Foi esse meu primeiro encontro com essa imponente criatura pintada, o príncipe dos felinos. Mais inteligente que o tigre, mais feroz que o leão, dentro de seu peso o mais forte dos carnívoros, o leopardo é o mais belo e gracioso animal da selva. E também o mais perigoso.
Um veterano guarda florestal observou que um leopardo pode se esconder todo onde um tigre não consegue ocultar a cabeça, pode pular em tuas costas do alto duma árvore que um tigre nem um leão poderiam escalar.
Página 206
A força do leopardo é fantástica. Donald Ker, organizador de expedição na África, conta que já encontrou uma girafa de quase 150kg morta por um leopardo, presa numa forquilha de árvore. Outro caçador viu um leopardo carregar um burro mais de 400m em terreno ascendente e pedregoso.
Página 207
No conto A curta e feliz existência de Francis Macomber, de Ernest Hemingway (Maravilhas do conto norte-americano, coleção Maravilhas do conto universal, Cultrix, São Paulo, 1957) o drama dum milionário num safári, que muito se envergonhou de ter tremido de medo na hora de atirar num leão.
Todos soubessem o assunto do artigo seguinte e encarariam tudo isso com naturalidade. Eis por que é tão perigoso enfrentar um felino.

O rugido do tigre

Investigadores descobriram como o rugido dum tigre pode paralisar a presa

Andrew Morgan, Londres

O rugido dum tigre é tão intimidante que tem o poder de paralisar animais e humanos dentro do alcance da voz. Um fenômeno que vem confundindo os investigadores.
Os cientistas do Instituto de Comunicação e Pesquisa da Fauna, na Carolina do Norte (Fauna Communication Research Institute in North Carolina) descobriram que o segredo do tigre é sua habilidade de fazer sons de baixa freqüência que qualquer presa sentirá, além do estrondo ameaçador que normalmente é a última coisa que a vítima ouve.
Investigadores trabalharam no campo de bioacústica, estudando a freqüência, amplitude, ruído e duração de sons animais pra entender o comportamento animal. Estabeleceram que o tigre emite infra-som de baixa amplitude, um grunhido tão profundo que é inaudível a humanos. Todos os grandes gatos têm esta habilidade, embora menos que o tigre.
Humanos podem perceber só freqüências entre 20 hertz (ciclos por segundo) e 20.000 hertz mas tigres, baleias, elefantes e rinocerontes englobam todos os sons abaixo de 20 hertz. O tigre mistura grunhidos infra-sônicos a 18 hertz e abaixo com o rugido que podemos ouvir, e o resultado, de acordo com a doutora Elizabeth von Muggenthaler, presidente do instituto, é que os humanos podem sentir após o rugido tigrino uma sensação de paralisia momentânea.
A explosão entremeada de infra-som dum tigre tem a capacidade de paralisar mesmo treinadores que trabalharam com eles durante anos.
Sacode e arrepia as pessoas. Aturde porque acontece tão rápido, só uma fração de segundo, disse a doutora.
É uma força incrível que te ataca. Quando rugem, os tigres se movem a grande velocidade até dar o bote. Nesse momento nunca esboças reação porque estás paralisado.
O tigres não usam infra-som só pra assustar a presa. É um inestimável meio de comunicação porque pode viajar longa distância.
A pesquisa não surpreenderá as cientistas militares, há muito atentos ao potencial de infra-som como arma. Vários dispositivos que podem aturdir o avanço de tropas com uma onda de choque de baixa freqüência vem sendo desenvolvida.
Os cientistas dizem que tigres são animais notavelmente articulados que além de rugir têm uma larga variedade de sons especiais pra uso com outros tigres, como chuffing (um tipo de saudação afetuosa) rosnado, assobio, grunhido e miado.
No primeiro estudo desse tipo, a doutora von Muggenthaler e seus colegas registraram todo grunhido, assobio, chuff e rugido de 24 tigres à Campanha de Preservação do Carnívoro (Carnivore Preservation Trust), em Pitsboro, Carolina do Norte, e no parque zoológico Margens do Rio (Riverbanks Zoological Park), em Colúmbia, Carolina do Sul.
No mês passado ela relatou, numa reunião da Sociedade de Acústica da América, como os tigres falam cuma amplitude de mensagem. É o uso de infra-som, porém, que realmente os une.
The Telegraph, Londres
Sexta-feira, 19 de janeiro de 2001
Comentário:

Muito bom o texto, compartilho contigo a historia do primo de minha namorada, que foi atacado por uma onça no pantanal:
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=375191
Isso mesmo, Justin. Teve uma reportagem falando sobre os ataques no Pantanal, por causa de se procurar atrair as onças pra turista ver. Deu no que deu.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Colaboração de Joanco
Enviados por não mais estarem disponíveis no sítio original
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Colaboração de Joanco
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Em defesa dos roteiristas dos quadrinhos, só posso lembrar que na obra original de Edgar Rice Burroughs Tarzan não só mata leões empunhando apenas uma faca, como em determinada ocasião, logo no primeiro livro, chegou a dominar uma leoa com as mãos nuas! Poisé, o Tarzan de Burroughs é algum tipo de herói sobre-humano, com força além dos homens normais. Só não digo que seja de fato o primeiro "super-herói", porque podemos rastrear os genes dos super-heróis até os semi-deuses gregos, por exemplo. Mas que os livros de Tarzan deram um empurrão no gênero, deram, sem dúvida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tradução, de Che Guavira, do número 4 da excelente coleção chilena de quadrinho de conto de ficção-científica de Themo Lobos
O mundo fantástico de H. P. Lovecraft
Informativo de outubro de 2012
Boa tarde amigos,
fazia um tempo que não mandava um informativo sobre o prelo do nosso livro, uma vez que estávamos divulgando seu desenvolvimento mais no www.sitelovecraft.com/timeline.html entretanto,excepcionalmente mandaremos esse informe como dessa vez. Se liguem mesmo é no cronograma.
Nosso livro está em fase de registro e nos próximos. dias devemos mandar os dados a Biblioteca Nacional (http://www.bn.br/portal/) pra que isso se proceda. Só não o fizemos ainda, pois no preenchimento dos papéis restou uma dúvida e que levou muito tempo até alguém da BN responder, mas agora já é algo superado. Depois de recebido o material, em 7 dias o livro será registrado, aí é rápido.
O livro está 100% traduzido, revisado e diagramado e feito a leitura final. O que estou fazendo (enquanto aguardo o registro) é eu dar uma lida em tudo e corrigir problemas que encontro e ou aprimorar o que quer que seja (tradução, revisão ou diagramação). E está sendo legal isso, pois fizemos muitas melhoras. Até 15 novembro terminarei essa etapa e o livro já estará registrado.
Já temos algo com relação as gráficas e vamos solicitar orçamento (veja nosso livrou ficou com 450 páginas). Se alguém quiser ajudar nessa vindoura etapa, já que o livro é participativo, podem sugerir gráficas boas para que possamos imprimir o livro dentro em breve com qualidade e preço. Fico no aguardo de sugestões.
Outra coisa. A divulgação do prelo do livro será feita pelo cronograma em conjunto com o facebook e twitter do livro. Então amigos, quem tem facebook e twitter nos adicione. E quem não tem, faço um convite a criar um e nos adicionar. Mesmo que vocês não queiram divulgar muito sobre vocês no face (faça como eu só tenho uma foto minha e quase nada de informações pessoas), se cadastrem e nos adicione e também o twitter, pois são ferramentas que uso também pra vos colocar a par de tudo:
twitter: @mundolovecraft
Denílson